Sim meus amigos, já tinha falado isso algumas vezes e volto a repetir, que se temos um nome que podemos acreditar de que não vai entregar um filme meia boca, esse nome é James Wan, que mais uma vez consegue salvar algo que estava fadado a ser algo completamente fora do eixo, e nos premiar com uma aventura épica que mistura diversos estilos, encaixa conceitos originais que vimos nos desenhos de nossa infância, trabalha com tecnologia incrivelmente futurista (dando um ar até de que já foi falado outrora de os cidadãos de Atlantis serem alienígenas super evoluídos), e com toda a sinceridade que esse Coelho que vos digita sempre, faz emocionar de arrepiar a cada loucura vista na tela com "Aquaman", de tal forma que me vi aplaudindo um filme sem pensar, colocando esse como sendo o retorno da DC ao modo bom de seu Universo, e que se trabalhado com concisão pode evoluir muito para boas coisas, pois um rei agora já temos com grande primor, e esse foi o filme de origem completo que esperávamos com muito acerto.
O longa nos conta que filho do humano Tom Curry (Temuera Morrison) com a atlante Atlanna (Nicole Kidman), Arthur Curry (Jason Momoa) cresce com a vivência de um humano e as capacidades metahumanas de um atlante. Quando seu irmão Orm (Patrick Wilson) deseja se tornar o Mestre dos Oceanos, subjugando os demais reinos aquáticos para que possa atacar a superfície, cabe a Arthur a tarefa de impedir a guerra iminente. Para tanto, ele recebe a ajuda de Mera (Amber Heard), princesa de um dos reinos, e o apoio de Vulko (Willem Dafoe), que o treinou secretamente desde a adolescência.
Posso até ser incoerente e daqui alguns anos me arrepender de ter dito isso aqui, mas James Wan pode ser considerado o melhor diretor moderno, pois como começou bem pequeno com um orçamento minúsculo e explodiu, ele sabe bem onde pode ousar de maneira que o filme funcione, pois é notável aqui que o diretor bebeu água de diversas fontes boas que não funcionaram sozinhas, e fez um filme incrível para quem tinha medo de tudo dar errado (e olha que tinha coisas para dar errado) funcionar com coerência e muita tecnologia, pois como o longa se passa quase que 80% embaixo da água, ele colocou efeitos especiais incríveis, criou mundos cheio de personalidade, sons, tecnologia (que até lembram um pouco "Tron"), mas que principalmente nos remete aos velhos desenhos que já tivemos do personagem, usando do clássico, mas também incorporando seus reais vértices novos para que o filme funcionasse. Tivemos alguns bichões feios, que muitos até podem reclamar de parecerem malfeitos, mas o resultado nos lembra de peixes e bichos que vivem nas profundezas dos oceanos, e essa ideia adequada à vida ali é bem moldada, assusta, mas que ao ser entregue nas diversas cenas de ação e luta acabam empolgando tanto que sequer lembramos ou temos tempo para reclamar de algo, muito pelo contrário, nos vemos vibrando, torcendo pelos protagonistas, nos apaixonando pelas mulheres guerreiras fortes (Wan não deixou que fossem colocadas donzelas em perigo, mas sim várias que vão pra guerra e lutam em pé de igualdade com homens bem mais fortes que elas), e claro nos emocionando a cada nova cena trabalhada para encaixar o estilo do diretor com a personalidade dos atores, ou seja, um filme cheio de tecnologia, que certamente deu muito trabalho para os realizadores, mas que valeu a pena por demais em cada um dos 148 minutos de duração incluindo a cena no meio dos créditos (não tem pós!).
