Me desculpem os fãs do estilo, mas "24 Frames" nada mais é do que um exercício audiovisual que qualquer um (repito QUALQUER) com uma câmera e tempo faria, de modo que ao passar os créditos com uma tonelada de pessoas, fiquei pensando como é fácil gastar dinheiro e cansar as pessoas que vão à uma mostra conferir isso que foi entregue. Não digo que algumas cenas tenham ficado bem bonitas de se ver, com uma estética visual interessante, mas passar 2 horas vendo 24 cenas estáticas que vão ganhando movimento com elementos, animais, etc., é um abuso cansativo que só não fui embora por ser o primeiro filme do dia, e que teria de esperar mesmo pelo próximo, mas confesso que se fosse o segundo, no 6º frame já teria pego o carro e zarpado. Ou seja, se você tiver muita (repito MUITA) paciência, até vale assistir em casa acelerando cada frame para ser visto em 1 minuto no máximo, que daí teríamos um curta-metragem muito bom, e só, do resto não caia na besteira de ir em um cinema conferir ele inteiro.
O filme nos mostra que nos últimos cinco anos de sua vida, o cineasta Abbas Kiarostami se dedicou à produção de breves frames, cada um em torno de cinco minutos de duração, onde trazia vida a imagens e fotos pré-estabelecidas. É a partir do inusitado e da sutileza das mudanças que o diretor busca acompanhar traços da natureza e, em alguns casos, estabelecê-los com a cultura produzida pelo homem.
Volto a frisar que a ideia em si é interessante, no primeiro frame achamos lindo as coisas do quadro irem se mexendo aos poucos, e depois tudo ir cadenciando tendo muita vida, e mesmo cansando quase 5 minutos vendo a mesma coisa até vai, daí no segundo frame já começa a ficar chato e o barulho vai dando um pouco de sono, no terceiro já vira um incomodo gigantesco, e daí só vai piorando, até chegarmos à cópula de um leão, nem lembro em qual frame, que dá uma leve acordada com os raios da chuva piscando a tela, mas logo em sequência começa mais e mais frames envolvendo neve, mar, pássaros e mais pássaros, e se alguém falar que conseguiu ver tudo sem dar cochiladas e/ou mexer no celular durante toda a projeção, confesso que podemos chamar essa pessoa de herói.
Sabemos que as obras de Kiarostami sempre foram controversas, experimentais e cheias de expressividade e simbolismo, mas aqui como opinião pessoal posso falar que ainda bem que não está mais entre nós, pois vai saber o que faria após essa tortura imensa, que ao menos é muito bem fotografada e bonita de ver (um pouco mais rápido pelo menos!).
Bem é isso, não vou me enrolar falando o quanto foi cansativo para mim, e para mais vários que perguntei após a sessão, ou seja, não estou sendo chato, apenas estou compartilhando o que outros também acharam. Fico por aqui agora, mas já na sequência estarei com o texto do outro filme da Mostra Internacional, que aí sim foi algo maravilhoso de conferir! Abraços e até logo mais.
PS: 1 coelho pelo visual maravilhoso da maioria das cenas + 1 coelho pela composição cênica fotografada, e nada mais.
PS2: Não localizei nenhum trailer, afinal nem dá para fazer trailer de algo assim, então, fica apenas a nota mesmo abaixo.
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