Sempre é interessante sabermos que existem outras empresas de animação fazendo longas diferenciados em Hollywood, mas como acostumamos com um padrão bem alto de texturas e qualidade visual, além de roteiros bem elaborados com mensagens bonitas e tudo mais, quando acabam entregando algo simples demais o resultado não atinge como poderia, ficando parecendo que falta algo, e isso acabou acontecendo com "Cinderela e o Príncipe Secreto", pois até temos uma trama bonitinha, que consegue prender os bem pequeninos na poltrona, mas tudo acaba soando tão bobinho que não amarra nem nada perto do que conhecemos, e muito menos renova a história, parecendo algo criado apenas para entregar um trabalho, de modo que o público adulto que for conferir com os pequenos é capaz de se cansar rapidamente com os efeitos visuais estranhos, e/ou acabar dormindo ou mexendo no celular para passar a hora. Ou seja, um filme que falha muito visualmente, mas que ao menos atinge o público-alvo que são os pequeninos.
A sinopse nos mostra que contada por outro ponto de vista, a clássica história da Cinderela aqui não envolve amor à primeira vista ou sapatinho de cristal. Cinderela decide ir ao baile convencida por seus amigos ratos, que sonham com o banquete do palácio, e auxiliada por uma fada madrinha aprendiz. Em pleno baile o grupo descobre algo terrível e inicia uma ousada aventura para reverter o feitiço de uma terrível bruxa e desmascarar o príncipe ilegítimo.
O diretor Lynne Sutherland que é conhecido por ter feito "Mulan 2" em 2004 e nada mais depois disso, até tentou criar uma história bem moldada, mas na segunda cena já se perdeu por completo em algo que poderia ser mais bacaninha de acompanhar, e com isso, seu filme pareceu corrido e perdido de onde desejava chegar, ou seja, aparentou até ter desistido de criar algo mais elaborado, deixando apenas fantasioso o suficiente para que as crianças gostassem, sem se preocupar com uma história mais crível realmente, e assim sendo definiu o público e não mexeu mais. Não diria que foi bem acertado, mas ao menos não errou tanto, e assim os pais acabam sofrendo um pouquinho para aguentar tanta maluquice, enquanto os pequenos dançam e fixam os olhares nos personagens caricatos.
Falando nos personagens, tentaram brincar um pouco com o carisma deles, entregando um grupo de ratinhos bobos, mas que chamam a atenção, uma Cinderela bem sem sal, uma fada aprendiz um pouco atrapalhada, uma bruxa má bizarra, uma gralha estranha e uma tartaruga imensa, além de figurantes perdidos, ou seja, um elenco que ficamos nos perguntando que rumos terão, mas que entregam apenas uma aventura mediana, pois é difícil criar muito em cima disso, mas com muitas cores diferentes, a atenção ao menos ganham dos pequenos neles, e o resultado flui dentro do aceitável.
O conceito visual também ficou deveras abstrato, com cenários mal desenhados que acabam se misturando com os personagens através de um 3D bem ruim, pois sempre jogam os personagens para primeiro plano, deixando os elementos em segundo, o que dá uma mistura na tela que nem borra é nem salta, ficando como algo bem estranho de ver em diversos momentos, tanto que nem recomendo ver com a tecnologia, mas tirando esse detalhe, as cores vivas cheias de brilho acabam encantando junto com a musiquinha de fundo que quase faz dormir.
Enfim, diria que vale para os pais que não tiverem nada mais para levar os filhos bem pequeninos, no máximo uns 8 anos, pois a partir disso é capaz que achem chato. Ele passa bem longe de ser algo perfeito, mas também não é uma bomba completa, funcionando dentro do que se propõe, mas que certamente poderia ter ido muito além. Bem é isso pessoal, fica sendo essa minha recomendação para o longa, agora vou para mais uma sessão, e mais tarde volto com mais um texto, então abraços e até breve.
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