Basicamente o documentário mais raso que já vi em minha vida! Essa pode ser a melhor definição de "Milagre", aonde através das teorias malucas formatadas pelo filósofo Olavo de Carvalho, juntamente com seus seguidores tentando expor que tudo na vida pode ser considerado um milagre, e justificando que a ciência estuda apenas parte dos fatos, não justificando cada ato em si, mas sim apenas uma parte, o resultado passa a ser justificável, e mereceria ter um motivo (no caso algo miraculoso) de acontecer se analisado a história completa de tudo acontecer, e que sem bases não teriam como chegar a uma prova física e/ou material. Ou seja, um longa bem arbitrário, que entrega tantas informações que como uma senhora que estava atrás de mim afirmou, somente lendo tudo o que foi falado para talvez concordar com algo dali, mas a falação contínua, com uma música de fundo alta, e imagens aleatórias flutuantes cansam tanto, que não tem como acreditar em nada ali, e como profundo defensor da ciência, não consigo sequer pensar num filme mais absurdo possível, pois até acredito em milagres, já vi muita coisa estranha acontecer, mas da forma irreal entregue aqui como uma verdade absoluta, não tem condições. Ou seja, um filme fraco de conteúdo, que com uma forma fraca e cansativa não consegue levar nada a lugar algum.
A sinopse nos conta que apesar dos milagres serem o elemento central da fé cristã, atualmente, são poucos os que se propõem a adentrar o tema. Através de conversas com pensadores como Olavo de Carvalho, Raphael de Paola e Wolfgang Smith, o diretor Mauro Ventura inicia uma investigação filosófica acerca desse fenômeno, com o objetivo de dissecá-lo de forma profunda e desvendar os seus enigmas para a contemporaneidade.
Bem, olhando agora a filmografia do diretor Mauro Ventura consigo entender sua fixação por Olavo de Carvalho, tendo praticamente a vida toda fazendo documentários embasados na obra do filósofo moderno, e assim podemos dizer facilmente que mesmo seu documentário não entregando nada que faça o público comum acreditar no que diz, afinal o longa foi feito somente para pessoas que acreditam nas teorias olavistas, ele fez com base no que acredita, e sendo assim o resultado para ele, e talvez para o público-alvo funcione.
Agora analisando a forma técnica, diria que o maior erro da trama é cansar o público, pois é somente composto por três entrevistados falando de forma calma e cansativa para uma câmera centralizada, a qual provavelmente está o entrevistador na frente, canções ainda mais cansativas espectrais que praticamente nos embalam, e imagens aleatórias de igrejas, imagens santas, paisagens, entre outras voando com as pessoas e as músicas rolando, ou seja, quase uma apresentação de powerpoint motivacional que fazem nas empresas, e sendo assim, o trabalho feito pela edição beira o amadorismo puro.
Enfim, uma obra que não vale o tempo perdido na sala do cinema, ao menos para quem acredita em qualquer fato científico que já foi comprovado até mesmo numa aula de ciências básicas, e que talvez lendo tudo o que foi dito até dê para acreditar em uma ou duas teses principalmente de Wolfgang, mas dos demais, é abusar de nossa inteligência. E sendo assim, peço que economizem para filmes melhores que virão, pois é jogar dinheiro fora vendo esse documentário. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, não vou me alongar falando de algo que não tem como, mas volto na quarta já falando das estreias da próxima semana, então abraços e até logo mais.
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