Alguns longas de terror são muito bem feitos, saímos impressionados da sessão, e alguns até nos causam medo de algo para ficarmos pensando após a sessão, mas certamente aparecem umas bombas que ficamos pensando o que será que tentaram fazer aqui, pois nada ocorre para assustar, e as tentativas que ocorrem soam tão falsas que sequer damos leves pulos na poltrona, e o trailer do filme "O Chamado Do Mal" vinha trazendo uma certa tensão, colocava nos letreiros ser dos mesmos produtores de grandes filmes do gênero, mas entregou algo tão cheio de clichês e situações que já vimos em outros filmes, que o resultado soa até depressivo na tentativa de causar algo no público. E se a produção cênica até foi razoavelmente bem elaborada, a história em si, e a tentativa de criar situação para uma continuação foi deplorável de ruim, ou seja, o típico filme que nem na TV vale a pena perder tempo.
A sinopse nos conta que quando Adam aceita um emprego como professor universitário, ele e sua esposa grávida, Lisa, se mudam para um novo lar nos arredores da cidade. Tudo parece perfeito, até que Lisa sofre um aborto em circunstâncias misteriosas. Agora, ela se vê assombrada por uma entidade maligna que começa a atormentar sua vida, fazendo-a questionar sua sanidade. Lisa terá que lutar contra a razão para encontrar respostas e descobrir o que aconteceu com seu bebê.
Diria que foi muita preguiça do diretor e roteirista Michael Winnick entregar um longa de terror com elementos tão simples na essência, que tudo na trama tinha possibilidades de assustar, ou ao menos causar um certo estranhamento em cima das criações, com gravidez, aborto, e tudo mais, mas acabou indo para rumos tão simples que não vimos possibilidade de assustar em quase nada, tirando raros momentos como as cenas mais quentes com o protagonista e os fantasmas, mas já vimos fantasmas mais maléficos em muitos outros filmes, de modo que aqui o que foi colocado é quase uma tentativa singela de fazer um longa realmente feito para grávidas que gostam de terror assistir, e nada mais, tendo falhas para todos os lados que olhássemos.
Logo de cara já vemos o tipo de filme que temos de terror ao colocar um jovem bombado sem camisa em cena (fiquei me perguntando se estava vendo "Crepúsculo" ou algum longa de terror realmente!), mas esse foi apenas o começo para altas bizarrices expressivas, pois mesmo Josh Stewart com seu Adam aparentou estar fora de si em diversas cenas, fazendo caras e bocas como um professor de Matemática nunca faria em aula, depois em casa entregou sensações sexuais bem estranhas, e tudo foi uma mistura de olhares e caras feias que não eram comuns nem para filmes de paródia, quanto mais para um longa de terror realmente. Bojana Novakovic até tentou dar um ar desesperador para sua Lisa, porém a atriz não teve muito tempo para entregar uma personalidade coesa, e já vai ficando simples na segunda situação mais tensa, mas ao menos se entregou com olhares mais fortes e apavorados. Delroy Lindo veio com o ar de piada com o cego Dr. Clark, pois ao tentar fazer algo semelhante à de Elise em "Sobrenatural", o ator ficou cômico e nem participou tanto das cenas tensas do filme, tendo um a dois bons momentos e de resto ficou mais engraçado do que funcional para a trama. Melissa Bologña seria uma das atrizes que funcionaria na trama com sua Becky, por ser alguém de essência mais voltada para as coisas paranormais, mas na hora que dá uma leve esquentada, já tiram a pobre para escanteio, deixando ela para um segundo filme, e isso foi um erro tremendo.
No conceito artístico, escolheram bem uma mansão imensa de detalhes, com quadros que mudam de personalidade, bons elementos alegóricos infantis, e maquiagens até interessantes para as fantasmas, mas nada que impressionasse realmente, além de que as cenas fora da casa foram mais interessantes de ver do que as lá dentro (claro tirando a icônica cena no banheiro com o protagonista!), e sendo assim, podemos dizer que a equipe de arte gastou tudo o que podia para locar a mansão, e esqueceu que precisava de mais elementos de efeitos especiais para causar um terror ao menos razoável, e dessa forma o filme acabou enfeitado demais para agradar. A fotografia nem brincou muito com as cenas escuras, tendo alguns momentos com pouca iluminação, mas usando muito do artificial lateral, de modo que nem os candelabros de fora colocaram velas reais, e isso é uma falha monstruosa.
Enfim, é um filme mais estranho do que interessante, e como temos vistos longas tão bons de terror, virem com algo desse naipe é digno de risadas e boicote, então de forma alguma recomendo o longa para ninguém, nem para ver em casa servindo, ou seja, fraco demais. Sendo assim, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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