Animações que envolvem animais sempre são fofas e divertidas, e em 2014 a parceria entre EUA, Canadá e Coréia do Sul acabou gastando pouco e rendendo muito com "O Que Será de Nozes", de modo que certamente geraria uma continuação, e cá estamos três anos após com algo que continua bem na sequência, sem explicar praticamente nada quem é quem no filme para quem não conferiu o anterior. Não digo que seja algo completamente necessário, pois os personagens conseguem se desenvolver sozinhos nessa trama, sem depender do que aconteceu no outro longa, mas seria bacana algumas lembranças maiores, e principalmente que o filme fosse mais divertido e envolvente para pegar uma fatia maior do público, afinal até corrigiram um pouco o erro do anterior, que era deveras infantil, agora com uma temática até mais educativa/ambiental, mas ainda está longe de ser como outros que focam em lições para as diversas idades, e junto de pegadas animadas acabam divertindo à todos que forem conferir, não somente ficando para os pequeninos. Ou seja, de modo geral agrada pela fofura dos personagens, mas poderia atingir muito mais caso quisessem, só não entendi a cena pós-crédito se seria prévia de um terceiro filme, ou alguma piada interna que não foi traduzida para a dublagem nacional.
O esquilo Max é louco por nozes e adora aprontar todas ao lado dos amigos. Mas essa turminha precisa deixar a diversão de lado quando o malvado prefeito de Oakton decide demolir o Liberty Park para construir um parque de diversões perigoso. Max e companhia então criam um plano para salvar o parque, que também é o lar dos animais.
O mais interessante na produção é observarmos que até em longas fora dos países tradicionais, quando mudam o diretor, o rumo de um filme fica completamente diferente em suas continuações, pois sem em 2014 com Peter Lepeniotis tínhamos algo mais corrido, cheio de apelações (peidos, arrotos e tudo mais), agora com Cal Brunker a trama procurou ter uma história mais desenvolvida e focada nos personagens principais, deixando que os demais apenas divertissem e fizessem sua bagunça, ou seja, um filme mais coeso. Com isso, mesmo prendendo os pequenos nas poltronas, não vemos nenhuma risada mais alta, nenhuma criança saindo empolgada da sessão e nem mesmo nós ficamos com algo muito feliz sem ser pela fofura dos personagens, de modo que a trama em si é melhor, mas faltou o que faz todos gostarem de uma animação, que é a diversão e empolgação com cenas malucas e absurdas.
Dos personagens antigos, Max (ou Surly na versão original) continua com suas trapalhadas, mas se fosse um ator em live-action diríamos que fez o filme contrariado e cansado, pois alguns de seus momentos parece estar tão apático e frio que ficamos pensando no que o esquilinho está pensando ali, e sendo assim faltou algo a mais para ele ser o divertido e maluco do primeiro longa. Andie também não foi eficaz em seus momentos, mas teve grandes sacadas nas tiradas às animações americanas aonde qualquer momento é bom para cantar, e aqui não temos quase nem músicas tocando ao redor. Os grandes momentos do filme ficaram a cargo da cachorrinha Pérola e do cachorro Frankie, que mesmo ficando em segundo plano na maior parte do filme, tiveram boas cenas divertidas e bem encaixadas. Os vilões da trama foram bem colocados também, tendo desde o prefeito desesperado por lucros (será que foi inspirado no Brasil???), a garotinha maníaca, os exterminadores de pragas, os jogadores de golfe e até mesmo num primeiro momento os ratos brancos e fofos da cidade, que mais para frente vão ser mais funcionais na trama, de modo que o líder Sr. Feng foi muito bacana de ver (e mais ainda no final que vemos Jackie Chan detonando na voz original com suas grandes expressões).
Quanto do visual tivemos boas cenas coloridas, com muitos elementos (aqui o parque de diversões usou de todo tipo de objetos em sua composição) e certamente foi algo mais sutil que desejaram atingir, pois faltou texturas nos personagens e nos elementos cênicos para agradar mais e termos algo mais "real" na trama, ou seja, por bem pouco não vemos quase uma animação desenhada melhorada. E sobre o 3D, nas três ou quatro cenas que utilizaram o recurso, foi bem empregado, principalmente nas cenas do parque de diversões com os estouros e com a montanha russa em perspectiva de primeira pessoa, mas do restante, quase nada tem profundidade ou ao menos deu forma tridimensional para os personagens.
Enfim, é um filme bacana que até agrada mais que o primeiro pelo conteúdo, mas que poderia ser imensamente melhor se aliassem mais diversão e ritmo empolgante para com os personagens secundários para que o filme ficasse agradável para todas as idades. Portanto recomendo ele mais para os pequenos até 9-10 anos, pois acima disso talvez irá mais reclamar do que gostar do que verá, ainda que o filme seja interessante visualmente. Por enquanto é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, afinal veio uma boa quantidade de estreias, então abraços e até logo mais.
2 comentários:
Adorei a participação de Maya Rudolph, ela é uma atriz muito talentosa e faz excelente dublagem. O que ela fez em Emoji o Filme pareceu-me excelente. Adorei o filme, é muito divertido e adequado para toda a família. Na verdade não sou muito fã de ver desenho infantil animado, mas eu adorei este. A história é muito divertida e original, pelo mesmo, tanto crianças como adultos podem desfrutar dele. Eu gosto muito.
Olá Mariana... não vi ele legendado para poder conferir a voz da Maya... eu gosto dela com ressalvas, pois tem filmes que exagera demais nas caretas, então fica meio estranho, mas concordo que tem muito talento nas dublagens que ouvi já... o filme é como você disse, para todas as idades!! Abraços e obrigado pelo comentário!!
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