Certamente muitos já foram nesses eventos que alguns parques fazem de noites do terror, hora do horror, e afins, aonde atores mascarados correm atrás das pessoas assustando elas, e ultimamente deram grandes incrementadas criando os famosos labirintos, aonde a tensão fica um pouco mais tênue afinal não tem para onde fugir dos atores, pois bem, eis que algum roteirista ensandecido pensou, e se no meio dessa algazarra de jovens adultos e adolescentes tiver um assassino de verdade infiltrado, e este usar as armas de brinquedo e/ou objetos do próprio parque com grande impacto para matar as pessoas e usá-las de cenário no meio da confusão sem que ninguém nem perceba, e quem perceber passa a ser seu novo alvo? Pronto, genial, um mote para um longa de terror fácil, sem muita alegoria, e que nem precisa ter atores famosos, afinal qualquer ator iniciante sabe correr, gritar e sofrer umas facadas sangrentas no meio de um grandioso cenário. Ou seja, resumidamente desenvolvi toda a tese que os produtores e roteiristas de "Parque do Inferno" tiveram para a elaboração do conteúdo de seu filme, porém só faltou para eles entregar uma história mais forte para que a tensão realmente funcionasse e o longa ficasse mais criativo, não sendo apenas um cara que está lá apenas para matar por "profissão", e claro voltar em segurança para casa, ao contrário de suas vítimas, mas ao menos com um bom cenário o resultado acaba sendo interessante, mas que desejávamos mortes mais fortes, e situações mais envolventes, certamente desejávamos.
Neste emocionante passeio, a estudante universitária Natalie está visitando sua melhor amiga de infância, Brooke, e sua colega de quarto, Taylor. Se fosse em qualquer outra época do ano, as amigas e seus namorados poderiam ir a um show ou a um bar, mas é Halloween, o que significa que, como todo mundo, eles irão para o Hell Fest - um parque labiríntico com jogos e brincadeiras que excursiona o país e chegou a cidade do grupo. Todos os anos milhares de pessoas seguem o Hell Fest para experimentar o medo neste macabro parque temático. Para um visitante, Hell Fest não é uma atração – mas sim um campo de caça. Uma oportunidade para matar à vista de uma platéia boquiaberta, envolvida numa atmosfera terrivelmente divertida com uma horrível realidade que se desenrolava diante de seus olhos. Enquanto a contagem de corpos e a excitação frenética das multidões continuam a subir, ele volta seu olhar mascarado para Natalie, Brooke, Taylor e seus namorados, que lutarão para sobreviver.
É apenas o segundo filme de Gregory Plotkin como diretor, mas sua vasta carreira já passou por diversos longas de terror como editor, ou seja, ele sabe bem que uma boa montagem, com ângulos bem colocados, e situações desenhadas para pegar o espectador desprevenido causam uma boa tensão em quem gosta desse estilo, e dessa forma, ele conseguiu ir criando vértices bem pautados na trama, que embora não tenha uma história propriamente assustadora, consegue causar uma boa tensão em quem sofre de medo de diversos personagens, e claro se assusta com personagens vindo do nada. Confesso que quando fui em diversas dessas noites de parques assustei bastante, tive amigos perseguidos por atores assustando eles sem parar, mas nunca pensei em ter algum maluco suficiente para matar alguém de verdade ali (já nem sei mais se devo ir em algum desses parques depois de ver o filme!), e sendo assim, a proposta é até bem interessante, porém poderiam ter trabalhado um pouco mais o vértice do assassino (já que usam isso ao final - dando um leve spoiler), poderiam ter criado situações mais impactantes como as que ocorrem na segunda metade, e deixado de lado as bobeiras adolescentes, pois aí sim o filme ficaria tenso o suficiente, e o diretor certamente seria visto como um grande nome da volta do slasher aos cinemas. Ou seja, é um filme bem feito, mas que tem falhas altas por não ir num rumo mais coerente como poderia, de modo a causar mais tensão do que cenas desenhadas.
Quanto das interpretações, diria que é até difícil falar dos atores, pois todos sem exceção foram bem bobos e jogados, e mesmo sendo jovens fizeram o tradicional de correr para todos os lados, olhares desconfiados e até se assustaram na hora da morte, o que é legal de ver, mas foram fracos demais em todos os momentos, de modo que nem dá para dar destaque para nenhum. A protagonista Amy Forsyth é desconfiada demais com sua Natalie, parecendo estar até perdida em alguns momentos, mas tentou se expressar melhor no segundo ato e até não desaponta. Reign Edwards entrega sua Brooke como uma pessoa descolada, cheia de virtudes, mas está sempre estranha na tela. E Bex Taylor-Klaus faz de sua Taylor aquelas garotas cheias de manias, que se acham a descontraída, que vai para frente do palco e tudo mais, cheia de gritinhos e tudo mais, de forma que até torcemos por sua morte ser a mais legal, e quase foi, mas ficou no básico. Quanto aos garotos, é melhor nem comentar.
Agora sem dúvida alguma, o melhor do filme ficou a cargo da super produção em cima do parque de terror, pois foram criados labirintos interessantíssimos, diversos figurantes correndo com fantasias, objetos cênicos jogados e bem moldados, e tudo pensado para criação do clima, ou seja, um filme completamente bem feito, que se tivessem trabalhado um pouco mais a história se encaixaria com a arte criada na medida certa para confundir os personagens, e teríamos um conceito formado, aonde poderia surgir até mais filmes dentro de continuações, pois agora com o parque formatado seria necessário apenas uma ou outra modificação para a continuidade ser entregue em outra cidade, com outros atores e tudo mais, afinal como bem sabemos essas festas ocorrem todos os anos. A fotografia trabalhou bem a tensão, com cenas escuras na medida, sem necessitar usar de efeitos para deixar a escuridão exagerada e pegar o público desprevenido, usando para isso jogadas de câmera apenas, o que é consideravelmente bem melhor, e acabou funcionando bem para ajudar ainda mais nos tons avermelhados que a produção escolheu.
Enfim, é um filme que passa bem longe de ser ruim, mas que também ficou longe de ser perfeito, pois com atores e personagens mal-desenvolvidos, e a falta de uma história mais convincente, acabou sendo apenas um longa bem produzido, aonde um assassino sai matando sem motivos aparentes, e isso é algo que até tem um público que gosta, mas na opinião desse Coelho que vos digita sempre, falta algo para convencer. Sendo assim, até recomendo a trama, pois é uma produção legal de ver, mas somente se não tiver nada melhor para conferir. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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