Vou falar só um pouco de "Ghost In The Shell", afinal lançado em 96 no Brasil, muitos já devem ter visto o anime de alguma forma, e embora possua uma estética bem interessante, ele é um dos filmes que ajudaram a inspirar "Matrix" entre outras produções do estilo, que procuram desenvolver uma ideia robótica filosofal e intrigante. Porém como bem sabemos o longa fez parte de uma série e de certa forma não explica muito de onde veio nada, e nem para onde vai, acontecendo apenas um miolo bem colocado, mas extremamente lento e cansativo. Como virá daqui algumas semanas a versão americana que apenas se baseou na história completa e deve contar com um começo/meio/fim definidos, talvez o resultado seja até melhor, mas ainda assim podemos dizer que embora canse bastante, a animação tem sua pegada introspectiva bem colocada e mostra filosofias bem características que víamos muito nos filmes dos anos 90, ou seja, valeu a pena conferir para ver aonde o novo filme poderá chegar, e claro conhecer (no meu caso) um pouco mais do estilo dos animes que pouco vemos nas telonas.
O longa nos situa em 2029. O mundo se tornou um local altamente informatizado, a ponto dos seres humanos poderem acessar extensas redes de informações com seu ciber-cérebros. A agente cibernética Major Motoko é a líder da unidade de serviço secreto Esquadrão Shell, que combate o crime. Motoko foi tão modificada que quase todo seu corpo já é robótico. De humano só teria sobrado um "fantasma de si mesma". O governo informa o grupo de que o famoso hacker conhecido "Mestre das marionetes", especialista em invadir e controlar o ciber-cérebro das pessoas, está no Japão. Agora, Motoko e sua equipe terão que caçar este criminoso, e vão acabar se envolvendo em uma trama de conspirações, que atinge interesses da alta cópula da política.
O mais interessante do longa sem dúvida alguma é a ideia completa do futuro ser tudo em cima de tecnologia, de troca de mentes em outros corpos, e a forma de combate aos crimes, mas tudo flui de forma tão lenta que acaba dando mais sono do que empolgando, então tudo acaba cansando demais. Mas temos de observar os traços que o diretor trabalha acabam sendo tão impactantes que nos leva a imaginar o quanto a versão live-action vai ficar, pois tudo é muito bonito de ver, com cores bem colocadas, detalhes sexys, violentos e bem precisos e que fluem naturalmente. Ou seja, se o diretor Mamoru Oshii tivesse pontuado melhor sua trama para ter começo/meio/fim bem colocados (não dependendo de outros momentos que deveriam estar na série ou nas HQs) e um ritmo mais frenético, certamente sairíamos da sala frenéticos com o que vimos e não cansados de um longa calmo demais.
Enfim, um filme interessante que em 95 certamente chamou muita atenção, mas hoje fora de um contexto mais bem pautado acaba fraco demais. Veremos daqui 15 dias se os americanos souberam dar um tratamento melhor e que empolgue realmente para termos continuações ou não. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com a última estreia dessa semana, então abraços e até lá.
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