Um fato é claro, daqui há alguns anos já sabemos alguns dos filmes que irão passar nas sessões de domingo à tarde das TVs, e um dos nomes certamente será o de "Virei um Gato" que concentra um tema tão simples e familiar gostoso de acompanhar que funciona perfeitamente em qualquer horário, mas com toda certeza por ter um mote mais infantil devem colocar à tarde para que as crianças curtam as confusões de um gatinho. Porém um adendo que gostaria de citar é que caso você possua crianças que já consigam ler legendas, levem-nos ao cinema agora para conferir o longa legendado, pois não vi a versão dublada, mas certamente um grande defeito deve ocorrer, pois o gato ronrona e faz miados estranhos o longa inteiro, e o protagonista apenas fala internamente para o público, o que na versão dublada deve parecer falha da computação em não mexer a boca do gato para as falas. Não digo que isso vá atrapalhar a ideologia completa da trama, mas o filme poderá ficar um pouco estranho, portanto se puder, veja legendado.
O longa nos mostra que Tom Brand é um poderoso e arrogante empresário, que está obcecado com a ideia de construir o maior arranha-céu da América do Norte. O problema é que seu atual empreendimento, em construção em Nova York, sofre a concorrência de um prédio sediado em Chicago, que pode receber uma antena no teto apenas para superar a disputa. Paralelamente, Tom precisa comprar um presente para sua filha, Rebeca, já que o aniversário dela se aproxima. A garota há anos lhe pede um gato, mas Tom se recusa a comprá-lo porque odeia o animal. Sem encontrar outra alternativa, ele acaba indo na estranha loja de Felix Perkins, um encantador de gatos que lhe vende o Sr. Bola de Pêlos. Entretanto, uma disputa dentro de sua própria empresa faz com que Tom sofra um acidente e, repentinamente, tenha sua consciência transferida para o gato recém-comprado.
Após completar a trilogia MIB, após 10 anos fazendo apenas séries, o diretor Barry Sonnenfeld voltou a ficar alguns anos sumido das telonas e agora com bem menos ação, ele retorna suas origens para comédias familiares de uma maneira bem interessante, pois manteve parte de sua essência com sequências de ação (vide os pulos de avião e de prédio presentes na trama) e ainda soube dosar bem a simbologia infantil para que o mote de amor familiar versus trabalho exagerado ficasse bem evidente. Claro que isso estava presente dentro do roteiro escrito a cinco mãos, mas o diretor soube usar bem da dinâmica e criou boas situações. Um fator interessante que me deixou um pouco confuso foi na subida dos créditos, pois vi o nome de cinco gatos que interpretaram o protagonista e um treinador de gatos, porém confesso que tinha certeza absoluta de ser computação gráfica, mas se conseguiram fazer todas as cenas usando apenas animais treinados, posso dizer com toda certeza que essa equipe merece muitos prêmios, afinal são bichos difíceis de serem treinados e que fazem situações incríveis na tela, portanto irei pesquisar mais um pouco e volto nos comentários para falar se realmente usaram gatinhos artistas na tela. Mas mesmo que seja computação, ainda temos de valorizar muito o trabalho do diretor que soube adequar as cenas do gato com os personagens reais de maneira incrível para convencer de que ali tudo estava ocorrendo mesmo daquela maneira.
Já que falei nos artistas temos que inicialmente parabenizar a boa dublagem/narração/interpretação de Kevin Spacey que agradou bem tanto como o humano Tom demonstrando arrogância e exagero de trabalho, quanto como sendo o gato Sr. Bola de Pelos com trejeitos bem interessantes sob a perspectiva de um gato, que muita gente certamente já imaginou seu bichano fazendo, ou seja, o ator se não tem um gato certamente estudou muito para conseguir tamanho feitio no estilo de falar cada diálogo seu, e acabou tendo um resultado bem positivo. Jennifer Garner é daquelas atrizes que aceitam qualquer papel e acabam sempre agradando com o que faz, pois aqui sua Lara quase não tem muito trabalho interpretativo, fazendo sempre caras de espanto em relação às loucuras que o gato faz, e em alguns momentos um certo desespero pela saúde do marido, mas soube dosar bem os olhares para que tudo funcionasse bem, ou seja, uma atriz completa que mesmo em papeis pequenos não vai se deixar levar e estragar o resultado. Christopher Walkins aparece umas três ou quatro vezes apenas com seu Perkins, mas soube também dosar boas facetas para que o personagem não ficasse artificial demais, embora seja estranho alguém que se considere um encantador de gatos. A jovem Malina Weissman fez expressões forçadas para sua Rebeca e acredito que deva ter sido por suas cenas serem sempre com algum estilo de computação, de modo que a jovem atriz não soube acreditar no que estava vendo para que fizesse a expressão certa, o que acabou comprometendo um pouco seus momentos. Mark Consuelos também ficou forçado demais como um "vilão", pois seu Ian praticamente não tinha outra fala senão na venda da empresa, e isso acaba cansando de tanta repetição, além do ator estar sempre com um olhar artificial demais, o que não é comum de ser visto. E para fechar o elenco base, temos de falar sobre Robbie Amell que até se esforçou para que seu David fosse coerente e interessante, mas todas suas cenas foram quase jogadas na tela, e isso é algo que acaba deixando o ator falso demais, somente nas suas últimas cenas que teve um pouco mais de oportunidade e acabou agarrando bem. Do elenco de apoio, a situação já foi bem pior, pois todos soaram demasiadamente artificiais, parecendo que decoraram o roteiro às pressas, e isso ficou bem feio de ver na tela, de maneira que se não fossem importantes as cenas seria melhor ter cortado fora.
No conceito visual, a equipe até soube agradar bem nas escolhas, trabalhando detalhes simples, mas bem colocados para funcionar tanto com o gato (como novelos de lã, tapetes, vasilhas, travesseiros e quadros) que acabaram sendo incorporados nos dois âmbitos e resultaram em boas cenas, quanto nos elementos dos humanos contando com boas locações como os escritórios, a casa enorme da família e principalmente a loja de gatos que foi brilhantemente bem decorada com diversos elementos felinos. Um grande detalhe ficou a cargo da equipe de fotografia que trabalhou muito bem para misturar a iluminação de tal maneira que não fosse possível distinguir gatos reais dos computacionais, e assim sendo podemos dizer que não erraram em nada.
Enfim, um longa bem gostoso de assistir, que vai divertir à todos que forem dispostos a acompanhar a saga do gatinho para tentar a voltar a ser humano, e com boas situações cômicas, será difícil não sair com um belo sorriso da sessão, e sendo assim, com toda certeza recomendo a trama para toda a família, apenas deixando claro o que falei no início, que se for possível, veja legendado. Bem é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com a última estreia que falta conferir, então abraços e até breve.
2 comentários:
Não é um dos meus gêneros preferidos, mas a historia foi muito interessante!!! Gostei muito do filme, considero que a historia foi bem narrada pelo Barry Sonnenfeld, quem foi responsável da direção. Considero que Nine Lives é um dos melhores filmes feito por esse diretor.
Olá Azul... filmão família para ver no fim de semana né... rsss... Ainda prefiro os MIB do diretor... rss... abraços
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