Alguns filmes entram em cartaz já com o público bem formado, e dificilmente você verá na sala qualquer outro tipo de pessoa tentando conferir, e isso em parte é bom, pois na maioria das vezes alguns longas não procuram atingir outros, mas sim desenvolver uma história interessante para aqueles que assimilam a mesma ideia. Incluo nessa lista o longa "Tudo Por Um Popstar" por não conseguir enxergar o filme sem ser voltado para as adolescentes que são fanáticas por boybands ou artistas em geral, e um pouco para seus pais para verem que existem outras malucas por aí prontas para fazer qualquer coisa para conseguir uma foto, ir a um show, ou algo que envolva seu astro. A trama em si é simples, e possui diversos detalhes bem feitinhos, mas não sai do eixo que faça você sair da sala super empolgado com o que viu, apenas conformado de não ver um filme ruim, pois tinha de tudo para dar errado, e felizmente não deu, mesmo com alguns absurdos cênicos, que até sabemos que muitas doidas fazem por aí, mas colocar num longa para crianças é algo meio até arriscado (vai que alguma maluca resolver realmente querer ir pro andar de cima descer de corda no apartamento do ídolo!!!). Ou seja, dito isso, se você é adolescente fã de boyband, ou tem filho ou filha que se enquadra nesse meio, pode ir ao cinema sem medo, que é certeza de se divertir com todas as maluquices, mas se você não se enquadra nesse perfil, passe bem longe, pois tudo é motivo para reclamar.
A sinopse nos conta que a banda pop Slavabody Disco Disco Boys, febre entre as meninas de todo o Brasil, anuncia que irá tocar no Rio de Janeiro. Fãs de carteirinha do grupo, as adolescentes e melhores amigas Gabi, Manu e Ritinha farão de tudo para que seus pais deixem que elas assistam ao show do grupo longe da cidade onde moram.
O diretor Bruno Garroti já está ficando especialista em longas para adolescentes, pois depois de "Eu Fico Loko", agora vem com esse, e já está quase lançando "Cinderela Pop", ou seja, arrumou um nicho bem bacana para trabalhar, e acertar, pois ele soube mostrar para seu público-alvo, um estilo que pouco era feito, pois ou era moldado um longa para crianças, ou para adultos, e as vezes surgiam algo para jovens, mas para os teens mesmo, que estão aflorados ultimamente em vlogs, bandas pop, e outros nichos de gritaria, são raros. Mas para trabalhar com esse ramo, o diretor teve o grande feito de cair em adaptações literárias de sucesso nesse meio, o que não é também comum de vermos nas telonas, mas aparentemente, agora veremos mais vezes. Não diria que ele foi bem preciso no que tentou fazer, pois seu longa funciona bem no ritmo, porém aparenta ter quebras secas, de maneira que na edição deram leves picotadas para tirar excesso e levaram um pouco a mais embora, mas longe disso atrapalhar o resultado do filme para o público, diria que o ganho de tempo foi uma boa sacada, apenas os motes poderiam ter sido mais suavizados para que não ficasse um filme de apenas uma situação, mas ao menos nesse acerto, a trama não recaiu para lado novelesco, e isso já faz do longa um grande acerto. Diria também que o roteiro embasado no livro de Thalita Rebouças, foi bem criativo, pois desenvolveu bem a energia das garotas, brincando com medos e afrontas, mas sem pesar a mão, e sendo assim só ficou faltando um grande detalhe: ter montado uma banda pop estrangeira mesmo.
Sobre as atuações, é engraçado olhar como conseguiram fazer com que as três garotas protagonistas aparentassem ter as mesmas idades, pois na realidade elas oscilam entre 14 e 18 anos, mas no longa ficaram bem semelhantes mesmo. Dito isso, tenho de pontuar que tanto Klara Castanho, quanto Maísa Silva e Mel Maia, ainda são bem jovens, e tendem a melhorar expressivamente, pois aqui elas entregaram até boas dinâmicas, mas para filmes de crianças, sem muita desenvoltura, nem nada que pudéssemos elogiar, apenas não sendo algo que tivéssemos de reclamar já ajuda bastante. Agora temos de dar um leve destaque para Giovanna Lancellotti com sua Babette, que além de muito cômica conseguiu entregar personalidade em todas as cenas, de modo que talvez se usassem mais a personagem no longa, o acerto seria ainda maior. Felipe Neto fez o que sabe fazer imitar e gritar com seu Billy Bold, mas conseguiu ao menos ser engraçado, mas nada de surpreendente. Agora quanto aos jovens da boyband, foi triste de ver, e melhor nem falar nada sobre passinhos marcados, trejeitos forçados, e tudo mais!
A equipe de arte trabalhou bem para que o filme tivesse elementos bem colocados em cada uma das cenas, desde as casas simples e a escola simples do interior, até um show bem produzido, passando antes por um vídeo cheio de efeitos para concorrer ao prêmio do concurso (que qualquer garota faria - claro!!), mas o mais importante foi não exagerar em cenografias para que o longa ficasse principalmente barato e bem condizente, incorporando os momentos de forma correta, e agradando o público principal, ou seja, entregaram um filme com símbolos bem colocados, e sem forçar a barra visualmente, a trama acaba sendo agradável de assistir.
Enfim, é um filme bem feito, simples e que diverte quem for esperando ver o que é proposto já no trailer, ou seja, como disse logo no começo, um longa feito para um público determinado, que vai gostar do que verá, e que qualquer outra pessoa fora do eixo proposto sairá se perguntando o que foi fazer na sala, mas digo que certamente eu já vi muita coisa pior nos cinemas, e não morri, então digo que a garotada fã de filmes teen vão curtir, pois a maioria tem saído saltitante das salas lotadas, ou seja, volto a dizer que o longa foi feito para elas. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com a última estreia da semana, então abraços e até logo mais.
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