A sinopse é tão simples quanto o filme, e nos conta que uma criança que desafia a força da gravidade, e é criada isoladamente, torna-se um homem extraordinário e uma celebridade internacional, mas gostaria apenas de uma vida normal.
Em parte temos a explicação do filme não ir muito além, pois esse é o primeiro longa de ficção do diretor Marco Bonfanti após vários documentários, então fica claro que ele não soube ir muito além do desenrolar que seu filme necessitava, pois funcionaria muito bem se descobríssemos de onde veio "seu poder", se junto com sua paixão saíssem em busca de respostas, se fosse sim mais abusado talvez pelo empresário, mas não tudo soa vago de situações, apenas mostrando ele como uma aberração que foi escondida pela família, que não teve a infância nem a juventude como desejava, e que ao virar um anônimo completo reencontra o amor de uma forma inusitada, ou seja, daria para contar a história rapidamente em um curta de 20 minutos, o que também foi algo que o diretor fez muito antes de cair para um longa, ou seja, a famosa frase de encheu linguiça com algo que poderia ter ido muito além. Ou seja, não digo que seja um filme chato, que não convença da proposta, mas que por não ir além fica morno demais para agradar, e como costumo dizer, isso numa plataforma que você pode mudar de filme a hora que desejar é um prato cheio para o público não terminar de ver seu filme, ou seja, poderiam ter ido muito além.
Sobre as atuações, o filme possui um momento bem gracioso com as duas crianças no começo vividas por Pietro Pescara e Jennifer Brokshi, aonde os olhares e sentidos fazem belas harmonias, e até tendo bons momentos com a mãe e a avó vividas por Michela Cescon e Elena Cotta, porém no segundo ato, Michela já não entrega mais tantos olhares, e fica bem segundo plano, com aí entrando o protagonismo de Elio Germano como Oscar já adulto, e ele soube dominar bem os momentos, fazer bons trejeitos levemente apáticos e desanimados em relação ao que estava vivendo com seu agente David, vivido por Vincent Scarito, que também deu muita vivência para o seu personagem, e ao chegarmos no terceiro ato, a trama já estava levemente desconexa, mas parecia ter um rumo melhor com o novo visual do personagem, seus ensejos graciosos já com outro apelido, mas o ator não deslanchou, de modo que ao vermos Silvia D'Amico já temos a certeza do ato que iria desenrolar, e a atriz até trouxe algo mais trabalhado para a trama, porém o resultado desanda novamente, e assim sendo, não posso dizer que nenhum ator conseguiu chamar a responsabilidade cênica ou surpreender com algo na tela.
No conceito visual a trama foi singela, com a casa simples da família bem trabalhada para mostrar as facetas que a mãe e a avó arrumaram para o garotinho não se machucar ou voar demais pelas ruas, depois no segundo ato temos os shows com amarras e tudo mais que pudesse representar o uso do personagem como uma aberração, e já no terceiro ato vemos o uso de pequenos hotéis na Itália para a prostituição, com símbolos próprios bem moldados para que tudo fosse bem feito sem apelações, ou seja, nada que chamasse muita atenção sem ser claro os cabos para fazer o protagonista voar, aliás em determinada cena vemos o jovem usar um tipo de cadeirinha que ficou meio falso com a roupa, de modo que não se preocuparam muito, afinal é um longa de baixo orçamento, e isso é bem sentido no geral do filme.
Enfim, a ideia geral da trama é boa, seu desenvolvimento não foi muito além, mas também não é uma bomba imensa, de modo que dá para curtir alguns momentos sem muita reclamação, porém o fechamento desanda de tal forma que desanima demais, e assim sendo, certamente diria que tem muita coisa melhor na Netflix para conferir. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...