Embora "A Morte Te Dá Parabéns" não seja um filme ruim, o desapontamento de ir ao cinema esperando ver um filme de terror tenso e ver quase um romance teen bem leve foi tão alto que esse Coelho quase nem sabe o que falar dele. Digo isso, pois o filme é tão levinho, que raramente somos pego no susto com o máscara de bebê aparecendo, pois toda hora que vai acontecer já praticamente sabemos e ficamos apenas esperando para ver qual vai ser a forma que vai matar a protagonista (e isso sem quase sangue algum, bem leve mesmo!!), ou seja, a mistura de "Pânico" com "Efeito Borboleta" mal conseguiu ficar próxima de "Feitiço do Tempo" (o qual é citado no longa!), e acaba mais decepcionando do que empolgando com o que poderia ser. Volto a frisar que a história embora seja bobinha é interessante, e possui bons momentos para tentarmos adivinhar quem é o assassino entre tantos suspeitos, afinal a menina é daquelas que qualquer um desejaria dar uma boa paulada na testa, mas faltou o tom de terror mesmo para empolgar e/ou assustar como poderia acontecer.
A sinopse nos conta que uma mulher é assassinada e fica presa em um ciclo vicioso entre vida e morte. Ela deve resolver o mistério de seu próprio assassinato, ressuscitando várias vezes até descobrir quem foi o responsável pelo crime. Só quando ela compreender o que causou sua morte, pode conseguir escapar de seu destino trágico.
Com um grande currículo como roteirista de terror, e dois bons filmes (um de terror e um de comédia trash envolvendo terror), era de se esperar bem mais de Christopher Landon aqui, pois mesmo criando o ambiente tenso em diversas cenas, a máscara do assassino chega a ser bizarra em diversos momentos, e além disso tudo é criado para não ir muito além, ou seja, acabamos vendo um filme repetido com algumas alterações bem colocadas, mas que fica mais próximo de algo comum do que algo que poderia realmente surpreender com alguma virada, ou até mesmo com algo mais envolvente. Ou seja, a direção pareceu cansada em causar algo, e apenas entregou o básico bem feito, e como disse antes, esse básico vai acabar desapontando muita gente, pois a maioria irá ao cinema esperando ver um bom terror, ou algo tenso ao menos, e aqui a comicidade e a despretensão acabam indo muito acima do que qualquer outra coisa.
Dentre as atuações, é fato que o destaque fica a cargo da protagonista Jessica Rothe, que trabalhou bem sua Tree, ousando em caras e bocas, sendo surpreendida e surpreendendo a cada novo ato de suas reviravoltas, mas embora os filmes sempre mostrem que garotas de fraternidades americanas são fúteis, aqui o nível dela chega a ser assustador de tão jogado, e se pararmos para pensar nas outras garotas então!!! Ou seja, sua penúltima volta foi bem bacana e bonita de ver, que acaba agradando mais pela proposta em si de algo bonitinho e funcional, mas ainda longe do que esperávamos ver. Dentre os demais, temos de pontuar que Israel Broussard caiu bem como par romântico e agrada com seu Carter, sendo sucinto como par de conversas e até empolga nos olhares apaixonados, mas está longe de ser alguém que chamasse a atenção. Como já disse antes, as demais garotas soam tão falsas que chega a dar pena, e mesmo as duas coadjuvantes Ruby Modine e Rachel Matthews como Lori e Danielle respectivamente, que tiveram alguns momentos marcantes acabaram ficando sem sal de tudo, ou seja, também torceríamos para morrer rapidamente. Dentre os demais quase ninguém chama atenção, tendo um ou outro momento pontual que acaba mostrando leves destaques para se conectar a história principal, mas nada que valha realmente pontuar.
Por ser uma produção de Jason Blum, é fato que todo o conceito cênico para criar algo macabro é conseguido em diversas cenas, como por exemplo na primeira passada da protagonista por uma área em obras, com tudo escuro e somente um presente ali girando e cantando, outras cenas de tensão e fuga da protagonista, como as já mostradas no trailer do carro, e até mesmo nas diversas cenas que ocorrem repetidamente no início da saída da jovem do quarto de Carter foram bem trabalhadas com muitos elementos cênicos, mas poderiam certamente ter criado algo mais sobrenatural, e assim empolgar como terror realmente. Outro grande detalhe que falhou foi a fotografia, pois se ao menos tivessem usado tons mais escuros, acabaríamos vendo menos coisas na tela, e com isso ao menos seríamos surpreendidos com as aparições do assassino.
Enfim, é um filme que falhou em muita coisa, que após conhecer o assassino ligamos todos os pontinhos e fica até chato pensar em tudo, pois era algo bem óbvio, e ser revermos o filme certamente não terá a menor graça, mas que serve para passar um tempo no cinema e/ou em casa, afinal como disse está bem longe de ser algo ruim, apenas não é um terror, nem é algo fantástico dentro do que se propôs a entregar. Sendo assim, só recomendo ele se você não estiver esperando um longa de terror, e ainda assim gostar de tramas jovens de faculdade. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas daqui a pouco irei conferir outro longa que pela manhã compartilharei minha opinião com vocês, então abraços e até breve.
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