Muitos reclamavam que as animações atuais só brincavam com texturas, com computações gráficas gigantescas para dar formato aos personagens, mas que esqueciam de trabalhar histórias emocionantes para envolver o público, e pois bem, eis que a Netflix escutou vossas reclamações, e encomendou um filme usando técnicas tradicionais, mas que foi tão bem feito, com tanta emoção e sentimento, que passa uma verdade tão incrível, que nem ligamos para técnica, mas sim pela ótima desenvoltura que "Klaus" consegue nos passar, brincando praticamente com sombras, trabalhando envolvimentos e mensagens bem colocadas, e que nos remete à verdadeira essência do Natal, numa brincadeira cênica maravilhosa para crianças e adultos. Ou seja, o longa está na lista dos possíveis indicados ao Oscar de Melhor Animação, e não duvido de figurar os 5 indicados, pois é muito gostoso de conferir, possui uma história muito graciosa sobre como começou o Natal com as cartinhas, e o acerto ficou impecável em todos os quesitos, portanto vá conferir, e depois volte aqui para ler o restante.
O longa nos conta que em Smeerensburg, remota ilha localizada acima do Círculo Ártico, Jesper é um estudante da Academia Postal que enfrenta um sério problema: os habitantes da cidade brigam o tempo todo, sem demonstrar o menor interesse por cartas. Prestes a desistir da profissão, ele encontra apoio na professora Alva e no misterioso carpinteiro Klaus, que vive sozinho em sua casa repleta de brinquedos feitos a mão.
Basicamente é a estreia do espanhol Sergio Pablos na função de diretor, mas como roteirista ele só nos entregou o primeiro "Meu Malvado Favorito" e nesse ano mesmo o divertido "PéPequeno", ou seja, sabe muito como agradar as crianças com bons personagens carismáticos, tem atitude suficiente de criação, e aqui apenas brincou com tudo o que já fez criando um personagem que conhecemos bem, mas mostrando sua história inicial juntamente de outros ótimos personagens, ou seja, um filme com uma pegada incrível, cheio de boas mensagens, e que o diretor conseguiu trabalhar na essência, sem ficar exagerando em enfeites, mas sim priorizando o que um bom filme deve ter que é história e personagens, fazendo com que a trama tivesse um sentido de ser entregue, não apenas jogando ela na programação, e dessa forma diria que certamente o longa será visto muitas vezes na época do Natal, que as crianças irão rir muito dos personagens, e que os adultos certamente irão se emocionar com o que é passado, pois o filme funciona, e só isso já faz valer a conferida, então parabéns para todos os envolvidos, pois conseguiram encontrar a magia do Natal novamente em um longa.
Como meu Netflix está para passar tudo legendado, vi o longa com as vozes originais de Jason Schwartzman, J.K. Simmons e Rashida Jones, que deram um show, mas pelo trailer abaixo dá para ver que Rodrigo Santoro, Daniel Boa Ventura e Fernanda Vasconcelos foram muito bem nos personagens Jesper, Klaus e Alva respectivamente, ou seja, as vozes apenas deram personalidades para o carisma que o diretor criou em seus personagens bem divertidos e interessantes de acompanhar. Primeiro o carteiro simpático que não é bem um carteiro, mas filho do chefe que só tinha regalias e cai no meio de um lugar que nem cartas enviam como castigo, e que cheio de bom papo consegue mudar tudo na cidade. Depois temos o lenhador/carpinteiro cheio de segredos que com muita força e imponência bota medo em todos, mas que tem um coração fantástico de alegria. E por fim, o grande charme de uma professora, que não consegue sobreviver ensinando (será que usaram como base os professores brasileiros para criar a personagem?), mas que mostra que aprender é algo muito importante em nossas vidas, ou seja, também entrega uma boa lição na tela. E claro que no meio ainda temos muitos outros bons personagens, com os diversos Ellingboe contra os Krum se matando nas ruas, e com muito simbolismo nos atos, mas principalmente o grande chamariz recai na pequenina finlandesa Margu que dá show sem falar nada na língua dos protagonistas, e com muito charme e encanto no olhar consegue nos envolver, e claro mostrar algo muito bom depois.
Visualmente o desenho 2D é algo que não é mais tanto valorizado pelo grande público, mas souberam trabalhar tanto com sombras, colocando detalhes charmosos, muitos movimentos, e principalmente brincando com os elementos cênicos, com a formatação da história, com cores escuras contrapondo bem as claras, de tal forma que acabamos tendo um clima tão gostoso de ver, que em alguns atos até chegamos a ver formas tridimensionais, o que nem existe no filme, e o resultado é ímpar no conceito artístico, valendo reparar em cada traço desenhado, em cada detalhe que pensaram para compor os ambientes que o filme passa, com uma cidadezinha inteira destruída que vai se reconstruindo, com personagens usando todo tipo de arma para brigar, com um lenhador criando casas de passarinho e brinquedos com um machadão, com um carteiro desengonçado, com uma professora que vende peixes, ou seja, tudo é completamente pensado e funcional na trama além de muito bem desenhado.
O filme também conta com músicas bem gostosas, trabalhando bem o ritmo e envolvendo com uma sonoridade incrível, mas principalmente a música tema chama muita atenção, e o clipe de "Invisible" de Zara Larsson com cenas do filme ficou melhor ainda, então confira nesse link que vale muito a pena.
Enfim, se o longa realmente acabar entrando no grupo dos indicados ao Oscar de Animação certamente ficarei na dúvida de qual apostar, pois realmente foi muito gostoso conferir tudo o que o longa passa, e recomendo demais para todos, independente da idade, pois irá funcionar como algo divertido e com bons personagens para os pequenos, e com ótimas mensagens emocionantes para os adultos, ou seja, perfeito. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até lá.
PS: posso me arrepender da nota depois, mas me emocionei e gostei demais do que vi, então vamos dar nota máxima.
2 comentários:
Você não acha que o filme pode ter ligação com a origem dos guardiões? Tipo a vida pré guardioes do klaus?p
Olá amigo cantarzo, não são da mesma produtora, mas cheguei a pensar nisso quando vi o filme, pois o estilo de desenho é bem semelhante e a imponência dos personagens foi bem parecida também!! Quem sabe alguém ainda use essa linha né!! Abraços!
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