Dizer que o longa da Netflix, "O Date Perfeito" é daqueles que desejava ver com unhas e dentes seria quase uma loucura, pois já pelo trailer conseguimos ver que é um filme completamente básico, que até possui alguns momentos divertidos na essência, mas de cara já é entregue o fechamento só de com o que nos é mostrado em dois minutos de cena. Porém serve para um momento descontraído para rir da modernidade dos aplicativos, e certamente deve existir algum maluco que faça realmente isso de não ser um gigolô, mas fazer encontros perfeitos com jovens, e quem sabe até funciona! Porém o defeito disso como filme é não se aprofundar mais na trama, sendo apenas singelo no feitio de subidas e descidas, com a ideologia de mostrar que o bom da vida é não mentir para ser outro alguém, mas sim você mesmo, e estar junto com quem gosta, não quem imagina que gosta, e talvez se tivessem ido mais a fundo nisso, o resultado seria outro. Ou seja, um filme teen, bem montadinho, mas que não se aprofunda muito, apenas divertindo com o básico.
A sinopse nos conta que precisando de dinheiro para pagar pela faculdade, Brooks decide criar um aplicativo que permite contratar um namorado para todo tipo de situação imaginável. Porém, adotar uma personalidade e um par romântico diferente para cada dia começa a se mostrar uma tarefa difícil e ele começa a se perguntar quem ele é de verdade e como pode encontrar o amor verdadeiro.
De forma alguma posso dizer que o diretor Chris Nelson foi errôneo no jeito de conduzir sua trama, ele apenas fez o filme que o público alvo da história desejava ver, que é um romance teen simples, cheio de desenvolturas em cima de um aplicativo de acompanhantes, aonde o protagonista se entrega as singelas necessidades afetivas de mulheres que querem apenas alguém para lhe acompanhar, ouvir, dar conselhos e por aí vai, aonde as amizades são realçadas em segundo plano, e os acontecimentos também ficam em segundo plano, ou seja, um filme cheio de clichês que divertem, mas que não tem um primeiro plano. Ou seja, o diretor foi bem colocado aonde o roteiro pedia, mas não quis ousar, nem trabalhou para que seus momentos fossem mais fortes, de forma que quando já estamos chegando perto do fim a desaceleração é tamanha, que a trama quase se perde, mas ao voltar, retoma como o que já imaginávamos desde o trailer, e assim sendo o resultado soa simples, porém bonitinho.
Quanto das atuações, os produtores da Netflix que não são bobos já colocaram seu queridinho em mais uma trama sua, e lá foi Noah Centineo para seu terceiro filme dentro da plataforma, chamando claro todas suas seguidoras para conferir com afinco mais uma de suas atuações, e felizmente seu Brooks foi bem trabalhado, conseguiu segurar a trama, mas poderiam ter escolhido alguém mais novo para todos os papeis, pois o ator não possui mais cara de um jovem de colegial, e isso pesou um pouco, embora nos diversos encontros fizesse um personagem melhor que o outro, divertindo bastante. Laura Marano colocou muita descontração no estilo de sua Celia, entregando estilo e muita personalidade para a jovem, emplacando carisma na dança, nos trejeitos, e principalmente na química que teve com o protagonista, de modo que vale a pena ficar de olho na jovem. Odiseas Georgiadis veio como uma carta coringa para a trama como Murph, o grande amigo do protagonista que acaba criando o aplicativo, e pelo estilo descontraído e bem colocado merecia ter um destaque maior na trama, mas mesmo ficando bem em segundo plano, o jovem foi descolado e soube aproveitar bem suas cenas para agradar. Quanto aos demais, foram poucas cenas de destaque para o pai do protagonista vivido por Matt Walsh, e também para que a "brasileira" Camila Mendes mostrasse sensualidade como objeto de desejo do protagonista, mas nada que chamasse muita atenção na trama.
A trama brincou bastante no conceito artístico, afinal o jovem vai usar qualquer coisa que suas clientes desejar, então vemos ele com diversos figurinos diferentes, e passeando sempre por bailes, o clássico também foi bem encontrado, ou seja, não utilizaram muita cenografia diferenciada, mas souberam escolher as locações para encaixar cada momento com muita atitude, e o resultado funciona dentro do que se propôs. Ou seja, é um filme sem muita desenvoltura cênica, mas que soube encontrar cada ato dentro da ideia com simplicidade efetiva para que o filme não ficasse simples demais.
Enfim, o longa passa longe de ser algo problemático, e vai agradar quem quiser algo bem levinho e bobinho para passar um tempo, mas que se quisesse ir bem além poderia ter facilmente desenvolvido uma trama intensa sobre a efemeridade do mundo aonde você não sabe quem você é, e aí a trama recairia de uma comédia romântica simples para um drama mais pesado e que até poderia conter cenas divertidas, mas não funcionaria fácil como esse aqui tentou fazer. Bem é isso pessoal, não digo que recomendo o longa com toda a força, mas também não digo que é completamente jogável fora. Fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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