Existem algumas sagas que quando achamos que vai morrer, dá uma reviravolta tão grande que consegue empolgar e fazer com que o público queira mais e mais!! Digo isso sem pesar algum na consciência, pois antes mesmo de ir para a sessão de "Velozes e Furiosos 8" comentei com um amigo que tinha a certeza de que esse seria desastroso e fincaria o pé no breque para a séria acabar, e agora após assistir mudei completamente minha opinião, talvez afirmando até que esse seja o longa mais acertado da série, colocando muitas corridas, destruição num nível monstruoso (realmente tenho muita dó da seguradora maluca que assina contrato com o longa!!!), piadas encaixadas no roteiro sem serem jogadas como vinha acontecendo nos últimos filmes, e até que um roteiro bem interessante de ver (claro que desde o primeiro trailer sabíamos que o mote seria o motivo de Toretto mudar de lado, mas até que arrumaram algo bem trabalhado e que funciona no demais da trama), ou seja, um filme feito para quem gosta do estilo adrenalina, mulheres, paia, carros, mais paia, destruição, (eu disse muita paia?) e que vale completamente pela diversão entregue. Portanto vá ao cinema, deixe de lado todo o preconceito de longas absurdos, compre um bom combo de pipoca (afinal diversão e paia sem comida não rola!!), de preferência na maior tela possível (o 3D é desnecessário, mas como nas telas imensas só vai ter assim, veja lá!), pois é incrível ver tudo o que conseguiram fazer no longa em tamanhos gigantescos, e vai fazer os fãs de carros vibrar com tudo!
O longa nos mostra que agora que Dom e Letty estão em lua de mel e Brian e Mia se retiraram do jogo – e o restante da equipe foi exonerada – o time segue com uma vida normal. Mas, quando uma mulher misteriosa seduz Dom para o mundo do crime, ele parece não conseguir escapar e a traição das pessoas próximas à ele fará com que todos sejam testados de uma forma como nunca antes foram. Das margens de Cuba e ruas de Nova York para as planícies geladas do mar do ártico, nossa tropa de elite cruzará o globo para impedir que um anarquista desencadeie o caos... e tentará trazer pra casa o homem que os tornou uma família.
O mais interessante é saber que os diretores dos filmes anteriores não quiseram assumir a bronca, após o filme anterior ter sido um super boom (claro que devido às diversas homenagens à Paul Walker), e ao cair nas mãos de um diretor novo, mas que fez seu longa anterior chegar até o Oscar, o filme acabou ganhando um ar novo, cheio de perspectivas, e claro, um estilo mais novo, pois logo de cara você pode até estranhar, e falar: "nossa, mas isso está completamente diferente, vão estragar a essência!", mas que aos poucos vai nos sendo entregue tudo o que mais gostamos de ver, e ao final já estamos submersos à tudo o que o diretor F. Gary Gray quis passar com seu estilo próprio, dando tempo de tela suficiente para que todos pudessem brilhar, e principalmente criando uma vilã que fizesse o público ficar com raiva, afinal geralmente acabamos mais nos divertindo com os vilões da franquia do que ficando irritados com suas artimanhas. Claro que não mudar o eixo da história que vem sendo contada pelo roteirista Chris Morgan desde 2006 é algo importantíssimo, pois ele vem moldando cada vez as situações, incorporando os personagens e dando didática para que os protagonistas se divirtam em cena e desenvolva suas personalidades da melhor forma possível, o que faz com que o público já traga consigo o carisma e o conhecimento deles e se divirta já esperando que cada um faça melhor o que já vem fazendo, ou seja, embora seja um longa completamente previsível das atuações, e sabendo que tudo irá para os ares da forma mais bizarra possível, o resultado geral acaba empolgando e fazendo o que deve ser feito dentro da franquia que é divertir quem gosta do estilo, sem se preocupar se o que vai acontecer é algo plausível ou não.
