É divertido ver quando o nome de um filme não transmite o que passa, pois sair feliz da sessão de "Uma Família Feliz" é algo que praticamente não ocorre, de modo que a trama alemã até tem um colorido bem ornamentado, um desenho de produção completamente visual e até bons personagens para desenvolver, mas a história é tão lenta e mal desenvolvida que acaba sendo até difícil não dormir durante toda a projeção, as crianças começam a ficar inquietas, e o longa parece não ter mais fim, ou seja, um filme curto de 93 minutos que parece ter quase 3 horas de duração, e que só vai divertir pelo visual em si, ficando bem longe de ser algo que vamos lembrar de ter visto daqui há algumas horas.
Os Wishbones estão longe de ser uma família feliz. A mãe, Emma, possui uma loja de livros e está profundamente endividada. Papai Frank trabalha demais e sofre sob o comando de seu chefe tirano. A filha, Fay, é uma adolescente autoconsciente e apaixonada por sua primeira paixão no Ensino Médio. Já o garotinho, Max, está sendo intimidado na escola. E não termina por aí - em uma festa a fantasia, uma bruxa malvada, Baba Yaga, transforma toda família em monstros. Emma se torna um vampiro, Frank se transforma no monstro Frankenstein, Fay em uma múmia e Max em um lobisomem. Juntos, essa família de monstros deve perseguir a bruxa para reverter a maldição. Durante esta aventura casual, os Wishbones entram em conflito com alguns monstros da vida real, e o encantador conde Drácula, que declara seu eterno amor por Emma. Na trama, o caminho para a felicidade familiar está cheio de armadilhas e voltas afiadas, ou melhor, dentes afiados.
Se o diretor alemão Holger Tappe surpreendeu em sua produção anterior, "Animais Unidos Jamais Serão Vencidos"(2010), não posso dizer que o acerto foi repetido aqui, pois acabou exagerando demais nas relações de cada um, fazendo desenvolvimentos enrolados, colocando cada momento como algo forçado demais para ser entendido durante a produção toda, de modo que o filme não flui e o resultado não empolga como poderia, ou seja, ele até melhorou muito a estética com personagens e cenários maravilhosamente moldados, situações claras de cores encaixadas para cada momento, de forma que mesmo não tendo assistido o longa em 3D é possível imaginar onde foi colocado cada efeito na trama, mas como já dissemos outras vezes, uma animação que não empolga logo de cara acaba ficando chata e cansativa, de maneira que acabamos até ficando sem gostar do que vemos. E sendo assim, vamos ver se Holger pensa melhor em sua próxima ideia, usando a boa comicidade do filme anterior e a boa técnica desse, certamente o resultado será incrível.
Como falei os personagens foram bem desenhados e até possuem um certo carisma, mas foram mal desenvolvidos na criação de seus cernes, fazendo com que a história não saísse do lugar e nem eles. De modo que nem boas dublagens deram o tom correto, colocando por vezes algumas piadinhas clássicas nossa na trama, mas sem algo para empolgar. Juliana Paes nem tentou impostar sua voz para que sua Emma ficasse diferenciada, de modo que mesmo quem não viu o pôster vai saber que é a atriz quem está por trás da personagem, o que não ocorre com os demais personagens, afinal são atores/dubladores desconhecidos e que também não fizeram por muito para chamar a atenção. Como destaque de personagem temos de falar mais dos morceguinhos, que embora colocados apenas para dar leve carisma na trama, acabaram saindo melhor do que a encomenda (seria os minions fazendo escola pelo mundo afora??), e sendo assim, se tivesse até mais momentos de bagunça com eles, o longa acabaria bem mais divertido, pois o Drácula acabou ficando no meio do caminho de personalidade de um vilão com alguém problemático, todos da família tinham seus probleminhas e com isso ficavam mais apáticos ainda para se desenvolver e a amiga hippie até tentou fazer alguns gracejos, mas não foi muito além disso.
Sobre o conceito visual da trama, já até falei um pouco no começo, pois souberam dosar muitas cores para segurar os pequenos nas poltronas e trabalharam com um desenho não tão realista, porém bem colocado para chamar a atenção, e com isso as texturas ficaram agradáveis de ver, e como disse mesmo não assistindo em 3D, conseguimos ver aonde foram usadas as técnicas, portanto, quem for conferir em 3D certamente verá alguns elementos saltando da tela, e alguns detalhes extras, mas nada que fará o longa ficar melhor.
Enfim, é uma trama bem alongada e que certamente com uns 20 minutos a menos seria muito mais agradável, porém sairia da concepção de longa-metragem, ou seja, vai até divertir um pouco as crianças, pois a temática de monstros, juntamente com muito colorido é algo que agrada os pequenos, mas os pais que forem levar os pequenos na sessão certamente irão se segurar para não dormir. Portanto, pense bem na hora de escolher o que ver nesse fim de semana. Bem é isso pessoal, fico por aqui já encerrando essa semana cinematográfica na qual a boneca do mal roubou todas as salas do interior, e volto na próxima quinta com mais textos, então abraços e até breve.
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