Até entendo alguns críticos que não gostaram do novo "X-Men - Fênix Negra" por achar ele lento, faltar entregar algo mais novo e tudo mais, porém confesso que gostei até que bastante da pegada que trabalharam, entregando uma nova raça alienígena entrando na Terra atrás de um super-poder, ficou bem interessante as lutas finais, e o estilo encontrado para cada momento foi bem desenvolvido, porém concordo com muitos que poderiam ter criado mais histórias, ter ido para outros rumos, e até deixado a porta mais aberta para um futuro incerto do que a Disney irá fazer com o que tem de material até agora, ou se vão zerar tudo o que ocorreu. Mas ouvi de muitos críticos e até de alguns fãs de se tratar o pior filme de X-Men já feito, e acho que esse pessoal está meio maluco, pois embora a cronologia seja um dos maiores problemas da trama, aqui o filme seguiu até que um rumo bem colocado, encontrou motes para as situações fortes ocorrerem, e o filme seguiu uma dinâmica própria para mostrar que os poderes de Jean são muito mais fortes do que tudo, e que ninguém iria lhe parar, ninguém desse mundo, e isso ficou legal de ver. Claro que ainda não é o fã-service que muitos esperavam, mas não é a bomba que diziam ser, e quem for com a mente aberta irá gostar também do resultado satisfatório feito na telona.
O longa nos situa em 1992. Os X-Men são considerados heróis nacionais e o professor Charles Xavier agora dispõe de contato direto com o presidente dos Estados Unidos. Quando uma missão espacial enfrenta problemas, o governo convoca a equipe mutante para ajudá-lo. Liderado por Mística, os X-Men partem rumo ao espaço em uma equipe composta por Fera, Jean Grey, Ciclope, Tempestade, Mercúrio e Noturno. Ao tentar resgatar o comandante da missão, Jean Grey fica presa no ônibus espacial e é atingida por uma poderosa força cósmica, que acaba absorvida em seu corpo. Após ser resgatada e retornar à Terra, aos poucos ela percebe que há algo bem estranho dentro de si, o que desperta lembranças de um passado sombrio e, também, o interesse de seres extra-terrestres.
Chega até ser engraçado que o roteirista da primeira versão dos X-Men aonde surgiu a Fênix, em 2006 com "O Confronto Final", vem agora 13 anos depois entregar seu primeiro filme como diretor nos mostrando novamente a Fênix surgindo, ou seja, Simon Kinberg tem fixação por essa personagem, e conseguiu entregar algo bem melhor do que o que vimos lá, apesar de que naquela época prezaram pela batalha, e aqui mais pelo contexto em si, criando uma origem mais forte para a força e trabalhando outros elos mais comuns de ver na Marvel que são extra-terrestres. Diria que se o diretor tivesse se empolgado um pouco mais e criado mais lutas desde o começo, os fãs estariam vibrando até agora, querendo muito mais, ou então se ele tivesse matado todos e não apenas um o resultado seria outro, porém certamente a ideia dele como um bom roteirista de estilo, foi deixar que a trama ficasse bem aberta para outras propostas futuras, e essa escolha foi bem feita, embora mude os rumos que muitos costumeiramente sempre viram, com um final digamos fora do eixo, mas ainda assim, o resultado é interessante de ver.
Quanto das atuações, posso dizer que Sophie Turner não teve a pegada forte e expressiva para chamar o longa de seu, pois sua Jean é um personagem interessante, mas a atriz ficou sempre com efeitos exagerados e posturas fortes demais, de modo que ela nem teve tempo suficiente para trabalhar diálogos e expressividades corporais que fizessem nos conectar mais a ela, ou seja, soou sempre falso demais, embora quando incorporada de poderes fez bem os movimentos ao menos. James McAvoy sempre se entrega para os personagens, mas aqui aparentou um Xavier levemente cansado de expressões, parecendo já não ter a mesma dinâmica dos filmes anteriores, mas longe de ficar ruim de estilo, o ator foi bem em diversos momentos, puxando até a responsabilidade para si em diversos atos, o que faz ficar em evidência seu desgaste. Michael Fassbender também entrega um Magneto bem trabalhado, que incorpora boas cenas e chama o close para si, agradando bem no que faz, porém gostamos dele violento em cena, e aqui ficou um pouco cordeirinho demais para o seu papel. Nicholas Hoult trabalhou bem sua Fera, encontrando momentos chamativos para se expressar, oscilando bem sua tristeza e sua raiva, o que faltou mesmo foi chamar a responsabilidade em alguns momentos. Chega a ser até engraçado ver Jessica Chastain sem estar ruiva, e aqui sua personagem Vuk é bizarramente estranha, de tal maneira que com expressões quase robóticas ficamos esperando ela se transformar em algo diferente, mas sempre mantendo o mesmo tom de voz, os mesmos olhares, acaba impressionando ao mesmo tempo que assusta de forma estranha. Quanto aos demais, podemos dar destaque para a garotinha Summer Fontana que fez a jovem Jean de uma maneira bem doce e interessante de ver, e dizer que praticamente todos tiveram um bom tempo de tela para chamar de seu, não sendo nada muito chamativo, mas ao menos agradando.
Visualmente o longa possui um tom bem mais denso e escuro que os demais filmes da franquia, escolhendo ambientes sempre mais fechados e/ou cenas noturnas com muitos elementos saltando e sendo destruídos (o que ajudaria bem o 3D caso quisessem, mas que não foi muito além!), além claro de bons elementos cênicos sendo usados como ferramentas/armas para cada cena, o que deu um tom forte para a trama, destaque claro para as cenas no espaço e na pequena vila aonde a jovem vai atrás do pai, e também na ilha de Magneto que mostrou um ambiente praticamente novo e interessante que poderia ter sido mais mostrado na trama. Embora seja um filme escuro, abusaram muito de tons vermelhos para os efeitos, e isso acabou chamando muito a atenção para o ambiente ficando claro como a protagonista, e isso acaba sendo bem interessante de ver, contrastando sempre o ar da trama, e com esse tom mais escuro todos os efeitos tiveram muito destaque, o que acaba soando um ponto bem positivo para o filme. Quanto do 3D, poderiam ter usado imensamente mais tanto a profundidade dos ambientes com muitos personagens, como com coisas saindo da tela, pois a destruição vem de todos os lados, e o resultado empolgaria muito os que gostam da tecnologia, mas não fizeram, e sendo assim, somente quem tiver com muita vontade deve ir ver com a tecnologia, pois não fará diferença nenhuma ver no modo comum, tirando uma ou duas cenas bem encontradas com a técnica.
Enfim, é um filme que poderia ter sido muito melhor, mas que não desaponta dentro do que foi proposto, de modo que mesmo não trazendo muitas novidades para a franquia, poderia ter fechado o ciclo melhor, mas ao menos não desaponta quem não for esperando muita coisa, como foi o meu caso, e assim sendo recomendo que quem for conferir vá assim, pois a chance de gostar é bem maior. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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