Como bem sabemos, a ideia da franquia é transmitir muita ação nas cenas de perseguição e lutas, portanto não podemos esperar em momento algum que fôssemos ver grandiosas interpretações dos protagonistas e que tivesse algum destaque por conta de algum grande semblante, mas curiosamente, como o elenco (que só vai aumentando e daqui a pouco teremos mais gente na família/equipe que o orçamento de seguro, que é caro a beça, do longa vai ser bem menor que o elenco completo) possui atores de grande gabarito, o resultado até chega a surpreender. Digo isso principalmente por Charlize Theron que deu uma personalidade incrível para a vilã Cipher, trabalhando nuances de maldade bem colocadas dentro de olhares que chegamos a ficar nervosos com o que faz, e é uma pena na sua cena mais malvada que a interpretação de Vin não tenha sido correspondente (ficando falsa à beça) para que o ato fosse mais incrível ainda. Como disse, até gostamos do perfil sério que Vin Diesel faz com seu Dom, e aqui ele até encaixa bem diversos momentos, porém aparentou estar mais hipnotizado do que sob "tortura" para fazer os atos do longa, além claro que sabemos que emoção não é o seu forte, então na cena que citei com Theron, chega a ser trágico ver ele tentando passar algo que ele não sabe fazer. Dwayne Johnson é praticamente ele mesmo, com seu estilão, mantendo seu Hobbs com muita pancadaria, força e impacto, não mudando em nada, e nem queremos nada a mais dele, ou melhor, queríamos um pouco menos de sorrisos e mais seriedade na pancadaria, para compensar a falta de texto. Tyrese Gibson nos entrega todas as boas piadas com seu Roman, e cada vez mais irão dar destaque para ele ser o ponto cômico do longa, divertindo com boa dinâmica, e principalmente aqui não soando forçado, mas sim alguém que é daquele jeitão. Michelle Rodriguez é uma boa atriz, e isso sabemos pelos outros personagens que fez, pois, sua Letty infelizmente ficou desgastada depois da morte/amnésia no quinto/sexto filme, sempre estando com uma cara de poucos amigos e/ou estranha, o que não é legal de ver, talvez algo mais contundente para a personagem pudesse mudar isso, pois aqui soou falsa demais. Jason Statham adora filmes de ação, e é sua praia, quebrando tudo, pulando de um lugar para o outro, dando mil tiros e tudo mais, então se no sétimo filme já tinha feito tudo isso com seu Deckard, aqui ele mantém a mesma essência e ainda por cima acaba bem encaixado nas piadas, algo que já vimos fazer bem em outros longas, veremos se irão manter ele no próximo. Kurt Russel também entra mais para o hall das piadas do que para as atuações impactantes que costuma fazer com o seu Sr. Ninguém, e agora ainda arruma o Ninguémzinho (ou em inglês melhor Little Nobody) com o sempre bem disposto Scott Eastwood, que sempre em cena não chama tanta atenção, mas cai bem para a trama. Dos demais, podemos dizer que todos fizeram o que deveriam fazer em seus papeis, com os dois hackers da equipe Tej e Ramsey interpretados por Ludacris e Nathalie Emmanuel, os parceiros da vilã servindo bem para as maldades tendo destaque Kristofer Hivju com seu Rhodes, e até outras boas surpresas rápidas com Helen Mirrem como Sam e Elsa Pataki como Elena e Luke Ewans como Owen. Ah, e um leve spoiler, que bebês incríveis que arrumaram, carisma puro que merecem Oscar pela interpretação!!
Sobre o visual, mais uma vez temos de frisar o seguro milionário da franquia, pois a quantidade de carros de luxo destruídos em cena é algo impressionante, dessa vez mais ainda que nos demais longas, mas isso é mero detalhe, pois como a franquia gosta de impressionar, e procura o maior realismo longe da computação gráfica, temos locações incríveis em Cuba, Islândia e Nova York, com ótimas cenografias, muitas explosões, muitas cenas falsas também (a do míssil com The Rock que está no trailer é algo fora do absurdo), muita tecnologia (o avião da vilã é algo que nem 007 teve ao seu dispor) e claro muita perseguição de carros, o que deixa o longa dinâmico até demais (quem for mais lentinho é capaz de se perder com a bagunça toda), ou seja, deram o orçamento nas mãos da equipe de arte com um cartão sem limites e falaram: divirta-se, e eles nos entregaram tudo e mais um pouco. Com uma fotografia multicolorida, a trama deslancha fácil, criando nuances dramáticas em poucas cenas (afinal não é o estilo do longa), muita ação e claro deixou a equipe de efeitos livre para explodir tudo com muito laranja dominando, ou seja, um filme que funciona sem apelar para instintos visuais. Quanto do 3D, posso dizer sem dúvida alguma que se puder economizar fique a vontade, que não irá perder nada, pois o longa até trabalha alguma profundidade de cena, um ou outro elemento saindo da tela, mas nada que seja impressionante de ver, principalmente pelo ritmo rápido do longa que não trabalha imersão, e sendo assim, totalmente dispensável.
Quanto da trilha sonora, uma música melhor que a outra, o que é muito comum na franquia, agradando do começo ao fim, e ajudando (se é que era preciso) no ritmo do longa, e claro que deixo o link para ouvirem, colocarem no som do carro, pois são canções bem interessantes e divertidas.
Enfim, é um longa que contém erros (afinal todo longa de ação que se preze esquece de se atentar a detalhes), que falha em expressões e tudo mais, mas que agrada demais na dinâmica e diverte como nunca, o que é o mote da franquia, e que faz valer o ingresso. Sendo que volto a frisar, ao menos na opinião desse Coelho, é o melhor da franquia até agora no quesito de manter a essência original das corridas de rua, incrementando o lance policial/espionagem, e principalmente colocando boas piadas encaixadas para divertir sem limites, ou seja, mais do que recomendado para todos que gostam do estilo, pois o pessoal mais cult/artístico certamente irá só ver defeitos. Bem é isso pessoal, fico por aqui com a grande estreia da semana, mas vieram alguns longas atrasados para cá, que verei nos próximos dias, então abraços e até breve.
PS: Muitos vão falar que fiquei maluco com a nota, mas curti, ri e me diverti demais com o filme, então não posso dar uma nota menor, tirando um coelho apenas pelos diversos erros (sei que poderia arrancar mais, mas não vou fazer isso)
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