Sempre é divertido ver longas de destruição, tornados, apocalipses e tudo mais, principalmente quando jogam para o lado do 100% ficção e aí tudo vale, mas quando tentam trabalhar motes científicos, e embasar as situações, precisam ser um pouco mais cautelosos, pois senão o filme acaba virando uma bola de neve de erros e se torna uma paia sem fim. Dito isso, "No Olho do Furacão" soa ao menos divertido, pois entrega até boas situações, uma ação desenfreada e efeitos digamos bem interessantes, mas apela demais, e assim sendo acabamos ficando irritados por algumas besteiras e rindo de outras ainda mais absurdas. Mas como disse no começo, esse estilo me diverte, e apenas curtindo o que é mostrado, o resultado embora apelativo agrada, tirando uns efeitos bemmmmm falsos.
A trama nos conta que um grupo de criminosos planeja roubar 600 milhões de dólares do tesouro americano durante a passagem de um furacão. No entanto, seus planos são interrompidos quando o fenômeno meteorológico atinge o nível 5, considerado o mais grave de todos, e eles precisam do código de segurança que apenas uma funcionária do banco tem conhecimento.
Se tem um diretor que entende bem de velocidade e ação é Rob Cohen, que fez o primeiro "Triplo X" é o primeiro "Velozes e Furiosos", e aqui ele usou bem dessa essência, trabalhando com caminhões correndo, vendo correndo e tudo sendo bem destruído como costuma fazer em seus longas, de modo que nesse sentido a produção funciona bem, porém esqueceram que é necessário também para um bom filme funcionar que os diálogos não soem tão cínicos e falsos, que os efeitos sigam uma linha mais adequada e realista, e principalmente que não necessitem apelar para que os rumos de seu filme funcione, e aqui tudo é apelativo em níveis monstruosos (inclusive com uma cara de caveira aparecendo no meio dos furacões), ou seja bem bizarro realmente. Mas tirando esses detalhes, e se concentrando na curtição das cenas de ação, o resultado impressiona e diverte ao menos, mostrando que quem sabe Cohen seja o novo diretor que irá assumir os próximos filmes de destruição do planeta, pois destruir com ação é com ele.
No conceito das atuações, diria que os protagonistas se esforçaram bem no meio de um texto bem ruim, fazendo ao menos caras e bocas corretas para criar suas personalidades, mas sem se importar com resultados, e sendo assim receberam pelo que foram contratados e nada mais. Toby Kebbel, ultimamente tem ficado mais escondido atrás de personagens computadorizado, tanto que nem lembrava como era seu rosto, e aqui ele foi coerente com o que fez e com o que sabe fazer, que é saltar bastante com seu Will, e criar olhares dispersos para mostrar sua aflição com tudo o que estava ocorrendo, mas foi bem dentro do possível ao menos. Maggie Grace acabou entregando uma Casey quase no estilo The Rock, vamos enfrentar todos os vilões e salvar o dinheiro, e com isso chega a ser cômico seus trejeitos, de tal maneira que poderia ter sido mais romantizada talvez, mesmo dando tiros pra todo lado. Ryan Kwanten foi meio enfeite com seu Breeze, fazendo até algumas cenas boas, mas seu personagem acabou meio desnecessário. Ralph Ineson até tentou sede um vilão forte com seu Perkins, mas nos momentos que teve de fazer carões bravos ficava mais engraçado que aterrorizador, e eu no lugar dos demais personagens que ele estava enfrentando riria de suas falas. Quanto aos demais até que foram figurantes com bastante falas, fazendo trejeitos e tudo mais, mas não convenceram de forma alguma para merecer qualquer destaque.
No conceito cênico foram bem interessantes na confecção do cofre federal, das casas e lojas dos protagonistas, arrumaram um super carro do tempo, fizeram muita computação visual para a tempestade com tudo da cidade voando, mas se esqueceram de muita continuidade, de modo que a cidade está destruída pela passagem do furacão, e na sequencia o caminhão passa por lugares aonde nada nem se mexeu, apenas algumas folhas, então acabou ficando um trabalho bem meia boca nesse sentido, mas nada que atrapalhe a diversão. Quanto da fotografia, o preto e o cinza dominaram a cena para criar tensão, mas com tudo sendo destruído tiveram algumas explosões interessantes para ao menos a ação ser desenfreada.
Enfim, poderia ser bem pior, mas ao menos diverte dentro do que se propõe, e as horas passam bem rápido. Não diria que é um filme que super recomendo, mas também não digo que foi das piores sessões da minha vida, valendo perder um tempo vendo na TV quando passar. Bem é isso pessoal, fico por aqui agora, mas bora lá para mais uma sessão do Festival, então abraços e até mais tarde.
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