Já havia discutido outras vezes que com o fácil acesso à tecnologia, hoje ficou muito mais fácil criar animações do que era antigamente, mas até que ponto se conseguem atingir todas as idades sem ficar cansativo para um dos lados? Digo isso de cara para o longa espanhol "As Aventuras de Ozzy", pois o longa até é bem feito em quesitos cênicos, mas não possui carisma (e olha que falar isso de cachorros é algo dificílimo), é lento demais e não entrega nenhuma aventura como promete no título nacional, ou seja, acaba enrolando tanto que por bem pouco não faz o público dormir, e assim sendo não posso afirmar que conseguirá segurar crianças na sessão, pois geralmente ou o longa cativa os pequenos, ou já começam a querer fugir, reclamar e tudo mais, hoje como foi pré, tinham poucos e bem pequenos, então ficaram parados, mas acredito que com uma sessão mais geral cheia de criançada, vão correr pra pedir para ir embora, já que o longa não deve agradar nenhum público.
Ozzy é um pacífico e amigável cão da raça Beagle que mora com os Martins. Quando a família decide fazer uma longa viagem na qual cães não são permitidos, eles decidem deixar o amado Ozzy em um spa para cachorros. Acontece que esse lugar perfeito na verdade é um fachada construída por um vilão que deseja sequestrar cachorros. Preso, Ozzy precisa evitar o perigo e encontrar força nos seus novos amigos para conseguir voltar a salvo para casa.
Não posso dizer que é um filme que nada se aproveite, pois estaria mentindo, afinal a segunda metade do longa acaba sendo empolgante com a correria de fuga da prisão, mas até chegarmos nessa parte, os diretores sequer tentaram cativar o público para possivelmente vender bichinhos e/ou fazer com que as crianças vissem mais que uma vez o longa, tanto que se amanhã perguntarem pra qualquer criança que tenha visto o filme hoje, se ela lembra de ter visto um filme de cachorrinhos, provavelmente ela deverá lembrar de qualquer outro, menos desse que acabou de ver, e isso é horrível para uma produção. A abertura de mercados e a facilidade da tecnologia ajudam jovens diretores para criar mais e mais animações, mas aqui os espanhóis junto com os canadenses se perderam em estereótipos e acabaram criando um longa chato demais de conferir, não criando perspectivas nem trabalhando nada que fizesse o público querer ver o longa.
Quanto dos personagens, em animações costumamos ver características diferenciadas em cada personagem, olhares de tristeza, sentimentos sendo exalados realmente, e que acabam criando o carisma dos personagens para agradarmos com o que eles fazem, mas aqui só vemos praticamente sempre os mesmos personagens apenas dentro de corpos/raças diferentes. o que é muito triste, pois acabamos não torcendo nem para o protagonista Ozzy, nem para o vilão Decker ou sequer para o alvo cômico Fronzie, e isso é algo que acaba sendo bem incomum em animações. Mas se temos de pontuar algo positivo dos personagens, suas voltas para os reais donos acabam sendo bem emocionantes e bonitas para compensar todo o restante ruim.
Dentro do conceito cênico, podemos dizer que trabalharam bem com o que tinham em mãos, criando ambientes interessantes como é o caso do hotel spa de luxo de fachada, aonde os tratamentos são bem divertidos de ver no começo, e a prisão com trabalho escravo de frisbees acaba sendo bem divertida de se observar, mas falta textura, falta cores, falta tudo para chamar o longa de uma animação realmente, então fica parecendo que pegaram o tutorial de acabamentos e colocaram para finalizar dessa forma mesmo.
Enfim, é uma animação que não tem como recomendar, pois é muito fraca, e me surpreende mais ainda ver ao pesquisar sobre ela que ganhou alguns prêmios internacionais, ou seja, pode ser que a dublagem tenha feito estragos, mas duvido muito disso. Portanto só vá levar as crianças se não tiver outra animação para conferir, pois certamente não irá agradar nem aos pequenos, nem os pais que forem levar. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com a última estreia que apareceu por aqui, então abraços e até mais.
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