O elenco realmente assumiu as idéias malucas de Wan e entrou de cabeça na água (literalmente) para conseguir feitios incríveis, pois quando anunciado que Jason Momoa seria o novo Aquaman/Arthur Cury, acabou que foi alvo de duras críticas que não parecia nada com o personagem, que iria estragar a infância de muitos, e tudo mais que podiam falar, e de certa forma no longa "Liga da Justiça", aparentemente ele estava ali para curtir e brincar, fazendo mais caras e bocas, ou melhor caras e socos, do que realmente atuando e entregando um personagem marcante, mas passou, e agora ao contar sua história completa desde o nascimento, seu treinamento, os motivos de não frequentar Atlântida e tudo mais, até virar realmente o rei dos mares, mostrou que estava disposto a tudo que o diretor desejasse, e com muita personalidade conseguiu agradar do começo ao fim com muita ação e bons diálogos (claro que trabalhando uma comicidade não tão comum da DC) que chegamos a desejar logo que ele volte para o personagem em mais um filme, pois agradou e muito. Amber Heard é linda, isso é fato, e aqui a personalidade e ação que entregou para sua Mera foi algo que sinceramente não esperava ver na telona, mostrando atitude para as lutas, bons trejeitos, e principalmente fluindo com a personagem para algo a mais nos próximos filmes, ou seja, perfeita. Nicole Kidman dorme no formol, disso temos certeza, pois continua lindíssima aos 51 anos, e aqui sua Atlanna também é incrível com um formato doce, mas sábio, entregando boas cenas durante toda sua participação. Patrick Wilson colocou para seu Orm uma loucura bem trabalhada, cheia de vértices, e que não destoa, pois geralmente quando alguns atores surtam com cenas gritadas e cheias de atitude ficam parecendo estar berrando perdido em cena, mas aqui o ator que é ultra parceiro do diretor desde seus longas de terror, soube dosar a força para agradar e envolver bem, funcionando quase como um ser à beira do manicômio, mas que vai brigar para não entrar lá. Não conhecia Yahya Abdul-Mateen II, mas o jovem ator conseguiu fazer seu Arraia Negra impactante, com um bom mote para sua raiva contra o Aquaman, transportando um vilão imponente e bem preparado não apenas para esse, mas disposto para muitos outros filmes, encontrando personalidade para o papel, e sendo forte o suficiente para as boas brigas. Quanto aos demais, tivemos boas participações bem encaixadas de trejeitos comoventes e funcionais para a trama, desde Willem Dafoe como um tutor bem encaixado com seu Vulko, Dolph Lundgren como um Rei Nereus bem honroso, mas disposto a lutar por um ideal, e claro, o doce pai envolvente do protagonista vivido por Temuera Morrison.
Agora não tenho dúvida alguma de que o longa vai aparecer bem nas categorias técnicas das premiações pelo grandioso espetáculo visual que a equipe de arte conseguiu criar, trabalhando boas cenas tanto fora da água com ondas gigantescas, brigas em cima de telhado voando pedaço de parede, telha, madeira e tudo mais para fora da tela mostrando um bom uso do 3D, quanto dentro da água, aonde somos apresentados aos diversos reinos de Atlantis, tendo muita tecnologia para uma cidade cheia de detalhes luminescentes, cheios de aparatos tecnológicos, muitos personagens fantasiados com roubas cibernéticas fortes, e claro, muita mitologia também envolvida na cenografia, criando ambientações poderosas bem encaixadas, aonde cada momento pode ser visto como único, e que certamente cada vez que formos conferir o longa veremos mais algum bom detalhe cênico. Além disso, a trama entregou ótimos figurinos moldados prontos para criar a ideia da franquia mais nova, quanto colocando claro uniformes originais dos quadrinhos e do desenho para delírio dos fãs. A fotografia não destoa um momento sequer, e mesmo tendo muitas cenas escuras, como no barco a noite, ou nas profundezas do reino da Fossa, tudo é completamente bem iluminado com tons para vermos tudo em detalhes, funcionando com muito envolvimento, e claro que nos momentos mais coloridos como em Atlântida, tudo parece ter vida luminosa, cheia de tons fortes e chamativos, o que dá um show debaixo da água.
Muitas vezes reclamamos de filmes que vamos conferir em 3D e não temos nada de tal forma que até dá para retirar os óculos da cara, e aqui o diretor nos entregou tanto boas profundidades cênicas, com personagens aos milhares pelo fundo dando grandiosas perspectivas, quanto diversas cenas com pedaço de tudo voando para fora da tela, com peixes passando ao lado, e tudo mais, ou seja, quem for conferir em 3D ou Imax (que o longa foi filmado diversas cenas com as poderosas câmeras) vai sair bem feliz com o resultado vibrando com o que foi entregue.
