A sinopse do filme nos mostra que o documentário gira em torno de Janis Joplin, uma estrela do rock norte-americano. Porém, é abordado uma visão fora da música, revelando a mulher doce, sensível, confiável e poderosa que era por trás da lenda. Um relato de uma vida épica e turbulenta que mudou o mundo da música para sempre.
O trabalho de pesquisa e montagem da diretora Amy Berg levou longos sete anos para ser concluído, mas o que vemos na tela é algo detalhado e cheio de minuciosas preciosidades, depoimentos bem coerentes, e claro a sensação de que o filme foi feito ainda na presença da cantora, pois os próprios depoimentos que Janis deu à diversas gravações pareciam ser produto pronto para lançamento, e com uma montagem precisa, aliada à narração das cartas que enviou para a família durante muitos anos pela cantora Cat Power, acabaram dando toda a nuance para que o documentário não ficasse chato e nem enrolasse demais todo o andamento do longa. Claro que como disse, em muitos momentos todos os artistas prestaram grandes homenagens em seus depoimentos, e isso poderia ser amenizado, afinal certamente com a quantidade de drogas e bebidas que a cantora usava, não deveria ser nada agradável estar em sua presença após os shows, que é quando ela se deprimia por ficar sozinha, ou seja, temos boas entrevistas e bons momentos, mas a sinceridade dos fatos foi poupada em diversos momentos.
Outro fator que incomoda um pouco é o fato de que antigamente tudo era gravado praticamente sem qualidade alguma de imagem (para passar nos cinemas de hoje, mas para as TVs da época estava dentro do padrão), e ao invés de remasterizarem para que o material ficasse com uma qualidade mais interessante de ser vista num cinema, colocaram no filme como foram feitos realmente, então temos muitos defeitos técnicos que até é possível relevar, mas que distorcem muito quando mudam as perspectivas com Janis e as atuais, e isso deixou o trabalho completo um pouco estranho de assistir, mas nada que seja relevante para quem for curtir apenas.
Claro que se tratando de um documentário musical, temos muitas canções da artista, e a sonoridade é tão rítmica que o longa deslancha sozinho, e mais do que isso, como temos legendas inclusive nas canções, para quem apenas ouvia sem prestar muita atenção no que as letras diziam, ficamos sabendo mais sobre suas composições, e claro junto com os depoimentos de onde vinham algumas das inspirações. Ou seja, a conexão completa que um longa musical deve funcionar.
Enfim, é um bom documentário que serve tanto para quem só conhecia umas duas músicas e sequer sabia quem era Janis Joplin, quanto os super-fãs que acabam chorando e se emocionando ao ver mais coisas que desconhecia na telona, ou seja, agrada a todos mesmo que com os defeitos que citei acima. Portanto acabo recomendando ele, principalmente por não ser mais um daqueles documentários alongados cansativos que costumam aparecer, então aproveitem e confiram. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas ainda faltam muitas estreias da semana para conferir, então abraços e até breve com mais posts por aqui.
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