Talvez eu queime a língua daqui alguns dias com a estreia de "Aquaman", mas a DC deveria parar de tentar fazer filmes live-action e focar somente nas animações, pois eles têm lançado uma melhor que a outra, conseguindo incorporar diversos personagens, trabalhando bem o humor satirizando tudo ao redor, e ainda entregando boas histórias, foi assim com "LEGO: Batman: O Filme", com "Batman: A Piada Mortal" e agora com um filme bem amplo denominado "Os Jovens Titãs em Ação! Nos Cinemas", levando esse escrito todo por já ter a série no canal Cartoon Network. E digo amplo pela grandiosidade da produção que embora protagonize os cinco personagens mais o vilão, também conta com uma gama imensa dos heróis da marca, satirizando seus filmes feitos e até alguns personagens que são tão inúteis no mundo que se fizerem um filme deles é capaz de ficarmos nos perguntando quem está bancando isso! Ou seja, com uma trama bem divertida, personagens marcantes, um humor bem irônico, e claro muita ação envolvendo vilão e super-heróis, o resultado não poderia ser outro, um longa com uma qualidade inegável, que diverte bem tanto crianças quanto adultos (esses certamente irão dar muito mais risadas do que os pequenos com as diversas referências), e que resulta em algo que certamente terá mais continuações, afinal na primeira cena pós-crédito já temos uma leve dica do que podem fazer, enquanto na segunda como de praxe é uma piadinha bem colocada (então quem quiser, fique até o fim para rir!).
O longa nos mostra que Robin, Ciborgue, Estelar, Ravena e Mutano são os Jovens Titãs. Ao perceberem que todos os super-heróis estão estrelando filmes, eles decidem se mobilizar para também ter espaço nas telonas. O líder do grupo, Robin, está determinado a ser visto como um astro e com ideias malucas e até uma canção eles partem em busca de um diretor de Hollywood, mas acabam enganados por um supervilão.
Não posso falar da essência do desenho da Cartoon, pois nunca assisti, mas felizmente a trama aqui independe da série e funciona realmente como um filme, o que foi um grande acerto por parte dos diretores para que todos personagens fossem apresentados, e tivessem um mote próprio, no caso a busca por um filme deles no meio de tantos lançamentos de longas de super-heróis, e a grande sacada foi que não quiseram fazer algo 100% correto, deixando que a liberdade fosse bem satirizada e incorporasse personagens até de outra empresa (numa participação genial!). Ou seja, o diretor brincou realmente na telona, fazendo com que o filme entregasse tudo que uma boa animação deve ter, como músicas, dinâmicas divertidas, e claro, como estamos falando de super-heróis, ousar em mostrar diversos e ironizar seus poderes, ou seja, uma animação colorida que agrada do começo ao fim, e que principalmente não obriga o espectador conferir a série inteira para saber o que está acontecendo.
Como disse, não é necessário saber praticamente nada sobre os personagens, pois na primeira cantoria já são identificados quem é quem, seus poderes e tudo mais, de modo que acabamos nos conectando com os personagens, e em diversas cenas até ficamos com dó da vontade de Robin ter seu filme, e claro ser ingênuo ao ponto de acreditar no vilão. A sacada de colocar um vilão com poderes mentais foi bacana, mas seus truques iniciais foram daqueles de rolar de rir pelas piadas/truques mágicos mais velhos do planeta, e isso sem dúvida deu um belo tom para a trama seguir nessa linha. Na sequência a trama brinca com voltas no tempo, e temos novamente os personagens dando show de interações com os maiores heróis da DC, encaixando tudo como uma luva nas possibilidades. E para finalizar a grande brincadeira de como um filme de herói é feito, com muitos efeitos e preparações técnicas, tudo mostrado de uma forma bem clara para as crianças conferirem e gostarem, e os adultos rirem como bobos de todas as bobagens entregues por cada personagem, ou seja, volto a dar a definição do longa como sendo uma grande brincadeira na telona.
No conceito visual, a trama trabalhou com muitos (mas muitos mesmo!) tons coloridos, e mesmo sendo diferente do seu primo "LEGO: Batman", que foi todo feito em computação tridimensional, aqui temos desenhos 2D de muita qualidade, com precisões de ângulos para que o filme não cansasse nem ficasse sem atitude, de modo que o resultado acaba envolvendo e contando tanto com cenários clássicos dos filmes de super-heróis, como bem o estúdio completo da Warner, ou seja, boas "locações" para que o filme se encontrasse.
Enfim, é uma animação bem gostosa de acompanhar, que a dublagem soube aproveitar piadas boas, mas que também apelou demais para gírias, o que deixou a trama um pouco pobre de atitude, mas nada que atrapalhasse o resultado final, e sendo assim recomendo ele com certeza para todos que gostem de animações, e claro para a galera que curte bastante super-heróis, pois a ideologia completa da trama diverte como nunca. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, afinal ainda tenho muitos outros longas para conferir nessa semana, então abraços e até logo mais.
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