Ultimamente temos visto uma grande gama de longas envolvendo doenças e romances proibidos, que funcionam muito bem na telona, enche as bilheterias, e claro, lava as salas dos cinemas com o tanto que o povo acaba chorando se emocionando com o que acaba acontecendo, e hoje novamente na sessão que fui, vi algumas que até soluçavam de tanto chorar com os acontecimentos de "A Cinco Passos de Você"! Diria que o filme é bem emocionante mesmo, possui uma pegada forte em cima do arco proibitivo dos personagens não poderem se tocar pela doença de um ser pior para o outro, e que com boas dinâmicas acaba comovendo pela essência, pelas boas atuações, e até mesmo pela simplicidade das atitudes do roteiro que conseguem transparecer cada ato como um momento a mais na vida dos personagens, ou seja, um filme feito para o que os fãs do estilo desejavam ver, que por consequência nas pré-estreias já lotou as salas de jovens se apaixonando por cada momento, conversando com os personagens para não fazer tais atitudes, e que ao final conseguiram ver tudo o que esperavam (ou não!).
A sinopse nos conta que Stella Grant tem quase dezessete anos de idade, vive conectada ao seu laptop e ama seus melhores amigos. Mas ao contrário da maioria das adolescentes, ela passa grande parte do seu tempo vivendo em um hospital como paciente com fibrose cística. Sua vida é cheia de rotinas, limites e autocontrole - tudo isso é testado quando ela encontra um paciente incrivelmente charmoso chamado Will Newman. Há um flerte instantâneo, embora as restrições determinem que eles devem manter uma distância segura. À medida que a conexão se intensifica, aumenta a tentação de jogar as regras pela janela e abraçar essa atração. Para complicar ainda mais, Will desenvolve uma rebelião potencialmente perigosa contra seu tratamento médico. Stella gradualmente inspira Will a viver a vida ao máximo, mas ela poderá salvar a pessoa que ama mesmo quando um único toque ultrapassa os limites?
Em seu primeiro longa, Justin Baldoni foi coerente em trabalhar a trama de uma maneira linear, mas cheia de vértices encaixados para dar o tom de memórias, usando artifícios de cada um contar um pouco de sua vida, dos vídeos do canal da garota, e claro brincando de maneira séria com o fator doença, que é algo complexo de se estruturar, principalmente em um romance, mas ele soube pegar o ótimo roteiro criado em cima do livro homônimo de Rachael Lippincott, capturando as essências dos personagens, e criando claro o fator envolvimento/proibição, que sempre causa muita emoção no público. Ou seja, ele usou sim da cartilha tradicional, trabalhando até alguns momentos bem clichês, mas soube principalmente não ser abusivo no fazer acreditar, e no ter piedade, pois quando passamos a tratar algum personagem como coitadinho, acabamos não nos conectando com ele, como ocorre em alguns longas, mas sim com muita beleza envolvida para encontrar os atos, e fazer com que tudo funcionasse bem dentro da produção, indo num ritmo cadenciado gostoso, e com isso envolvendo o público para cada momento chave da trama. Sendo assim, podemos apostar que veremos em breve seu nome em outros longas do gênero, pois o jovem acertou a mão em cheio, fazendo um filme gostoso de curtir do começo ao fim.
Em todos os papeis que vi Haley Lu Richardson, sempre esteve como coadjuvante quase figurante, e agora em seu primeiro grande protagonismo, a garota entregou personalidade, carisma, e principalmente ótimos olhares para sua Stella, de modo que vai nos conquistando com atos simples de seu compulsivo transtorno por organização (não só seu, mas de todos ao seu redor!), e que já mais para frente acaba arrebatando todos com tudo o que acaba encaixando, dando um ótimo desfecho para a trama. Cole Sprouse para esse que vos digita que não assiste séries, era um completo desconhecido, mas descobri que ele participou de duas grandes séries e tem fãs a rodo, tanto que muitas foram conferir o longa só por ele, mas diria que o jovem entregou um Will ao mesmo tempo rebelde de causas, mas que com bons gracejos consegue ir se entregando tanto para a protagonista, quanto para o público, agradando nos atos, tendo fortes momentos, e sabiamente encaixando personalidade para seu papel, o que mostrou uma segurança bem trabalhada para agradar no estilo que lhe foi pedido. Outro que foi de uma grandeza cênica bem trabalhada foi Moises Arias com seu Poe, que trabalhou de forma tão poética com ambos os protagonistas, encaixando o momento certo para cada ensejo, que nas suas cenas mais fortes acabamos realmente ficando tristes com ele, além claro de dar ótimas sacadas para todos os momentos em que apareceu, fazendo claro, o papel de amigo para todas as horas, mesmo tendo de seguir as regras, ou seja, deu show. Além desses, temos de pontuar com toda certeza, os ótimos momentos de Kimberly Hebert Gregory com sua Barb, sendo dura com os adolescentes rebeldes, mas também muito graciosa em todos os momentos que necessitava dar um ar a mais para a trama, sendo claro o motivo de rirmos das fugas dos jovens de suas imponentes broncas.
No conceito visual, o resultado foi singelo, porém bem efetivo, pois completamente ambientado dentro do hospital, e com algumas cenas (talvez as mais tensas!) do lado de fora, a equipe de arte conseguiu mostrar uma vivência bem comum em alguns hospitais aonde alguns pacientes praticamente moram por lá, e que com muita criatividade, conseguem ter alguns bons momentos dentro do seu tratamento complexo, e sendo assim, com bons elementos cênicos, muitos objetos bem colocados nos momentos certos, e sendo enxuto no que desejavam mostrar, o resultado agrada bastante.
Enfim, um filme gostoso demais de acompanhar, que vai fazer muita gente chorar nas sessões, seja em uma, em duas, ou no longa inteiro, algumas pessoas até soluçaram demais (não era pra tanto, mas vai!), e que acaba nos envolvendo pelo resultado em si, mesmo que para isso tenham forçado um pouco em alguns atos, ou seja, recomendo ele com certeza, e embora não tenha feito um parágrafo específico para a trilha sonora, a música "Don't Give Up On Me" com toda certeza irá virar um hit da maioria dos programas emotivos como realities, entre outros, podem apostar! Bem é isso pessoal, fico por aqui, mas ainda falta mais um longa para conferir nos cinemas nessa semana, então abraços e até logo mais.
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