Se tem algo engraçado no mundo do cinema é você ver as datas de lançamento de filmes, pois se estamos acostumados com algo americano aparecer bem atrasado por aqui, imagina com algum filme alemão! Pois é, o longa de hoje que estreou essa semana no Brasil, passou por lá em Dezembro/2015, ou seja dois anos atrás, e se duvidar já vimos as crianças desse filme como moços se fizeram algum outro longa, mas é a vida no cinema internacional! Dito isso, "Encolhi a Professora" é daquelas tramas que veríamos numa Sessão da Tarde tranquilamente, com uma história bacana e divertida, personagens prontos para uma aventura, mas que acabam com situações tão bobas que não conseguimos nos convencer de que algo daquele estilo poderia agradar quem não estiver no clima infantil, e dessa forma o resultado soa bobo e jogado, ao contrário do que poderia ser uma trama de escola mais envolvente e cheia de situações fantasmas e disputas entre professora versus aluno de uma maneira mais legal, porém não somos nós que fazemos o filme que queremos ver, então o jeito é rir das situações e criticar a bizarrice que vemos. Mas antes que achem que não gostei do filme, digo que me diverti bastante com a situação, porém faltou muito para empolgar.
O filme nos apresenta Felix, um menino de onze anos, tem dificuldade em se ajustar, desde que sua mãe mudou para um novo emprego nos Estados Unidos. Em seu primeiro dia de aula em sua nova escola, Felix tenta concentrar-se em seus estudos e evitar a odiada diretora, Sra. Schmitt-Gössenwein e se manter fora de confusão, até que um grupo de valentões o desafia a entrar em uma sala trancada, assombrada pelo fantasma da antiga diretora da escola.
Pego no ato pela Sra. Schmitt-Gössenwein, Felix tenta fugir, se desespera e acidentalmente encolhe a diretora para apenas 15 centímetros! A fim de escapar do mal feito a esconde em sua mochila. Enquanto tenta descobrir como retornar a pequena ao tamanho original descobre outro problema ainda maior em suas mãos.
Já falei outras vezes aqui que a escola alemã de cinema é uma das mais estranhas, mas que também faz filmes comuns, afinal lá também existem crianças dispostas a bagunçar em uma escola, lugares assombrados e tudo mais, de modo que o diretor Sven Unterwaldt Jr. teve a capacidade de juntar todas essas ideias e criar um longa que passa o tempo e diverte sem muita enrolação, entregando o básico para a garotada que gosta de aprontar na escola, os famosos grupinhos de valentões, e adicionando ainda a ideia de diminuir pessoas (está na moda isso e não estou sabendo, já foram 2 filmes assim hoje, e tem ainda mais um ou dois nesse ano com a mesma temática!!), ou seja, não diria que o diretor errou no estilo, ao menos fez tudo muito rápido, pois o garoto já chega na escola, já arruma confusão, já reduz a diretora, já descobre outro problema, cria tudo e vai resolvendo, ou seja, algo meio desesperado, que pode até parecer absurdo, mas que ao menos não cansa. Mas o maior erro nem é tanto na velocidade, mas sim nas diversas incoerências de roteiro para quem costuma ver filmes cômicos e infantis, pois tudo soa bizarro, e aparentemente o diretor não se preocupa em arrumar nada, deixando que tudo flua normalmente.
Como é bem comum com filmes sem ser falados em inglês, o longa só veio dublado para cá, e assim nem podemos opinar como os atores se saíram nos diálogos, apenas posso dizer que a dublagem nacional não colocou gírias pelo menos e deixou tudo fluir com a naturalidade dentro do contexto de jovens em escola, apenas tenho de frisar que a vozinha fina que arrumaram para Anja Kling com sua miniatura da Sra. Schmitt-Gössenwein ficou incômoda no começo, mas que no final já estávamos até acostumados com ela. E também tenho de dizer que os jovens foram coerentes embora estranhos com algumas atitudes, mas isso é algo que vemos muito em filmes de jovens, então nem podemos dizer que foi erro deles, e sim talvez do diretor.
Dentro do conceito visual, temos de dizer que a escolha da locação da escola foi muito bem feita, pois temos algo de assombrado só de olhar para o lugar, mas que acabaram apelando para a comicidade logo na cena seguinte, ou seja, poderiam ter criado mais tensão nos ambientes para aí sim no final ao revelar a grande ideia do fundador puxar para a comicidade e diversão, mas como esse não era o objetivo do diretor, ao menos os objetos e detalhes foram bem colocados. Outra grande sacada foi na diminuição da protagonista, encontrarem objetos bem próximos dos reais para igualar tamanhos, o que ficou bem bacana de ver. A fotografia também acabou ficando um pouco perdida nas escolhas de tema, já que tudo aparentava puxar para o tom mais sombrio, mas ao mesmo tempo parecia estar numa festa imensa, ou seja, luzes e sombras brigando sem parar do começo ao fim do longa.
Enfim, é um filme que passa sua mensagem, mas que apenas passa realmente, sendo divertido dentro do básico para quem não possui mais nada para assistir, ao menos as crianças se conectaram em alguns momentos e a trama acaba agradando eles. Não diria que seria algo que recomendaria com grande afinco, mas ao menos não é algo que não recomendaria. Portanto se quiser uma opção de passeio para passar o tempo é uma escolha razoável. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com a última estreia da semana, então abraços e até mais.
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