Dei uma lida no que escrevi de "O Renascimento do Parto" em 24 de Setembro de 2013, e quase que escrevo aqui: Idem. Mas tenho de pontuar que aqui, em "O Renascimento do Parto 2" a trama desenvolveu mais problemas que muitas mulheres que fizeram cesáreas forçadas (afinal dizem que desejavam parto normal, mas não foram atendidas pelos médicos) sofreram, mostra um pouco mais dos atendimentos que o SUS tem prestado nessa modalidade de parto, enfatizando alguns hospitais próprios para isso, e também criou algumas dinâmicas diferenciadas com imagens mais impactantes, partos mais bem montados e tudo mais, porém ainda bateu demais na mesma tecla e ainda adicionou o grande mote do feminismo que anda tão em pauta, e com isso por bem pouco não desvirtuou a beleza que a trama mostra dos nascimentos, mas ainda assim coloco as mesmas palavras que disse em 2013, que é um longa que deve ser visto por todos para poder discutir e também analisar qual a melhor forma que deseja para ter seus filhos, mas ainda assim o longa poderia ter sido menos imparcial.
O documentário analisa a situação da rede obstetrícia no Brasil e traz relatos de mulheres violentadas física, mentalmente e moralmente na hora do parto. Especialistas e vítimas explicam do que se trata a violência obstétrica num momento em que a mulher é quem deveria escolher como quer parir.
Diria que o diretor Eduardo Chauvet foi bem ao querer fazer uma continuação, pois sim, temos de mostrar muito da medicina atual para que o público possa tomar as devidas decisões, porém aqui ele manteve um dos grandes problemas do primeiro longa, que é o excesso de termos técnicos que somente quem souber tudo de rituais, remédios e técnicas de cirurgias vai entender o que estão falando, e ainda incorporou algo ainda mais comprometedor, que se o primeiro era bonito vermos as ideias e tudo soava bem interessante ao mostrar a premissa do parto normal ser uma melhor opção, aqui ele já colocou sem chance alguma para a cesárea e até atacando não deu brecha para escolha, colocando somente pontos favoráveis para o normal e um milhão de tiros para o procedimento cirúrgico. Ou seja, algo totalmente imparcial que não deveria ocorrer em um documentário sério.
Sobre as entrevistas, ainda digo que esse é o melhor jeito de se fazer um bom documentário, não transformando ele tanto em algo jornalístico, mas sim desenvolvendo todo o processo com os depoimentos e criando algo maior, e embora não aparecesse tanto as perguntas feitas, vimos diversas vezes a repetição das mesmas frases, e assim sendo o resultado acabou mostrando que a ênfase no questionamento de mostrar o seu ponto de vista foi algo que o diretor quis polemizar.
Enfim, como costumo dizer documentários são bons para criarmos discussões, sentarmos em círculo e abranger tudo o que foi mostrado para cada um apurar sua devida opinião e as demais, e não que eu ficasse aqui falando por horas sobre cada ato mostrado. Digo apenas que gostei muito das imagens, achei poéticos diversos momentos, e embora imparcial acredito que o longa foi bem elaborado, mas que assim como o primeiro filme, muitos médicos irão ficar bravos com tudo o que é mostrado. Então fica a dica para que todos confiram, e principalmente que muitos discutam tudo o que for mostrado aqui, afinal nem eu, nem o diretor estamos certos com nossas opiniões do que é melhor para cada mulher, sendo que assim como defendem cada uma deve decidir como deve parir seus filhos. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas já volto amanhã com a grande estreia da próxima semana, então abraços e até breve.
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