Sabe aquele filme que pode ter n defeitos, mas você vai se divertir até mais do que as crianças na sala? Se não sabe, vá até uma sala conferir "Procurando Dory", pois as ótimas piadas encaixaram como uma luva na trama, e quem for disposto a se divertir, vai rir do começo ao fim, mesmo com o exagero em ficar repetindo cenas como se o público também tivesse o mesmo problema que a protagonista da história. E tirando esse pequeno defeito, souberam dosar bem as cenas com novos personagens, colocando uma ótima textura nas cenas tridimensionais e principalmente criando uma história que funciona bem desconectada do original, ou seja, um novo filme realmente para nos divertirmos com cada cena, criando até perspectivas para quem sabe um terceiro filme, já que agora Dory possui muitos novos amigos para desaparecer no mundão azul do oceano, e como mostra na cena pós-crédito, os peixinhos do aquário do primeiro filme voltaram para algo, então é esperar o resultado da bilheteria e ver no que dá, mas uma coisa eu garanto, pois ri bem alto na cena do caminhão, então se controlem, pois é daqueles filmes que a risada é garantida na maior parte e claro que muitas lições também são bem passadas.
A sinopse nos mostra que um ano após ajudar Marlin a reencontrar seu filho Nemo, Dory tem um insight e lembra de sua amada família. Com saudades, ela decide fazer de tudo para reencontrá-los e na desenfreada busca esbarra com amigos do passado e vai parar nas perigosas mãos de humanos.
Com 6 indicações e 2 premiações no Oscar, o diretor e roteirista Andrew Stanton pode dizer que tem prestígio em animações, e não só se gabar, afinal ele tem uma mão precisa para agradar tanto os mais jovens com muito colorido e boas interações (que fazem até que alguns conversem com os personagens durante a exibição), até os mais velhos que vão se emocionar e tirar grandes lições de tudo o que é passado nas telas. E se pararmos para analisar bem o filme, embora seja infantil na concepção, o resultado das boas piadas e das lições que realmente estão imersas na trama só vão funcionar para os adultos que forem levar a garotada no cinema (usando isso de uma prerrogativa para ver a continuação do longa que lhe encantou 13 anos atrás), ou aqueles que forem sem pré-conceitos ver pelo motivo de gostar de animações realmente, e claro que tudo isso foi muito bem pensado para funcionar, agradando tanto pelos bons momentos engraçados com as focas, e claro com o semi-protagonista, o polvo Hank, ou com a determinação em passar cada lição vivencial para que pudéssemos dar mais valor às pessoas, independente de suas limitações, procurar estar perto da verdadeira família que são as pessoas ao nosso redor, e também buscar meios de fazer o inusitado mesmo que possa parecer uma loucura inicialmente. Ou seja, um animação "simples", mas muito bem elaborada e envolvente, que certamente vai agradar à todos que estiverem dispostos à mergulhar literalmente no ambiente passado na trama.
Sobre os personagens, felizmente Nemo e Marlin ficaram bem de segundo plano, afinal mesmo o primeiro filme sendo lindo, eles eram malas demais para gostarmos deles, e claro que o filme só valia mesmo por Dory, que agora é nossa querida protagonista, sendo muito dinâmica e tendo diversas vivências durante o longa todo para compartilhar com o público. O polvo Hank é daqueles personagens que inicialmente achamos que não vamos nos conectar à ele, mas vai ganhando nosso gosto e logo em seguida já estamos igual a Dory, com uma amizade sem igual para com o personagem, torcendo para que se encaixe em mais e mais cenas. As focas sem dúvida alguma funcionaram como apelo cômico e mais do que isso, tiraram na ótima dublagem do grupo "Os Barbixas" a nossa dúvida do que elas realmente falam entre si, e agora sabemos que é "fora, fora, fora". A baleia Destiny e o tubarão Bailey encaixaram também boa dose de comicidade e carisma em suas cenas, funcionando mais para o final da trama do que nas suas apresentações. Ou seja, cada um dentro do seu momento acabou encaixado e bem dinâmico para dar carisma e personalidade para que mais do que seres marinhos animados, nos dessem perspectiva de toda a trama. E claro que a ótima dublagem nacional, que felizmente não ficou destinada à atores famosos e sim à dubladores profissionais (mesmo Antonio Tabet, que dubla Hank, faz diversas dublagens em seu site, e isso o coloca como um dublador profissional) acabou dando um show nas piadas abrasileiradas, e as diversas sacadas que deram no texto para Marilia Gabriela encaixaram bem no filme, ou seja, vale a pena ver o filme dublado (e para quem não sabe, apenas apoio ver animações dubladas, o resto é crime!! Mas se vier legendado na próxima semana irei rever!!)
