Sempre que vou conferir um longa infantil acabo me preparando para ver situações bobinhas, desenvolturas desajeitadas e atuações sem muita expressividade, porém não imaginava que veria algo tão jogado no filme alemão, "A Pequena Travessa", que aliás é uma das piores traduções de títulos já feitas no país, porém deixando isso do nome de lado, diria que nem as novelinhas infantis do SBT possuem enredos tão largados como o apresentado aqui, que até tenta ter algum envolvimento com a ideia do furto dos animais, mas os personagens surgem do nada, fazem seus atos, e já encerram como se o filme fosse até parte de algo que já passa por lá, e esse seria algum tipo de especial, mas aparentemente não é isso, e dessa forma acabamos com algo extremamente bobo que não atinge nada nem ninguém.
O longa nos conta que a pequena travessa "Lilli" fala com animais! Mas, com exceção de seus pais, ninguém mais conhece seu talento especial, que já lhe trouxe problemas suficientes no passado. Quando a menina conhece o distante e misterioso Jess, lentamente começa a confiar nele. Junto com Jess e seus novos amigos do grupo de estudos do zoológico, Lilli começa uma busca pelo bebê elefante, Ronni, que foi sequestrado por um ladrão de animais. Agora, a habilidade de Lilli de se comunicar com os animais é sua única esperança!
O diretor Joachim Masannek está bastante acostumado a fazer filmes jovens na Alemanha, de modo que "Os Caras Selvagens" sobre um time teen de futebol já está na sequência de número 6, e assim sendo era esperado ao menos algo mais direcionado com envolvimento dos pequenos em situações curiosas, ou bagunças bem mais trabalhadas, mas acabou entregando uma trama que diria bem preguiçosa, sem muitas conclusões, aonde os personagens adultos acabaram partindo para o cômico abstrato, que chega a beirar o ridículo, ou seja, faltando também uma direção de atores mais consistente, ou seja, até temos uma história razoável de pano de fundo, que poderia resultar em bons frutos, mas que optaram por algo mais bobinho e jogado que não atinge nenhum ápice, falhando demais em tudo, e não agradando, nem envolvendo os pequenos pelo menos.
Quanto das atuações, vou falar da expressividade deles pelo menos aparentavam dispostos para o filme, pois como só veio cópias dubladas não posso dizer se os tons foram mais coerentes, pois a versão nacional ficou bem ruim também, mas a protagonista Malu Leicher se jogou bem na personalidade agitada de sua Liliane, se dispondo para agradar nos diversos conflitos, de modo que resulta ao menos bons atos, mas poderia ter ido além. Christoph Maria Herbst merece o prêmio boboca do ano com seu Toni, recaindo em tantas idiotices que nem tem como perdoar nada, ou seja, absurdo demais. Meret Becker pareceu estar em outro filme com sua Coronel, numa mistura de trejeitos e figurinos de Willy Wonka, mas sem a classe necessária para isso, ou seja, jogada também. Aylin Tezel até trouxe um certo ar de vilania para sua Vanessa, mas as atitudes foram tão bobinhas que não dá para defender. Aaron Kissiov inicialmente deu um ar misterioso interessante para seu Jess, e acredito que por estar em quase todos os filmes do diretor soube se entregar melhor para a câmera, mas mais para o final seu personagem acaba não empolgando, e isso falha demais no resultado. Quanto aos demais, tivemos a mãe forçada, o pai escritor avoado, e até as garotinhas ricas que se acham as donas do pedaço, ou seja, o kit completo para uma bomba infantil de primeira linha.
Visualmente o longa até entrega locações interessantes, muitas cenas com bicicletas, um laboratório bem cheio de equipamentos tecnológicos para mostrar o ar científico do garotinho, e um zoológico com estilo diferenciado, mas as cenas com computação foram tão broxantes que desanima ver a tentativa de fazer os animais falarem com a garota (o pior de todos sem dúvida alguma é o elefantinho), e assim sendo a trama desanda demais.
Enfim, um filme bem fraco, completamente jogado, que a distribuidora foi empurrando o lançamento, e que nem deveria ter lançado, pois seria melhor aproveitado diretamente para homevideo, e para finalizar ainda tivemos uma canção de rap bem péssima para fechar a bomba, ou seja, não indico ele nem para meu pior inimigo, pois é desanimador cada ato da trama. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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