sábado, 16 de junho de 2018

A Raposa Má (Le Grand Méchant Renard et Autres Contes) (The Big Bad Fox and Other Tales)

Muitos desenhos da TV possuem especiais natalinos de final de ano, aonde contam histórias bonitinhas curtas que envolvem e se desenvolvem bem fora da trama normal do dia a dia, e aqui com o longa "A Raposa Má", que traduzindo literalmente o título original teríamos "a raposa má e outros contos", vemos exatamente isso, uma trama bem simples dos personagens criando três historinhas bacanas, com um desenho a mão bem singelo em que não vemos muita evolução, mas sim algo bonitinho e dentro de uma proposta de atingir realmente um público bem infantil, ou seja, pequenos com no máximo 10 anos. Dito isso, o longa veio no Festival com a proposta de ter espaço também para as crianças, já que veio dublado e não em francês como todos os demais filmes, e sendo assim só vale para mostrar a sutileza que as produções desse estilo andam entregando na França para nós adultos, enquanto os menores até irão curtir o que verão.

A sinopse nos conta que aqueles que pensam que o campo é um lugar calmo e tranquilo estão muito enganados. Lá, vivem animais especialmente agitados: uma raposa que pensa que é galinha, um coelho que se faz de cegonha e um pato que quer tomar o lugar de Papai Noel. Se você quiser passar férias em um lugar sossegado, não pegue esse caminho!

A trama nos conta três pequenas, bonitas e engraçadas histórias bem sutis, duas sendo dirigidas por Patrick Imbert ("Um bebê para entregar" e "Salvando o Natal") e uma por Benjamin Renner("A Raposa Má"), que inclusive já foi indicado ao Oscar com seu longa anterior, e o que podemos dizer facilmente é que cumpriram a missão de entregar um filme bem bonitinho, que funciona como disse acima como um episódio especial, e nada além, mas se temos de destacar algo é que numa época que praticamente não vemos mais desenhos feitos a mão nas telinhas e telonas, o resultado aqui acaba sendo de um primor simples, mas bem bonito de se ver, e sendo assim a técnica empregada mostrou bons resultados.

Dentre as três historias, a primeira "Um bebê para entregar" é graciosa pela genialidade dos personagens em querer usar os meios mais malucos para levar o bebê do campo para a cidade, e isso soa mais divertido ainda quando acham um animal chinês perdido, ou seja, altas trapalhadas. A segunda "A Raposa Má" brinca com a dupla personalidade e com a ideologia de que os animais ao nascer desenvolvem um carinho maternal com a primeira coisa que veem, e assim temos algo doce e bonito que brinca bem com a forma atual de famílias no mundo moderno. E a terceira, "Salvando o Natal" mostra a tradicional jogada de acreditar ou não no mito do Papai Noel, e na busca de ajudar nas entregas de presentes de uma forma bem graciosa e cheia de trapalhadas.

Quanto dos personagens todos soaram bem divertidos, tendo o porco um destaque maior em duas histórias, mas a raposa foi bem usada no segundo e assim todos podem dizer que foram bonitinhos de ver e possuíram graciosidade na forma de passar as mensagens, não sendo nada muito detalhado, mas também passando longe de algo ruim.

Enfim, volto a dizer que ele só veio no Festival Varilux para vermos como andam as produções desse estilo, e por ter um diretor premiado, senão essa certamente seria uma história que nem nas TVs nacionais veríamos, pois é bem infantil mesmo, mas que funciona dentro da proposta passada, e certamente na França deve ter feito os pequeninos bem contentes. Bem é isso, fico por aqui agora, mas já vou para o próximo longa do dia, então abraços e até logo mais.

Um comentário:

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