Já havia dito isso em outro post, e volto a frisar aqui, se tem um estilo de filme que agrada muito ver em 3D são longas que envolvem a temática marinha, pois a profundidade cênica é tão imensa que conseguimos trabalhar as diversas camadas, e observando o trabalho tão perfeito que foi feito pela direção artística da trama, com diversos tipos de peixes, algas, e até mesmo nas várias tonalidades da água conforme vamos indo mais para o fundo do mar, é algo que acaba dando um deslumbre imenso que quem quiser viajar completamente só pela cenografia sem prestar atenção alguma no roteiro é algo completamente possível e fácil de acontecer, pois a imensidão cênica caiu como uma luva dentro da tridimensionalidade empregada pela equipe, e claro que tudo foi feito pensando em ser exibido assim e contendo inclusive cenas feitas para as telas Imax, a convergência nela acaba ainda maior de se ver, ou seja, quem estiver disposto à pagar um pouco mais caro, vale a pena ver lá. Não digo que temos muitas cenas com coisas sendo projetadas para fora da tela, mas a imersão está excelente de ser vista. Nas cenas fora do mar, o longa teve quase que ser re-desenvolvido, pois inicialmente era para termos algo do estilo Seaworld, mas como o parque tem sofrido diversas críticas ambientais, optaram por um Instituto de Biologia Marinha, e que de certa forma até agrada mais pela lição de tratamento para com os peixes, e deram uma ambientação bem legal. Outro fator interessante de se observar, é que mesmo não tendo tanto animais com texturas incríveis, as nuances foram bem trabalhadas e agradam bastante.
Enfim, um ótimo filme que agrada demais do começo ao fim, aliás fique na sala para ver a ótima cena pós-crédito (demora uns 8-10 minutos para começar afinal animação tem gente demais trabalhando), mas que é muito bacana de ser vista, e chegue antes também, pois o curta "Pipper" que passa antes do filme é maravilhoso!!! O único motivo do longa não ganhar nota máxima é o excesso de retornos em flashback para ficar mostrando as lembranças da protagonista, pois isso depois de 3 vezes acaba ficando bem cansativo, mas tirando esse detalhe é um filme para ser visto muitas vezes, que sempre agradará e trará novos elementos para serem analisados. Portanto, vá ao cinema, se tiver crianças para levar, leve, pois é bem educativo também, e claro que todos vão se divertir. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com a outra estreia da semana, então abraços e até breve.
2 comentários:
Oiee, primeiramente agradece pela sua dedicação ao detalhar cada acerto e erro do filme. Antes de ir ao cinema eu sempre passo aqui no site pra ver se vai valer a pena, ou se posso ou não criar expectativas do filme.
Agora uma dúvida, venho percebendo em alguns filmes 3D que as vezes a tela fica um pouco embaçada, isso percebi muito em xmem, e nas cenas da Dory no fundo do mar... Esse borrão seria algo no 3D mesmo, ou é um erro do cinema?
Olá amigo... em filmes convertidos acontece em demasia esse estilo de borrão sendo defeito da conversão, mas em filmes filmados com a tecnologia isso seria algo da regulagem do projetor, ou a lâmpada não estar com força total para dar o efeito nos óculos... experimente ver um outro longa em uma outra sala que deve melhorar!
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