Costumo dizer que para uma boa animação funcionar ela precisa ter um desses três elementos: carisma nos personagens, boas lições morais ou boas canções, e quando a combinação delas funciona, o resultado acaba incrível. Pois bem, hoje com a estreia de "UglyDolls" tivemos a combinação deles de uma forma gostosa de acompanhar, em um longa não tão simples de essência, mas com uma cativante proposta bem colocada na trama, aonde nos mostraram que ser perfeitos em tudo é algo que não existe, e que cada imperfeição é o que nos torna diferentes para ter seu propósito, ou seja, um filme duro de síntese, mas que consegue envolver tão bem que acabamos gostando do que vemos na tela, dançamos com as musiquinhas que foram bem dubladas, é o resultado é o mais feliz possível.
O longa nos mostra que os UglyDolls rumam ao Instituto da Perfeição com o desejo de serem amados mesmo sendo diferentes. Subvertendo a ideia do feio como um adjetivo negativo, a animação mostra que não é preciso ser perfeito para ser incrível.
O diretor Kelly Asburry já nos entregou outras boas animações como "Gnomeu e Julieta" e "Shrek 2", volta aqui para trabalhar uma trama que aparentava ser simples, mas que possui tantos personagens quanto densidades para serem trabalhadas, e com isso o resultado do que faz aqui pode ser visto até como algo a mais, pois ele nos entrega a primeira animação escrita por um dos mestres do terror, Robert Rodriguez, que tem como característica principal dar imperfeições aos seus personagens. Ou seja, com um âmbito bem divertido musicalmente, cheio de cores, luzes, brilhos e tudo mais, o diretor foi criativo ao ponto de mudar a tensão para algo mais leve, e gostoso de ver, ou seja, praticamente uma mágica bem forte e interessante de ser analisada.
Outro ponto bem comum das animações atuais vem sendo a preocupação dos estúdios em nos dar muitas texturas nos personagens e no visual completo da trama, o que não foi utilizado tanto aqui com uma animação quase bidimensional, mas isso não tirou o brilho dos personagens, que com feitios bem bacanas, imperfeições bem leves, e claro cores bem vivas para chamar atenção acabaram resultando em algo muito gostoso de ver, que juntando trejeitos bem agradáveis, emoções, e claro um carisma forte de cada um nos apaixonar por eles. Não costumo elogiar muito as dublagens nacionais, mas aqui o acerto de colocar atores/cantores bem dinâmicos foi algo realmente incrível de escutar, de modo que as canções não destoaram mesmo tendo frases difíceis de rimar, tendo claro se destacado a cantora do Rouge, Aline Wirley como a protagonista Moxy, cheia de atitude e bons pensamentos alegres, João Cortês como o vilão perfeito Lou, Rincón Sapiência como Ugly Dog e Paula Lima como Mandy, de modo que foram tão bem colocados que acredito terem suprimido as vozes originais Kelly Clarkson, Nick Jonas, Pitbull, Janelle Monáe e Blake Shelton.
No contexto visual, diria que a equipe teve um trabalho imenso, pois são muitos personagens que aparecem em primeiro plano, os diversos cenários são cheios de detalhes, cores, ambientes, e muito mais fazendo claro a alegria das crianças e de quem for conferir, pois a trama mesmo parecendo bem infantil, possui um mote mais forte que vai agradar também os mais velhos, e não usando apenas de alegorias bobinhas visuais, preparam por tons e envolvimentos em cada cena, ou seja, um trabalho bem preciso, que até poderiam explorar mais se desejassem.
Por ser um musical, as canções fazem parte do roteiro, então divulgá-las acaba sendo mostrar a história, mas digo que toda a foram bem compostas, divertem e agradam na medida na versão nacional, então podem ir conferir sem medo.
Enfim, um filme muito gostoso, divertido, agradável, que fará todos que forem conferir saírem com muita felicidade da sala, pensando em suas imperfeições como algo perfeito para um motivo, ou seja, usando até do mote do longa, mesmo ele tendo suas imperfeições e defeitos, o resultado é incrível, e recomendo para toda família. Bem é isso pessoal, fico por aqui agora, mas hoje ainda volto com mais textos, então abraços e até logo mais.
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