Muitos desenhos da TV possuem especiais natalinos de final de ano, aonde contam histórias bonitinhas curtas que envolvem e se desenvolvem bem fora da trama normal do dia a dia, e aqui com o longa "A Raposa Má", que traduzindo literalmente o título original teríamos "a raposa má e outros contos", vemos exatamente isso, uma trama bem simples dos personagens criando três historinhas bacanas, com um desenho a mão bem singelo em que não vemos muita evolução, mas sim algo bonitinho e dentro de uma proposta de atingir realmente um público bem infantil, ou seja, pequenos com no máximo 10 anos. Dito isso, o longa veio no Festival com a proposta de ter espaço também para as crianças, já que veio dublado e não em francês como todos os demais filmes, e sendo assim só vale para mostrar a sutileza que as produções desse estilo andam entregando na França para nós adultos, enquanto os menores até irão curtir o que verão.
A sinopse nos conta que aqueles que pensam que o campo é um lugar calmo e tranquilo estão muito enganados. Lá, vivem animais especialmente agitados: uma raposa que pensa que é galinha, um coelho que se faz de cegonha e um pato que quer tomar o lugar de Papai Noel. Se você quiser passar férias em um lugar sossegado, não pegue esse caminho!
A trama nos conta três pequenas, bonitas e engraçadas histórias bem sutis, duas sendo dirigidas por Patrick Imbert ("Um bebê para entregar" e "Salvando o Natal") e uma por Benjamin Renner("A Raposa Má"), que inclusive já foi indicado ao Oscar com seu longa anterior, e o que podemos dizer facilmente é que cumpriram a missão de entregar um filme bem bonitinho, que funciona como disse acima como um episódio especial, e nada além, mas se temos de destacar algo é que numa época que praticamente não vemos mais desenhos feitos a mão nas telinhas e telonas, o resultado aqui acaba sendo de um primor simples, mas bem bonito de se ver, e sendo assim a técnica empregada mostrou bons resultados.
Dentre as três historias, a primeira "Um bebê para entregar" é graciosa pela genialidade dos personagens em querer usar os meios mais malucos para levar o bebê do campo para a cidade, e isso soa mais divertido ainda quando acham um animal chinês perdido, ou seja, altas trapalhadas. A segunda "A Raposa Má" brinca com a dupla personalidade e com a ideologia de que os animais ao nascer desenvolvem um carinho maternal com a primeira coisa que veem, e assim temos algo doce e bonito que brinca bem com a forma atual de famílias no mundo moderno. E a terceira, "Salvando o Natal" mostra a tradicional jogada de acreditar ou não no mito do Papai Noel, e na busca de ajudar nas entregas de presentes de uma forma bem graciosa e cheia de trapalhadas.
Quanto dos personagens todos soaram bem divertidos, tendo o porco um destaque maior em duas histórias, mas a raposa foi bem usada no segundo e assim todos podem dizer que foram bonitinhos de ver e possuíram graciosidade na forma de passar as mensagens, não sendo nada muito detalhado, mas também passando longe de algo ruim.
Enfim, volto a dizer que ele só veio no Festival Varilux para vermos como andam as produções desse estilo, e por ter um diretor premiado, senão essa certamente seria uma história que nem nas TVs nacionais veríamos, pois é bem infantil mesmo, mas que funciona dentro da proposta passada, e certamente na França deve ter feito os pequeninos bem contentes. Bem é isso, fico por aqui agora, mas já vou para o próximo longa do dia, então abraços e até logo mais.
1 comentários:
Muito bom! Engraçado, leve e descontraído.
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...