Hoje fui realmente surpreendido positivamente, pois pelo trailer estava esperando a repetição completa do primeiro filme, com algumas leves mudanças, mas olha o diretor de "A Morte Te Dá Parabéns 2" conseguiu encontrar na ficção e na Física Quântica, uma brincadeira genial para envolver o público praticamente na mesma história, porém envolvendo diversas vertentes geniais, que acabam nos prendendo em um ciclo bem moldado que nos remete a diversos outros longas clássicos, como "Efeito Borboleta", "De Volta Para o Futuro", e até brinca com multiversos como o atual "Homem-Aranha no Aranhaverso", ou seja, os fãs nerds irão pirar com a trama, enquanto os que forem esperando um terror como era a ideia principal, certamente irão ficar bem tristes, pois somente a essência de um assassino e as diversas mortes (que são insanas) remetem ao gênero, mas a priori, a trama mexe mais com ficção e até pitadas romantizadas. Ou seja, temos um filme completamente diferente do original, mesmo tendo praticamente as mesmas cenas, e que com uma excelente dinâmica acaba envolvendo, divertindo e até ousando dentro do que se propõe, sendo uma grata surpresa para até darem uma continuação mais ficcional ainda.
A trama nos conta que Depois de morrer diversas vezes para quebrar o feitiço temporal que a mantinha presa no dia de seu aniversário, Tree Gelbman olha para o futuro, tentando escrever uma nova história ao lado de Carter. No entanto, quando um experimento científico dá errado, a jovem é forçada a retornar ao fluxo de repetição e, desta vez, morrer não será o bastante para escapar.
Se no primeiro filme Christopher Landon foi mais cauteloso na direção, remetendo ao filme "Um Feitiço no Tempo", agora ele se propôs completamente à ir com vértices mais ousados, pois a ideia de mexer com ciclos físicos, e brincar com o espaço-tempo não é algo que poderia se tornar imensamente confuso, e resultar numa trama bem bagunçada, aonde nada funcionaria e só teriam reclamações, mas não, o acerto técnico da ideia foi incrível, e a cada maluquice que os personagens se envolviam, ficávamos mais intrigados torcendo para tudo, e claro, de olho em possíveis furos, pois esse estilo é o que mais dá brecha para isso, mas felizmente não tiveram tantos. Ou seja, embora tenha saído completamente da essência de um terror, e até da proposta principal, o longa complementa o primeiro, e ainda projeta a franquia para algo bem mais trabalhado.
É engraçado que a história teve um incremento bem pautado, porém os personagens ainda continuaram levemente perdidos em fazer as mesmas cenas diversas vezes, mudando um ou outro ponto. E dessa forma o resultado nesse quesito soa um pouco esquisito de ver. Claro que Jessica Rothe trabalhou bem sua Tree, fazendo expressões marcantes a cada morte sua, encontrando facetas para explorar os atos, e envolvendo com personalidade os seus momentos, mas como aqui ela dependia um pouco mais dos outros, ela não teve nenhum ápice mais formatado, e assim sendo, o resultado ficou um pouco abaixo do que poderia ter entregue. Phi Vu aparentemente parecia inicialmente ser meio jogado de lado, e que mesmo o filme focando nele não iria empolgar, nem engrenar, mas assim que o longa volta para Tree como protagonista, o ator conseguiu desenvolver a personalidade nerd com bom tino, fazendo bons encaixes, e acaba agradando dentro do contexto que foi colocado com seu Ryan. Dentre os demais, todos apareceram bem, se encaixando nas cenas, alguns um pouco mais, outros menos, mas sem muito destaque, de modo que até temos Israel Broussard como o par romântico Carter vindo de uma forma mais diferenciada na outra dimensão, temos Suraj Sharma como Samar, outro mais nerd ainda, e até uma versão feminina nesse mundo também, com Sarah Yarkin bem colocada com Dre. Ainda tivemos Rachell Mathews com sua Danielle agora completamente diferente da irritante do primeiro filme, e até Ruby Modine com sua Lori em outra pegada, o que acabou chamando um pouco a atenção pelo estilo escolhido. Agora Steve Zissis como Reitor Bronson soou um pouco exagerado demais, mas ainda assim agradou nas cenas mais divertidas.
No conceito artístico, o longa foi bem moldado agora para um lado mais cheio de desenvolturas técnicas, brincando diversas vezes com a volta no dia anterior, cada uma com uma morte mais diferente ainda, o que acaba sendo divertido de acompanhar e rico em detalhes para um longa mais estiloso, além claro de muitos efeitos especiais, já que agora colocando física quântica no meio, precisaram da Sissy, um aparelho simples estudantil, mas cheio de aparatos, que acabou chamando a atenção de um órgão do governo na cena no meio dos créditos, ou seja, a equipe precisou de muita pesquisa, e acabou entregando algo bem feito.
Enfim, é claro que temos um filme que possui diversos defeitinhos, mas que o resultado final acaba soando tão interessante, divertido e bem pontuado, que mudou completamente a minha opinião do que estava esperando dessa continuação, e dessa forma com toda certeza recomendo ele para todos, pois funcionou muito bem no que se propôs, saindo bastante do terror que muitos esperavam, mas ainda assim ficou extremamente bem feito e interessante de ser conferido. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, já encerrando a semana nos cinemas, mas volto em breve com alguns filmes do streaming. Então abraços e até logo mais.
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