Diria que assim como o título, "Os Estranhos - Caçada Noturna" é deveras estranho, por acontecer coisas sem praticamente nenhuma explicação, ocorrendo simplesmente como dito em determinada cena que perguntam o motivo das pessoas estarem matando a família (e a resposta foi "e porque não?" - Sério, dá vontade de pegar um roteirista desse e tacar fogo!), contendo apenas três malucos atacando uma família, e teoricamente anteriormente todas as pessoas dos trailers, pois tudo está vazio ao máximo, e sem atingir nenhum ápice o longa é apenas isso, e nada mais, pois os conflitos anteriores da família não são explicados, nada! Sendo apenas um filme feito para mostrar uma matança, sem história, ou seja, arrumaram boas trilhas anos 80/90, colocaram uns malucos mascarados, uma família com uma adolescente em conflito, e pronto, vamos matar todos. Ou seja, ao menos no longa do expurgo anual tinham alguma coerência, aqui faltou tudo, e nem sei o que vou falar nas linhas seguintes, então já adianto que a nota vai ser bem baixa, e não recomendo o filme, para quem não quiser ler o resto.
A sinopse é bem curta e nos conta que uma família vai acampar num parque de trailers. Quando a noite chega, ela é aterrorizada por três psicopatas mascarados. A família é testada ao limite e luta para escapar viva antes do amanhecer.
Sendo meio que um reboot/continuação do longa de 2008, a trama até possui uma essência de terror sangrento bem interessante, porém faltou a história ter um vértice, pois tudo bem que psicopatas matam por matar, mas surgir do nada, não ter nenhuma revelação ou chegar a algum lugar é abusar da boa vontade do público que é tão psicopata quanto por gostar de ir ao cinema apenas ver mortes sem uma história mais pautada, e dessa forma o diretor Johannes Roberts, que fez um filme até que bem interessante nesse ano, "Medo Profundo", acabou jogando para o alto e deixando que o público tirasse suas conclusões, se é que tem como ter conclusão alguma do longa, e falhando consideravelmente com isso, ou seja, um filme sem pé nem cabeça, apenas com locações interessantes, personagens engraçados e sombrios ao mesmo tempo, mortes fortes bem colocadas, uma trilha sonora incrível, mas que é apenas algo jogado na tela, e sendo assim, ao menos no meu ver, foi um erro monstruoso na telona.
Dentro do conceito interpretativo, daria um leve destaque para o segundo ato da protagonista Bailee Madison com sua Kinsey, pois no primeiro soou apenas preponderante como qualquer adolescente chato e não fez praticamente nada, mas no segundo seus trejeitos desesperados buscando sobreviver foram de primeira linha, e deve ser visto por todas as moças que forem fazer um filme de terror aonde alguém está tentando lhe matar. Lewis Pullman também trabalhou bem seu Luke no segundo ato, mas nada que seja muito surpreendente, tendo sua boa cena de impacto na piscina, e só, pela imposição forte frente ao enfrentamento. Quanto aos demais, é melhor nem comentar, pois beiraram a piada pronta.
A equipe de arte foi bem esperta ao trabalhar praticamente o filme todo com uma névoa ao redor do espaço, ajudando os personagens a se perderem e não saberem onde estão, e ainda não necessitar ter muitos trailers para compor a cenografia, de modo que posso estar errado, mas mesmo o trailer dos personagens sendo o de número 47, se tiver realmente uns 4 ou 5 no estacionamento foi muito, necessitando apenas da recepção para algumas cenas, e da belíssima e ornada piscina para as cenas mais legais do longa, mas claro que dentro dos trailers tiveram um cuidado especial para criar ambientes diferentes e bem colocados, ou seja, podemos dizer que mesmo o longa não tendo muita história (ou melhor nenhuma), a parte visual ficou incrível. A fotografia como de praxe apelou para cenas escuras na maior parte do tempo, aparecendo os psicopatas do nada para dar sustos no público, mas como isso é o tradicional clichê, ao menos tentaram trabalhar um pouco com névoas e alguns floreios de explosões e iluminações diferenciadas em algumas cenas, mas nada que surpreenda demais.
Felizmente disponibilizaram o link para a excelente trilha sonora, pois o filme sem ela seria ainda pior, e claro que não ia deixar de fora para que todos ouvissem, afinal temos grandes clássicos dos anos 80/90, que deram um tom maravilhoso para as mortes.
Enfim, é um filme que esperava bem mais pelo trailer, e que talvez alguns malucos gostem bastante da essência de apenas ter mortes sem uma história específica, mas aí é um gosto bem pessoal, e não consigo enxergar muito bem essa qualidade, sendo que não o recomendo mesmo tendo alguns elementos bem bons como falei acima. Bem fico por aqui hoje, mas amanhã já estou de volta com mais textos, então abraços e até logo mais.
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