A sinopse nos conta que Norimichi e Yusuke são melhores amigos que estão apaixonados pela mesma menina, Nazuna. Depois das férias de verão, a garota será transferida para um outro colégio por conta do divórcio de seus pais. No entanto, Nazuna não está satisfeita com a nova realidade, ela decide fugir com os meninos no dia em que está acontecendo um festival religioso na cidade e, durante a partida, eles encontram um objeto peculiar, repleto de mistérios.
É um filme que não temos muito o que falar dele, pois a ideia que os diretores e roteiristas tiveram é algo que foi bem trabalhada, mas faltou a eficiência em acertar um ponto mais determinante que causasse algo no público, pois o filme volta no tempo umas 4 vezes, e por incrível que pareça muda apenas o "e se...", não adentrando mudanças bruscas ou comoventes, apenas criando a nuance de um mundo modificado que simboliza algo e tenta criar reflexões tanto no protagonista quanto no público, mas se ao modificar a ideia, a trama também se revertesse, aí veríamos muitos chorando emocionados, sentimentos aflorados e tudo mais, o que não acontece, de modo que todos saem da sessão como se tivessem apenas visto um filme, o que é incomum na maioria dos mangás, a exemplo o que rolou em "Your Name" na última apresentação no cinema, aonde todos aplaudiram, a galera estava lavada e tudo mais, e aqui ficou falhado, ou seja, temos um bom mote, mas faltou ajustar os ponteiros.
No conceito gráfico da trama, tivemos como sempre traços femininos marcantes, de modo que assim como é muito comum em mangás, o vértice sexy das personagens soa como algo que desperta um desejo tanto nos personagens masculinos, quanto no público que confere os longas, e todos sem exceção acabam tendo olhos e bocas bem grandes, o que chega a ser chamativo, mas é uma característica do estilo, então não podemos reclamar. Dito isso, os personagens masculinos Norimichi e Yusuke são amigos que competem muito entre si, e possuem um carisma frouxo, e o que quero dizer com isso é que não conseguimos nos conectar com eles, de tal modo que todas as reviravoltas do protagonista são fortes, e ele sempre está com a cara de "ah que bom que aconteceu", e não com a expressão "oba, deu certo, vamos atacar!", e isso acabou puxando o longa para baixo. A intenção da protagonista é forte e ao mesmo tempo que ela explicita de onde vem seus atos de ser filha de uma aventura, de fuga e tudo mais, seu questionamento e atitudes em diversos momentos soavam mais como alguém que iria se matar do que alguém que iria fugir, e isso fica bacana de ver apenas pela sutileza cênica que possui, e não pela força que poderia ter.
Visualmente a trama brincou com muitas cores, mas exagerou no rosa, e isso não causa nada na tela, o que é bem estranho de ver, pois com o nome fireworks em evidência no título, apenas ser algo explosivo de uma festa poderia ter sido muito mais bem trabalhado, e mesmo com locações intrigantes, mostrando a cultura japonesa mesmo de energia eólica, dos jovens fazendo trabalhos de limpeza nas escolas, e tudo mais, não temos uma amarração mais forte para que os fogos realmente causassem algo nos personagens.
Enfim, acabou sendo um filme morno, que até quero ver o longa live-action japonês no qual foi baseado de 1993, que possui o mesmo nome inclusive, para saber se ali a essência foi atingida, pois como disse, talvez nas mãos de um diretor mais forte e uma personalidade mais efetiva, o resultado seria de cair o queixo. Bem é isso pessoal, encerro aqui essa semana cinematográfica bem longa, mas volto na próxima sexta com mais estreias numa semana menor, mas com bons longas também, então abraços e até lá.
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