Acho que nunca fiquei tão feliz ao sair de uma sessão de um filme de terror sangrento, pois após tantas continuações e refilmagens ruins, finalmente o reboot de "Brinquedo Assassino" veio de uma forma bem nova e muito interessante, cheia de cenas bem tensas interessantes, mortes bem violentas, e claro um tom cômico adequado sem exageros, de modo que o boneco Chucky até chega a ser gracioso, e a ideia de inteligência artificial num mundo completamente dominado pela tecnologia vem com um primor incrível se comparado ao anterior que usava de vodu. Ou seja, fui esperando rir de tudo e voltar reclamando da pré-estreia, mas fiquei tenso com cada uma das mortes e gostei muito do que vi de forma que recomendo o novo longa com certeza para quem gosta do estilo, pois souberam trabalhar bem a divisão entre carnificina e dramaticidade de modo que dá até para pensar na possibilidade de continuarem a franquia a partir desse novo longa, pois dá para brincar bem com o boneco irritado, afinal tecnologia na nuvem nunca morre ou apaga!!!
O longa nos conta que Andy e sua mãe se mudam para uma nova cidade em busca de um recomeço. Preocupada com o desinteresse do filho em fazer novos amigos, Karen decide dar a ele de presente de aniversário um boneco tecnológico que, além de ser o companheiro ideal para crianças e propor diversas atividades lúdicas, executa funções da casa sob comandos de voz. Os problemas começam a surgir quando o boneco Chucky se torna extremamente possessivo em relação a Andy e está disposto a fazer qualquer coisa para afastar o garoto das pessoas que o amam.
Posso dizer com certeza que a estreia na direção de longas de Lars Klevberg foi feita com sucesso, de modo que iremos esperar mais dele nos seus próximos filmes, pois usando o roteiro de Tyler Burton Smith (que antes só tinha feito roteiros de jogos de videogame e também estreia aqui), baseando na história original de Don Mancini, o resultado do reboot é algo completamente diferente do que já vimos nos outros muitos longas do personagem que começou lá em 1989, mas usando claro a essência de um brinquedo que acaba tendo atitudes bem psicopatas, e aqui com um "bom" motivo, afinal quer ser único amigo de Andy, não tendo que dividi-lo com ninguém mais. Ou seja, foram bem coerentes na formatação de um novo filme, usando como base o que já havíamos visto lá atrás, mas adaptando para o mundo atual, aonde a tecnologia domina, com o boneco sendo um robô bem tecnológico com um chip capaz de usar todos os demais equipamentos comercializados pela companhia que o criou. Claro que poderiam ter desenvolvido um pouco mais sobre a Kaslan e seus equipamentos, poderiam também ter trabalhado o ranço ridículo do funcionário que programa o boneco para ficar do mal (uma das cenas mais rápidas e bestas que já vimos, sendo completamente jogada), mas para isso precisariam aumentar o tamanho do longa, e quem sabe desandar com explicações demais, então vamos aceitar o começo rápido e jogado que deram como apenas uma falha simples, mas de resto, o longa acaba compensando depois.
Sobre as atuações diria que já vi muitos atores bem melhores, principalmente para o papel da mãe do garotinho, pois Aubrey Plaza foi bem jogada como Karen, de modo que faz trejeitos forçados e está sempre exagerando para não parecer bobinha demais, além de não convencer como mãe de forma alguma, ou seja, pode até ser que pela inexperiência do diretor ele não tenha conseguido conduzir ela melhor, mas aí deveria ter entrado os produtores para escolher alguém melhor para o papel que conseguisse fazer algo melhor sozinha. Em compensação, o garotinho Gabriel Bateman entregou um Andy bem cheio de vertentes, com olhares carismáticos e até com uma afeição bacana pelo boneco, de modo que suas atitudes acabam nos convencendo e o resultado por ele ficar mais à frente da história acaba funcionando. Brian Tyree Henry soou meio bobo como detetive Mike, de modo que aparece pouco na trama, mas sempre com piadinhas e olhares meio que jogados, o que não caberia para um policial, e isso talvez pudesse ser melhorado no roteiro, mas nada que atrapalhe muito. As demais crianças foram pouco usadas, mas agradaram bem no que fizeram e tivemos bons resultados de expressões por parte deles, então nada a reclamar ao menos, e os outros adultos serviram bem para as mortes, e claro que alguns até mereceram bem as que tiveram, ou seja, um bom resultado. Agora falando do boneco, foram muito sagazes em usar um animatrônico, de modo que todos no set de filmagem viam o boneco se mexendo e podiam se assustar facilmente com seus atos (claro que nas cenas mais tensas a computação domina, mas o básico foi feito em cena), e Mark Hamill entregou uma voz imponente para Chucky com boas doses dramáticas bem interessantes para nos envolver.
Visualmente o longa funciona muito bem, pois não abusa de locações grandiosas, ficando praticamente só no conjunto de apartamentos aonde a família vive, passando por três ou quatro cômodos bem montados para não precisar muitos efeitos e o resultado convencer, além do mercado e a casa com jardim, de modo que o resultado fica bem coerente na textura do boneco e seus movimentos, além de objetos usados como armas letais e claro uma grande sagacidade por parte da equipe de fotografia para trabalhar os tons de luzes com o azul para quando o boneco está bem normal, e o vermelho predominando o ambiente para quando o bicho vai pegar, e isso foi muito bem usado dentro das cenas escuras para criar situações. A maquiagem juntamente com a equipe de efeitos especiais também teve um trabalho perfeito para todas as mortes serem fortíssimas, com pedaços e muito sangue voando para todos os lados, de modo que chega a impressionar por um lado, mas agradar muito quem gosta do estilo do filme.
Enfim, tirando o detalhe de não termos um começo mais decente explicativo sobre a Kaslan e sobre a família de Andy, sendo tudo muito jogado na tela, o resultado geral da trama acaba sendo muito bom e acaba superando todas as expectativas, pois certamente a maioria irá esperando ver uma tremenda bomba, visto que os últimos filmes foram bem ruins tanto que nem chegaram a ser lançados nos cinemas, ou seja, recomendo ele com certeza, e claro que agradeço aos parceiros da Difusora FM 97,1MHz pela ótima pré-estreia, que fez todos rirem, se divertirem e também ficarem tensos com tudo o que foi mostrado na telona. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos.
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