As animações ultimamente andam prezando por tentar agradar não somente os pequeninos que são o grande público que costuma frequentar esse estilo de sessão, mas sim os adultos/pais que vão aos cinemas levar os pequenos, e com isso acabam ousando por colocar elementos que as vezes funcionam, ou destroem completamente uma trama. Digo isso, pois "O Poderoso Chefinho" até tem boas referências à diversos filmes conhecidos que acabam divertindo o público adulto, mas ao colocar esses elementos soltos demais na trama, acabaram que em diversos momentos eles nos entregaram algo tão morno que não agrada nenhum dos públicos, resultando em um filme de pontos fortes, mas também pontos cansativos. Ou seja, um filme que vai agradar, mas também vai cansar no mesmo ritmo, portanto é um filme que tem de se pensar na idade que vai levar para assistir, pois os mais pequenos tendem a cansar com tudo e não embarcar na ideia, enquanto os mais velhos vão ficar entediados com muitas bobeirinhas e só quem conhecer muito de filme irá pegar tudo o que é mostrado. E assim sendo até vale assistir ao longa, mas está bem longe de ser perfeito, ficando apenas como algo bonitinho e gostoso de acompanhar.
A sinopse nos conta que um bebê que fala, usa terno e carrega uma mala misteriosa une-se com seu irmão mais velho invejoso para impedir que um CEO sem noção acabe com o amor no mundo. O objetivo da dupla é salvar os pais, impedir a tragédia e provar que o mais intenso dos sentimentos é uma poderosa força.
É estranho ver que o diretor que brilhou com três "Madagascar" e "Megamente" vem agora com um longa não tão trabalhado, pois Tom McGrath até pegou uma ideia bem trabalhada de roteiro, mas ficou batendo demais na mesma tecla: fofura (seja com os bebês ou com os cachorrinhos) e esqueceu que a diversão necessita sobressair em animações, pois senão acaba deixando as crianças soltas demais e os adultos entediados demais. Não posso dizer em momento algum que o longa erra por completo, pois como citei acima, ele acaba divertindo bem (os adultos) com as boas sacadas de filmes, e algumas brincadeiras bobinhas para chamar os pequenos pra tela, mas falta um pouco de liga para que ambas as coisas funcionem sem desagradar o outro público. Ou seja, o diretor fez um filme que pode ser considerado o seu pior, pelo histórico, mas que tinha potencial para divertir muito mais e ser algo clássico para ser lembrado.
Algo que podemos pontuar bem ficou a cargo das texturas dos personagens, pois o longa frisa em mostrar que é um desenho, não se preocupando em ser algo bem tridimensional, nem real demais, ficando próximo demais de bonecos e isso é algo que chama a atenção por se diferenciar do que tem aparecido ultimamente nas telas. E além disso, os personagens foram bem caricatos, mas sem apelar demais, prova disso que nenhum dos protagonistas acabam chamando atenção, deixando isso a cargo dos coadjuvantes, como os aliados do chefinho, dos cachorrinhos, ou até mesmo dos demais bebês gerentes, que acabaram puxando toda a graça do filme para si. Talvez a dublagem nacional também tenha faltado com piadas mais ácidas como deve ter ocorrido no original, mas isso só posso opinar quando conseguir ver ele legendado, o que não deve ocorrer tão em breve, já que não veio nenhuma cópia assim para o interior, mas pelas situações é perceptível isso. Além disso faltou um pouco mais de carisma para os protagonistas, algo muito comum nos demais longas do diretor, pois não nos afeiçoamos a nenhum dos personagens, mesmo tendo irmãos mais novos/velhos, o que é algo ruim para uma produção "infantil", ou seja, falharam no conceito mesmo.
Quanto do visual, a trama foi até bem interessante, voltando a frisar principalmente nas cenas da companhia de bebês, mas junto com isso posso dizer que as cenas de perseguição com os pequenos para cima do irmão mais velho ficaram bem trabalhadas, e até mesmo a cena dentro da companhia de animais ficou bem cheia de detalhes, ou seja, um trabalho interessante ao menos feito pela equipe artística, que até se preocupou bem em colocar detalhes nas cenas dos sonhos/interpretações das situações com os protagonistas de um modo criativo. O 3D funciona quando é usado, ou seja, numas 10 cenas que arremessam coisas para fora, o resultado é bacana, mas o restante da trama quase podemos tirar os óculos da cara.
Enfim, é um filme que não é ruim, pois diverte e é bonitinho, mas está muito longe de ser algo que empolgue e valha a pena ser lembrado quando passar na TV, e menos ainda para aqueles que costumam comprar mídias, pois vale ser visto uma única vez, e depois esquecer da existência. O encerramento dá ideia de uma possível continuação, mas sinceramente caso isso ocorra, precisarão pensar bem mais sobre como utilizar as situações. Bem é isso pessoal, encerro aqui essa semana cinematográfica, mas já volto amanhã com a primeira estreia da próxima, então abraços e até logo mais.
5 comentários:
ALGUÉM SABE SE VAI SAIR EM BLURAY 3D? GRATA
olá! vai sim! já tem na net em 3D caso queira fazer o download
Oi Mauro, pois é. faço parte de graandes sites de download mas só apareceu 2D,
Obrg, abs
Olá Sonia e Mauro... com toda certeza deve sair em bluray 3D, inclusive como o Mauro falou (infelizmente, afinal não sou fã de piratarias) já aparece em diversos sites em 3D para download... mas são tão poucas cenas que nem precisa se preocupar em comprar 3D não viu, a não ser que deseje para a coleção se manter com todos em 3D... abraços!!
Obrigada Mauro, abs
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