Dá para acreditar que já passaram 18 anos desde que o primeiro filme da franquia "Velozes e Furiosos" foi lançado!!! Ou seja, até quem nasceu quando o primeiro filme estreava, hoje já pode ver um filme adulto sem precisar dos pais!! É estamos bem velhos, e a franquia continua entregando cada vez mais cenas absurdas com explosões, perseguições, muitos tiros, e agora até vilões modificados geneticamente, afinal não bastava as sequências das histórias (que já nem tem mais para onde inventar!) resolveram fazer filmes derivados, e eis que o primeiro lançado agora "Hobbs & Shaw" conseguiu seguir a mesma linha, ter uma história bacana com dois personagens fora dos principais da série, e agradar bem quem gosta de ver todas essas maluquices, introduzindo boas piadas, algumas sacadas bem colocadas, e principalmente muita velocidade, ação, explosões e dinâmicas bem absurdas, ou seja, tudo o que esperávamos ver na telona, e ainda colocar um pouquinho de história, afinal precisa disso para um filme funcionar.
A sinopse nos conta que desde que se conheceram, Luke Hobbs e Deckard Shaw constantemente bateram de frente, não só por inicialmente estarem em lados opostos mas, especialmente, pela personalidade de cada um. Agora, a dupla precisa unir forças para enfrentar Brixton, um homem alterado geneticamente que deseja obter um vírus mortal para pôr em andamento um plano que mataria milhões de pessoas em nome de uma suposta evolução da humanidade. Para tanto eles contam com a ajuda de Hattie, irmã de Shaw, que é também agente do MI6, o serviço secreto britânico.
Só pelo gabarito do diretor já sabemos o estilo que ele irá nos entregar no filme, pois David Leitch ("Deadpool 2", "Atômica", "De Volta ao Jogo") já foi dublê e gosta muito de cenas de ação sem precedentes, daquelas que sabemos ser algo completamente impossível de ver na vida real, mas que funcionam visualmente pela plástica entregue, e quem pensar que ele vai amenizar em um único momento acabará se enganando, pois mesmo nas cenas mais calmas do longa, lá está presente algo que explodirá, ou uma arma de fogo imensa, ou até alguma animação de extração celular, ou seja, um filme completamente absurdo, aonde o roteirista Chris Morgan (que escreveu a maioria dos longas da série) jogou tudo para o alto e criou algo uma trama até que trabalhada no conceito familiar, usando e abusando de situações forçadas, mas que ao final já estamos tão envolvidos com a bagunça que acabamos aceitando tudo, e isso é bacana de ver. Claro que seria hipócrita de minha parte dizer que é um filme sério cheio de virtudes artísticas, mas quem vai conferir esse filme nem espera isso dele, e dessa forma a proposta funciona para quem deseja ver o que é mostrado, e nada além disso.
Sobre as atuações, também fomos ao cinema para ver o nível de testosterona no máximo com brucutus socando tudo e todos, e muita desenvoltura dos personagens secundários para dar o ar cômico da trama, e dessa forma vemos um Dwayne "The Rock" Johnson completamente preparado para envolver todos, entregar facetas expressivas bem divertidas, e claro fazendo o seu melhor que é sair batendo sem parar, de modo que aqui optaram até em no final nem termos armas para tiros, e sim somente a mão e os porretes prontos para muita pancadaria, e isso funciona ao menos com as boas piadas e sacadas que escolheram lhe dar, afinal, esse é o estilo do personagem Hobbs e do ator. Já pelo outro lado, procuraram dar um pouco mais de classe para o Shaw de Jason Statham, e ele como bom ator de filmes de ação soube entregar um estilo bem colocado para o personagem, adequar cada momento com muita desenvoltura, e claro lutar muito nas cenas mais precisas, agradando pela imponência escolhida, e fazendo o que fez bem nos outros longas da franquia, que é um misto de vilão com bom moço. Colocar Idris Elba como vilão em um filme é muita sacanagem, pois o ator é tão complexo e cheio de personalidade, que fica difícil torcer contra ele, e aqui praticamente tendo ainda super-força e corpo meio robótico pelas mudanças feitas pela empresa Eteon, o resultado é um Brixton incrivelmente forte, dinâmico e pronto para fazer loucuras, e isso caiu muito bem no estilo do ator. Vanessa Kirby ficou meio em segundo plano na maior parte do longa, apenas tendo algumas desenvolturas de luta bem colocadas com sua Hattie, mas com sua beleza e imposição acaba conseguindo chamar sempre a atenção quando aparece, e isso é interessante, pois qualquer outra atriz ali sumiria em cena, e ela fez surgir um bom elo para ela, até puxando o tom romântico em determinados momentos. Quanto aos demais, tivemos muitas participações bem colocadas, como Kevin Hart como um agente de voo, Ryan Reynolds muito bem sacado como o agente Locke (que ficamos pensando a todo momento se ele já apareceu na franquia pela desenvoltura usada na trama), Helen Mirren como a mãe de Shaw (que voltará no nono filme da franquia!), e claro, todos os atores neozelandeses bem usados para as cenas finais, com destaque para os trejeitos rápidos de Cliff Curtis como Jonah.
No conceito visual a trama viajou por muitos países, mas certamente as melhores cenas ficaram nas perseguições de carros em Londres, no galpão em Moscou, e claro nas cenas malucas na Samoa, aonde tudo é muito usado, temos diversos elementos cênicos bem representativos, e o filme flui com muita tecnologia e ação, trabalhando bons figurinos e envolvimentos coesos para cada ato. E falando em grandes cenas de ação, o 3D não está tão impactante, mas temos boas cenas com personagens voando e elementos sendo bem destruídos, de modo que quem gosta do estilo ficará satisfeito com algumas cenas, porém não é nada muito impressionante, mas vendo em uma sala gigante como a Imax, o resultado acaba ficando maior ainda.
Agora algo que não pode faltar na franquia é muito barulho, e aqui temos explosões, tiros, roncar de carros, hélices, e claro, muita música boa de fundo para dar um ritmo frenético completamente incrível de ambientar tudo, e claro que deixo aqui o link para todos curtirem as canções depois de ver o filme.
Enfim, um filme que entrega o que já era esperado, muitas cenas absurdas, mas que funcionam para criar uma ação desenfreada completamente maluca e que faz o público-alvo do estilo ficar muito feliz, ou seja, não desaponta quem for esperando ver o que sempre prometem. Claro que terá aqueles que vão esperando algo novo, um filme diferenciado, e não encontrarão nada disso, mas para esses, digo que foram ver filme errado, e assim sendo, não vá ver a trama, pois esse é o estilo propício para ação, explosão e nada mais. Sendo assim, fica minha recomendação de um longa que passa bem longe de ser perfeito, mas que diverte bem e vale a conferida numa boa sala bem barulhenta, afinal é o que o estilo pede, sendo paia da melhor qualidade. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
PS: o filme tem 3 cenas pós-créditos, e que quem gosta de rir vale esperar, pois podem talvez servir para ligar o próximo "Velozes e Furiosos" e/ou a continuação dessa nova parte da franquia.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...