Alguns filmes possuem essências tão marcadas que geralmente nem precisamos esperar ver o nome na TV que já sabemos qual é, e a franquia que vimos primeira mente como "Invasão a Casa Branca" em 2013, depois com "Invasão a Londres" em 2016, e agora completando a passagem de três anos também temos a estreia meio que tardia de "Invasão ao Serviço Secreto", que estava previsto de estrear no meio do ano, e apareceu só agora, mas com a mesma essência, as correrias tradicionais do agente Banning para salvar o presidente Morgan Freeman, que todo mundo faria de tudo para salvar, afinal é o Morgan Freeman independente de qual papel esteja fazendo, e só isso já vale salvar ele. Diria que o filme é bacana de conferir, passa um bom tempo, tem as tradicionais boas cenas de ação, com coisas explodindo, prédios sendo destruídos, muitas pessoas morrendo com tiros para todo lado (mas claro que os protagonistas são ninjas e nada os atinge praticamente!), e com isso o entretenimento é garantido do começo ao fim, com boas sacadas e envolvimentos, porém diferente dos primeiros filmes que demorávamos para saber os vilões reais, aqui o jogo acontece rápido demais, e vemos o protagonista correndo para tentar pegar eles, e assim sendo não foram tão criativos dessa vez, porém ainda assim agrada, e vamos esperar que encerrem aqui, afinal 9 anos já deu de Morgan como presidente, e praticamente ele não aguenta um novo atentado contra sua pessoa.
A sinopse nos conta que após uma tentativa de assassinato ao presidente dos Estados Unidos, o agente do Serviço Secreto, Mike Banning, é injustamente acusado e levado sob custódia. Determinado a provar sua inocência, ele se torna um alvo do FBI à medida em que tenta encontrar o verdadeiro culpado. Ele vai precisar de toda a ajuda possível para proteger sua família e salvar seu país de um ataque sem precedentes.
Basicamente esse estilo de filme cheio de pulos, tiros e explosões tem sido fácil de identificar os diretores, pois geralmente são ex-dublês que sabem bem como funcionam os posicionamentos, e entregam longas ágeis e bem desenvolvidos nesse quesito, e Ric Roman Waugh seguiu bem essa linhagem até 2001 quando mudou de área e tem feito filmes desse porte, porém seu estilo nem é o mais engraçado de olharmos nesse novo filme, mas sim o fato de que nas três produções tivemos três diretores diferentes, com propostas bem diferentes, e com roteiristas também bem diferentes que apenas usaram a ideia de personagem criada lá em 2013 e seguiram fazendo novas situações e envolvimentos, ou seja, os produtores não conseguiram convencer nenhum dos dois diretores anteriores a voltar para o comando e seguir com a franquia, e sendo assim o resultado é completamente notável, pois se no primeiro filme Antoine Fuqua foi incrível e criou algo muito bem feito, no segundo o nível já caiu e ficou exagerado demais para situações mostradas, e agora esse novo quis tentar voltar às origens, mas ficou bem mais próximo do segundo que de algo inovador, tendo vários momentos em que cansamos com tudo o que ocorre, e ao entregar facilmente quem é o vilão, ficamos apenas numa correria simples demais de atitudes, o que não agrada realmente como poderia. Ou seja, fizeram o básico apenas para tentar fechar a franquia, mas ao menos tentaram inovar um pouco e os erros foram moderados.
Sobre as atuações, diria que Gerar Butler vai ser logo mais daqueles atores que veremos em franquias tão extensas e casuais de tiro que vamos nos enjoar dele, pois já não entrega mais tantas características marcantes para seus personagens, e seu Mike Banning é exatamente estiloso e moldado de estruturas, sem grandes expressões, apenas sentindo dores e fazendo trejeitos casuais, sem muitas mudanças de humor, e sem grandes exageros também, ou seja, o protagonista se acostumou com o personagem, e dificilmente conseguirá se desprender dele, de modo que ou é melhor mudar para algo bem diferente logo, ou a chance dele só ser chamado para esse tipo de papel daqui pra frente é bem alta. Morgan Freeman está em plena atividade com seus 82 anos, mas já não entrega mais tanta personalidade como antigamente, e apenas faz seus casuais olhares e bons trejeitos, mas ainda assim continuaremos empolgados com o que faz, e aqui seu Presidente Trumbull aparece pouco, e consegue ser direto ainda nos trejeitos e diálogos bem marcados, ou seja, sempre cairá bem em qualquer papel, mas já precisa maneirar. Danny Huston entrega para seu Wade personalidade e dinâmica, de modo que não chegamos a ficar com muita raiva dele, mas também não chega a ter um carisma para notarmos algo a mais, de modo que foi tradicional com bons atos, e nada mais. O mesmo podemos dizer de Tim Blake Nelson como vice-presidente Kirby, que teve olhares fortes em algumas cenas, mas foi frouxo demais em outras. Nick Nolte entregou um Clay imponente e no mesmo nível do filho Banning, explodindo tudo em sua frente, partindo para a ação e se saindo muito bem nos atos, o que acaba agradando mesmo que apareça pouco. Quanto aos demais, diria que as duas mulheres fortes da produção Jada Pink Smith como a investigadora do FBI Helen e Pipper Perabo como Leah foram coerentes em seus atos, mas como apareceram em bem poucas cenas não tiveram tempo de serem exploradas, e resultaram em algo simples demais de ver, mas ao menos foram melhores que muitos outros que só participaram como Lance Reddick que apareceu em quase todas as cenas com seu Gentry, mas era quase um adorno cênico sem nada a fazer.
Quanto ao visual da produção, agora voltando para os EUA, depois de explodir Londres inteira, brincaram com cenas em meio a florestas, e dentro de um hospital e um grande centro empresarial, mas com poucos detalhamentos, e muitos tiros e explosões, de modo que o começo no centro de treinamento é mais empolgante de ver do que todo o restante do filme, ao menos no conceito artístico que foi bem simplório de elementos. Ou seja, a equipe de arte aqui não quis fazer nada muito rebuscado, economizando bastante na produção, de modo que o filme tem um certo gasto de efeitos, mas brincou pouco com tudo o que podia, tendo as melhores nuances na cena dos drones, que tanto vimos nos trailers, e na explosão do hospital, que ficou bem interessante de ver, mas nada que realmente impressione.
Enfim, é um filme que serve de passatempo, mas que foi inferior aos dois anteriores, de modo que volto a frisar que parem com a franquia, pois a chance de no próximo desandar de vez está bem alta, a não ser que mudem completa o fluxo e a forma de condução, e talvez voltarem com o diretor do primeiro filme, pois aí sim o resultado pode voltar a chamar a atenção. Porém não digo que a bomba foi tão grande, pois como disse tem boas cenas de ação, e o resultado acaba soando bem colocado, e sendo assim quem for conferir não sairá tão desapontado da sala, ou seja, apenas não recomendo com grande afinco, mas também não o expurgo. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto logo mais com mais textos, então abraços e até breve.
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