Não conheço a lenda ou as histórias sobre o personagem do Slender Man, mas diria que a sacada de fechamento do filme "Slender Man - Pesadelo Sem Rosto" foi digamos que interessante, e bem melhor que o filme inteiro, dando uma proposta de algo viral mesmo, como um vírus que vai passando através da curiosidade das pessoas, que vão alimentando o medo do personagem e dando mais força para ele, e assim sucessivamente. Não posso afirmar que a ideia completa do longa é essa, mas o filme em si funciona como um terror mais psicológico, aonde praticamente não vemos nada (me lembrou um pouco "Bruxa de Blair" nesse sentido), e a correria sem entregar nada do que está acontecendo, tendo apenas distúrbios, barulhos e várias abstrações acontecendo sem quase sentido algum, ou seja, um filme fraco de aterrorizar as pessoas, que tem um mote teen demais, que não assusta, e que principalmente cansa mais do que agrada como poderia ocorrer. As salas certamente estarão bem cheias de jovens que curtem esses virais, que ficarão procurando coisas aonde não tem nada, mas que sairão tão decepcionados com o longa que veremos se a bilheteria se sustentará para que façam uma continuação com o que deixaram, pois não tem como recomendar mesmo nas melhores cenas de tensão.
A sinopse nos conta que as amigas Wren, Hallie, Chloe e Katie levam uma vida entediante no colégio. Quando ouvem falar num monstro chamado Slender Man, decidem invocá-lo através de um vídeo na Internet. A brincadeira se transforma num perigo real quando todas começam a ter pesadelos e visões do homem sem rosto, com vários braços, capaz de fazer as suas vítimas alucinarem. Um dia, Katie desaparece. Como a polícia não dispõe de nenhuma prova para a investigação, cabe às três amigas fazerem a sua própria busca, enfrentando a criatura.
Costumo dizer que para fazer um filme decente de terror, ou o diretor tem de ser especialista nessa área, ou ser algum jovem maluco que acaba acertando a mão fazendo todos se encantaram com seu trabalho, agora vir com alguém que fez diversas séries de ação policial e jogar para dirigir um longa que já não tem muita história para ser algo novo não deu muito certo, de modo que acabamos assistindo ao filme de Sylvain White sem conseguir entender aonde ele desejava chegar, não tendo um conflito de tensão, não assustando, não impressionando, e nem sendo que fosse algo policial realmente, criando um vértice mais problemático com cenas de correria no escuro, do que um filme se terror que valesse a pena realmente ser assistido, ou seja, um filme até cheio de ideias, que mistura ocultismo, fenômenos elétricos, e muito mais, mas que não chega a lugar algum.
Quanto das atuações diria que já vi garotas bem mais expressivas em um hospital, pois que seleção péssima de elenco fizeram, com garotas que não expressam feições de espanto com o bicho, não nos passam a tensão que sentiram, ou seja, se o filme já não causa nada, com atrizes que não ajudam também, o resultado nesse quesito foi algo que beirou o lastimável. O mais engraçado é que Joey King já fez diversos longas de terror, e sempre se saiu bem, mas claro que tinha ótimos diretores por trás de suas produções, ou seja, talvez aqui a culpa de sua Wren não chamar tanta atenção seja do diretor ruim, pois a jovem fez caras e bocas exageradas, e somente na cena da biblioteca e na sua casa que realmente chamou um pouco a atenção com algo mais desesperador, pois de resto, só falou textos largados e foi a rebeldezinha do grupo. Julia Goldani foi o enfeite da trama inteira com sua Hallie, de modo que estava torcendo para que sua personagem morresse logo, mas não, ficamos com ela o longa inteiro, com sua expressão apática de jovem semiapaixonada que não faz nada, não liga para nada, e assim sendo é quase um vaso no filme. Quanto as demais garotas, a que se sai um pouco melhor, mas aparece bem pouco no filme, tendo mais destaque ao final, é a irmã de Hallie, Lizzie, que é bem interpretada por Taylor Richardson, que fez caras bem fortes e deu o tom para o fechamento.
No conceito cênico, a trama consegue envolver bem, principalmente pelo longa se passar numa cidadela que acho que nem em sonho moradia, com ruas escuras, em meio a florestas, casas de madeira estranhas, muitos objetos cênicos bizarros, e aliado a tudo isso, muitos desenhos estranhos e um personagem feio de forma esguia, mas que pouco o vemos, pois aí entra o maior defeito do longa, até maior que a história: a fotografia! Pois já disse isso outras vezes, que você até pode fazer um bom longa de terror com um sol escaldante, mas se vai fazer cenas muito escuras, saiba iluminar bem, mesmo que faça uso de recursos falsos, pois diria que não vemos praticamente nada em cerca de 60% ou mais do filme, apenas imaginando pelas sombras e coisas que aparecem, completando o filme com os espaços, ou seja, exageraram no breu para assustar ou causar no público, mas não funcionou.
Enfim, um filme fraquíssimo, que até tinha potencial para causar no público um estranhamento, muitas pesquisas, e tudo mais, mas que acaba não atingindo nada nem ninguém. Ou seja, não recomendo ele de forma alguma nem para quem estava curioso com o longa, muito menos para os fãs de terror. Bem é isso pessoal, fico por aqui agora, mas vou conferir outro longa hoje para ver se melhora meu humor, então abraços e até logo mais.
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