Outro ponto muito favorável da trama ficou a cargo da deliciosa trilha sonora que deu um ritmo frenético para o longa, funcionando tanto nos momentos orquestrados, quanto nos momentos cantados que encontraram bem subjetivamente para agradar, tendo até inclusive muita sonoridade ambiente para dar as nuances subaquáticas que tanto nos preocupavam, funcionando quase como um balé, aonde os personagens flutuam e entregam sons fortes, ou seja, uma mixagem de primeira linha.
Enfim, sei que muitos críticos odiaram, outros ficaram meio em cima do muro, mas para esse Coelho que vos digita o longa teve tudo o que esperava (mais por parte do diretor, do que pela própria trama em si) e muito mais, agradando, emocionando, arrepiando ao entregar diversos momentos incríveis que vi nos desenhos da minha infância, ou seja, algo que certamente recomendo, e que verei mais uma vez para me empolgar novamente (coisa rara de fazer). E sendo assim, vá para a melhor sala de sua cidade, e curta bastante o que James Wan e Jason Momoa prepararam com todo carinho tanto para os fãs do personagem, quanto para aqueles que apenas gostam de uma boa ação ficcional. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
PS: posso estar exagerando na nota e me arrepender mais para frente, mas curti demais cada momento do longa, e como fui surpreendido positivamente não posso dar outra nota para o filme, de modo que até poderia tirar alguns pontinhos por leves abusos computacionais, mas como é quesito exageradamente técnico, melhor manter o 10.
8 comentários:
Olá coelhão!
Dando essa nota esse filme se torna o melhor de 2018 para você?!
(Ainda não conferi o filme.)
Obrigado a atenção!
Falaí Marlon... rapaz, ainda não defini o melhor, mas com certeza na lista dos melhores estará, pois foi incrível tudo!! Veja assim que puder, e volte com suas observações!! Abraços!
Sei q foge do assunto Aquaman, mas gostaria de saber se vc pretende fazer as críticas dos filmes exclusivos da Netflix. Pq o Roma do Cuarón está sendo considerado por muitos o melhor filme do ano. E ainda tem o filme da Sandra Bullock, o Bird Box. Fica a sugestão já que suas críticas são ótimas e, no meu modo de ver, mais conectadas com o público leigo do q de certos críticos q parecem viver em um mundo à parte.
Então Heitor... cancelei minha conta da Netflix já tem mais de 3 anos, pois raramente via algo em casa... vamos ver se consigo ver eles qualquer dia na casa de algum amigo... fica a torcida aí!! Obrigado por curtir meu jeito de escrever, procuro colocar realmente do jeito que vou sentir, e claro da forma que a galera vê também, afinal viajar na maionese igual alguns fazem não dá!! Abraços!!
Talves eu espere pra ver em casa. As salas de cinema daqui da minha cidade não são IMAX e não acho legais. Sobre o 10 aí, eu havia esquecido que VC tinha dado 10 também pra Vingadores 3. Hehe.
Opa Marlon, se as salas não são legais, melhor deixar para ver realmente na sua TV 3D, que as cores do longa precisam de impacto visual para funcionar o 3D, então nas que não forem tão boas, é capaz de perder toda a beleza do longa... Agora sobre o 10, esse ano foi um dos melhores dos heróis, e certamente figurarão na retrospectiva como os melhores do ano!
Nossaaaaaa!!!!Parabéns pelo texto!!! Voce definiu perfeitamente o filme. Foi a melhor crítica que li até hoje!!! E concordo totalmente contigo. Nem sei porque fui assistir Aquaman, Bom.. . Na verdade, fui por causa do Jason kkkk, mas amei cada segundo do filme. Parabéns pela crítica!!!
Obrigado Marilsa!! Que bom que gostou... pois é a mulherada foi tudo ver pelo Momoa e ficaram torcendo prele ficar sem uniforme o filme inteiro rsss... volte sempre!! Abraços!!
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Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...