O mais interessante de filmes românticos que envolvem doenças é o fato de termos oportunidade de saber mais sobre ela, e claro, conhecer a doença, pois até antes de "Sol da Meia-Noite" sequer sabia dessa tal XP, e ao menos passado de forma bem rápida, agora caso algum dia saiba de alguém que tenha não irei levar para tomar um sol na praia. Dito isso, vamos falar do que interessa realmente, que é sobre o filme, e entrando nesse mérito, a trama é simples, bonitinha, mas tão carregada de clichês, que se ao menos tivessem me feito lavar o cinema, poderia até relevar os problemas de falta de técnica e furos de conteúdo, mas como esse é o maior problema do filme: o de não emocionar quando precisa. E sendo assim, a trama acaba soando apenas correta para ser daqueles que você assiste uma vez só é cansa sem talvez até querer ver o final, e olha que as garotas até mandaram bem nos trejeitos, a protagonista botou a voz pra jogo cantando realmente diversas músicas, e as paisagens foram interessantes, mas não decola, é o filho do mito Schwarzenegger precisa melhorar muito se quiser decolar também.
A sinopse nos conta que Katie é uma jovem de 17 anos que vive protegida dentro de sua casa desde a sua infância. Confinada no local durante os dias, ela possui uma rara doença que faz com que a menor quantidade de luz solar seja mortal. Sua situação muda quando seu destino se cruza com o de Charlie e eles iniciam um romance de verão.
Sim, o longa contém diversos momentos musicais, e deveria até ter mais, pois conhecido mais como diretor de videoclipes e de filmes musicais, o diretor Scott Speer, certamente conseguiria transformar a história triste que veio do anime japonês que foi baseado, "Taiyô No Uta" de Kenji Bando, em algo mais emocionante e vivenciado, mas talvez ficasse forte demais um musical sobre uma doença, ou seja, talvez fosse melhor um outro diretor. Digo isso, pois as cenas musicais foram boas, mas as cenas de envolvimento que mereciam um destaque maior para realmente emocionar o público, acabaram ficando tão em segundo plano, que mesmo os personagens chorando na tela, ficamos vendo como se nada tivesse acontecendo, e isso é um erro imenso que num primeiro tratamento de roteiro conseguiriam enxergar o problema. Ou seja, acabaram fazendo um filme bonito de essência, mas que não atinge quem poderia atingir, e acredito que o público-alvo que são adolescentes apaixonadas, irá ver e também sairão da sala normais sem borrar suas maquiagens.
Sobre as atuações, diria que Bella Thorne até entregou uma Katie Price coerente, bonita, cantou bastante com uma voz gostosa de conferir (embora logo de cara fique notável que gravou tudo em estúdio e depois usaram no filme), mas ficou no geral bem insossa, de modo que poderia ter atacado mais, afinal tudo era uma novidade para a personagem e ela só com a expressão de legal, ou seja, poderia dizer uhuu legal, mas não foi. Patrick Schwarzenegger precisa com urgência assumir uma personalidade de galã, pois já que não será um mito como seu pai foi, ele tem de usar sua beleza a favor e começar a criar um carisma em cima disso, pois seu Charlie Reed tinha tudo para ser daqueles que as garotas ficam caidinhas, mas é tão sem sal que desanima até ver a empolgação da garota em cima dele. Rob Riggle foi um pai bem colocado com seu Jack Price, demonstrando o carinho e também a preocupação para com a filha, mas soou um pouco bobo demais, e talvez pudesse ter sido mais forte em alguns momentos. Dentre os demais só vale destacar Quinn Shepard como Morgan, a melhor amiga, pois essa sim trabalhou realmente com carisma, sendo a amiga tradicional, colocando os olhares emocionados nos momentos certos e assim agradando até mais que os protagonistas realmente, e sendo assim, fica fácil ver o erro na direção de atores, quanto aos demais, figurantes a rodo.
No conceito artístico, seria muita hipocrisia se errassem nesse elemento, e assim sendo o romance floresce em um cais de grandes veleiros ao luar, tem uma casa riquíssima de elementos para mostrar a jovem presa com sua doença, bons momentos na curtição noturna incluindo shows em Seattle, viagem romântica de trem e tudo mais, ou seja, clichês em cima de clichês, mas que deixaram ao menos o filme bonito. A fotografia certamente odiou ler o roteiro e ver que 99% das cenas seriam noturnas, pois trabalhar boas iluminações sem soar falso a noite é algo bem complexo, mas souberam dosar os bons momentos e não falhar tanto, agradando com bons tons para contrastar ao menos.
A trilha sonora é bem agradável e gostosa de ouvir, com diversas canções interpretadas pela protagonista Bella Thorne, e claro que deixo aqui o link para todos conferirem.
Enfim, é um filme que poderia ser muito mais caso desejassem emocionar realmente, e não fazer apenas um longa teen cheio de clichês. Volto a falar que ele é bem bonitinho, mas isso é algo que não entrega nada, e sendo assim o resultado falha demais. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto daqui a pouco com mais um texto, afinal ainda faltam muitos filmes para encerrar minha super maratona, então abraços e até logo mais.
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