Sinceramente não consigo entender meus amigos críticos, pois por onde quer que olhe, só vejo críticas negativas de "Emoji - O Filme", então eis que o primeiro filme para conferir dessa semana para tirar minhas próprias conclusões é claro que seria ele, e posso dizer, está longe de ser uma obra de arte, mas é divertido, gostoso e lembra muito a ideologia de "Detona Ralph" (que aliás pela sinopse o segundo filme irá se passar em um celular!), ou seja, um filme infantil, mas que com uma boa proposta, personagens bacanas (embora bobos), um universo bem trabalhado que até poderia ser mais elaborado (mas que funciona sendo bem singelo) e um certo carisma dentre os protagonistas, acaba entretendo e resultando numa boa e tradicional essência. Claro que poderia ser mais propenso à temas sérios, ter ousado mais nas ideias dos aplicativos do celular, trabalhado mais Textopolis, mas não era essa a proposta da trama, e se simplicidade traz bons resultados, espero que o filme renda, pois certamente uma continuação não só corrigiria os defeitos aqui, mas soaria bem legal para ver, afinal já conheceríamos bem os protagonistas. Portanto, é um filme que vai agradar os pequenos, e até divertir os grandes, mesmo que tenha muitas falhas que poderiam ser minimizadas (principalmente no conceito gráfico, já que estamos falando de um filme dentro de um celular de última geração!).
A sinopse nos conta que Textopolis é a cidade onde os Emojis favoritos dos usuários de smartphones vivem e trabalham. Lá, todos eles vivem em função de um sonho: serem usados nos textos dos humanos. Todos estão acostumados a ter somente uma expressão facial - com exceção de Gene, que nasceu com um bug em seu sistema, que o permite trocar de rosto através de um filtro especial. Determinado à se tornar um emoji normal como todos os outros, eles vai encarar uma jornada fantásticas através dos aplicativos de celular mais populares desta geração - e no meio do caminho, claro, fazer novos amigos.
Como falei no começo, o roteiro e direção de Tony Leondis está bem longe de ser algo perfeito, pois o filme é simples e demora demais para apresentar seus personagens principais, além de que poderiam ter arrumado uma família melhor para o protagonista (os Ehs são chatos demais), mas a trama funciona bem como uma apresentação (já disse que talvez um segundo filme saia bem melhor) e a ideia de um mundo dentro do celular com os "bairros" ou "ecossistemas" sendo cada um separado com características/estilos dos aplicativos ficou bem bacana de se analisar, portanto talvez um enfoque maior nas dificuldades de se viver por ali seria algo bem bacana de se trabalhar. Porém, pensar como deveriam ter feito algo é muito subjetivo e não vai acontecer de mudar, portanto vamos pensar no filme como ele ficou, e sendo assim, o resultado principal é que diverte mesmo sendo bobinho demais, e com isso com certeza quem gosta de um filme com uma narrativa mais elaborada certamente irá reclamar de tudo, e quem for disposto a curtir irá gostar do que o diretor acaba entregando. Ou seja, é um filme simples, mas que diverte, e sendo essa a priori de uma animação acaba valendo a conferida.
Sobre os personagens e a dublagem, podemos dizer que acertaram bastante nas piadas bem colocadas, e acertaram ao escolher os dubladores tradicionais do cinema nacional, para dar vozes aos personagens, pois certamente se caíssem com atores e famosos o tom do longa seria outro que não chamaria tanta atenção. Talvez como disse acima um protagonista com mais carisma agradasse mais, que por mais que Gene tivesse seu bug, a essência dos Eh está em seu personagem, e assim sendo algumas vezes o personagem soa cansativo. Já Rebelde e Bate Aí até conseguem soar de forma mais divertida para chamar a atenção, mas como são secundários acabam destoando um pouco e também não podem ir tanto a frente. Quanto a vilã Sorrisete, chega a ser temebroso alguém malvado que só sorri, mas a graça acaba funcionando com isso, e o resultado embora estranho agrada.
Quanto do visual do filme não temos algo muito elaborado, mas como disse acima o mundo dentro do smartphone acaba sendo bem interessante, e a equipe de arte/produção precisou de conseguir muitas cortesias/direitos para falar/usar os nomes dos aplicativos, que acaba sendo o melhor da trama, por mostrar funcionalidades que sabemos que possuem, e quando os personagens entram nesses "mini-mundos", o resultado é tão bacana que acabamos curtindo o que é mostrado. Destaques claro para Candy Crush e Just Dance, que acabam tendo momentos mais icônicos dentro da trama, mas certamente testaram muitos outros. Sobre o 3D, infelizmente utilizaram muito pouco os efeitos que a tecnologia proporciona, de modo que temos um ou outro elemento visual saindo da tela, e uma ou duas cenas aonde a profundidade acaba funcionando, ou seja, quase dá para ver o filme sem óculos algum.
Com boas canções, o ritmo do longa flui rápido, e o longa aparenta ter até uma duração menor que os 86 minutos, e com isso o acerto é bem colocado e acaba divertindo por funcionar de modo subjetivo, e claro que deixo aqui o link para vocês ouvirem todas.
Enfim, é um filme bonitinho que agrada quem for disposto a se divertir, mas que poderia ter ido muito além se não ficasse tanto tempo procurando demonstrar a personalidade do protagonista, e fazendo claro as devidas apresentações. Portanto, se você gosta de animações leves e rápidas, esse pode ser um bom filme para curtir, mas se for esperando ver algo mais filosófico como os longas da Pixar, Dreamworks ou até mesmo da Ilumination certamente esse exemplar da Sony vai lhe decepcionar muito. Destaque para o curta "Puppy" que passa antes da sessão começar, e até para a ceninha no meio dos créditos que soa bem colocada dentro da proposta, ou seja, vamos lembrar mais delas do que do filme em si. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto bem em breve, afinal essa semana terei muitos posts por aqui, então abraços e até breve.
PS: Raspei a trave para dar 5 para o filme, mas me diverti bastante, então vale um 6, mesmo sendo bem fraquinho.
4 comentários:
Puxa...Até que enfim, encontrei uma crítica mais genuina e menos "afetada" pela crítica internacional. Concordo com você: o filme "está longe de ser uma obra de arte, mas é divertido, gostoso ". Eu assisti com meu filho, ele gostou e eu também. É leve, tem falhas, mas traz muitas mensagens importantes para o público a que se destina. E se os pais estiverem antenados saberão aproveitar cada uma das mensagens como oportunidade para aprofundar os assuntos com as crianças.
Olá Daniela, exatamente isso, as mensagens para os pais são bem colocadas e dá para usar bastante com os filhos (afinal a garotada de hoje nasce com o celular na mão, então nada melhor que um filme de celular pra mostrar isso!) Abraços e obrigado!!
É bom. Não sou muito fã dos filmes de Columbia Pictures mas essa animação, que comecei a ver com baixas expectativas, é fantástica, um dos melhores em todos os aspectos pelos qual uma produção cinematográfica é avaliada. Acho que as imagens das animações são cada vez mais realistas e os personagens melhores caracterizados. Além, acho que a trama de Emoji tem uma história que fala de amor, amizade, família, etc. de uma maneira muito original e divertida, é um dos melhores filmes infantis não tem dúvida que o filme se tornara num clássico.
Então Luciana... também gostei do filme, mas esperava muito mais dele, o que é uma pena... só não entendi ter ganho o Framboesa de Ouro de pior filme do ano, pois tiveram muitos outros bemmmmm piores, então né... abraços!
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