Tem filmes que nos fazem lembrar outros pelas conexões, situações, mas que quando deslancham sequer parecem ser ao menos um filme, e isso aconteceu aqui com "A Rebelião" que até possui um mote desenvolvido, lembrou um pouco "Falling Skies" pelo estilo, mas só poderia servir de base para algum tipo de início de série, algo como um capítulo alongado aonde mostrariam a dominação dos aliens no poder mundial, e consequentemente as revoltas de alguns do povo, sua montagem para destruir tudo, e por aí vai, como uma grande causa separatista como vemos em diversos países, pois o longa só fica nisso, sem algo a mais para entregar como história, sem um trabalho melhor encontrado, de modo que assistimos o filme inteiro, e saímos tão desapontados com essa "apresentação" de 109 minutos, que fiquei realmente com a impressão de que perdi alguma mensagem subliminar que teria na trama, mas vendo outros textos, realmente foi exatamente isso o que entendi, o que foi tentado passar, ou seja, é uma trama apenas para demonstrar uma causa, a revolta contra um poder maior, e as arquitetações para tentar conseguir essa derrubada. Mas que ainda vou esperar algum diretor maior dar a notícia de que a trama faz parte de algum outro filme, isso irei ficar esperando com certeza!!
O longa nos mostra que há dez anos a cidade de Chicago foi ocupada por uma força extraterrestre. Uma parcela da população vive com medo e outra vive fazendo ataques. Enquanto isso, alguns moradores sentem simpatia e vontade de se aproximarem dos alienígenas.
Como disse no último parágrafo, preciso descobrir algo a mais da produção, pois vindo de um diretor que fez uma brilhante história de origem como foi "Planeta dos Macacos: A Origem", Rupert Wyatt não jogaria um longa com tantos bons atores, interpretando personagens desconexos que não levam a lugar algum, e mesmo o final sendo impactante pelo complexo plano de fechamento ser algo maior do que o comum esperado, a trama é tão bagunçada que sem qualquer explicação mais plausível acaba acontecendo o que vi na sessão de várias pessoas indo embora na metade do filme, ou seja, com uma abertura bem trabalhada, cheia de textos e imagens de arquivo com líderes, passeatas, pessoas comemorando, pessoas lutando, e tudo mais, um miolo praticamente morto com envolvimentos estranhos acontecendo sem muita conexão, nem explicação, aonde tudo leva a uma conspiração maior, que soa frustrada, e um fechamento digamos explosivo e bem interessante, o filme se fosse melhor explicado, ou mostrado, acabaria sendo daqueles geniais que sairíamos da sessão com o queixo no chão, mas como nada disso ocorre, o resultado acaba deplorável de ruim.
Sobre as atuações, temos como cabeça (para não falar protagonista), John Goodman, o que me fez até pensar na franquia dos monstros gigantes (Godzilla, King Kong, etc) que está envolvido, e como ele aparece sempre meio que jogado na trama com seu Mulligan, até poderia surpreender no final com algo do estilo, mas não, apenas foi simples demais seu papel, embora protagonize alguns dos grandes momentos da trama. O jovem Ashton Sanders tinha tudo para que seu Gabriel fosse o protagonista master da trama, mas fechou demais a cara, e ficou estranho na maior parte, até sendo bem encaixado em alguns momentos, mas sem muita desenvoltura para agradar realmente, parecendo que ficou apenas correndo o longa inteiro. Jonathan Majors parecia ser o elo forte da trama com seu Rafe, mas sempre com cabeça baixa, atitudes estranhas, e uma sintonia aparentemente fora do eixo do filme, acabou ficando fraco demais para agradar, de modo que ficou até secundário demais. Agora gostaria de saber que enfeite Vera Farmiga foi fazer no longa com sua Jane Doe, pois sequer teve alguma cena com falas mais chamativas, apenas fazendo caras e bocas em umas três cenas, e nada mais para envolver o público, ou seja, fraquíssima, nem parecendo ser a atriz que muda os longas de terror que costuma fazer. Quanto aos demais, melhor nem falar então.
A equipe visual até conseguiu nos entregar alguns momentos bem tensos, mostrando a cidade bem sitiada, com muitas coisas destruídas, um ambiente bem escuro, e uma festa tradicionalmente americana, aonde se canta hino, tem todo o patriotismo, fanfarra e tudo mais, mas do lado de fora, mostrando os guetos vemos que nem tudo é dessa forma, e com poucos objetos, mas tudo bem colocado para demonstrar as cenas envolventes que aconteceria caso o longa fosse diferente de história. Quanto dos extraterrestres, fizeram um visual até que bem interessante, aonde vemos algo completamente disforme, com sons estranhos e que possuem claro uma única pretensão, a de dominar o mundo e seus recursos, mas foram tão pouco utilizados, que quase nem lembramos que eles estão no filme. A fotografia foi bem densa, cheia de tons escuros que conseguiram moldar a trama, mas o seu uso foi tão subjetivo quanto os atos dos personagens.
Enfim, um filme fraco demais para algum resultado mais chamativo, que não conseguiu chegar aonde desejavam, e o pior, que faz o público perder quase duas horas na sala de cinema para nada, mesmo tendo grandes atores para ao menos chamar a atenção. Sendo assim, com toda certeza não recomendo ele para ninguém, ainda mais tendo outros ótimos filmes em cartaz, então fica a dica para fugir desse. Bem é isso pessoal, fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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