Se tem uma franquia de ação que praticamente todos gostam é "O Exterminador do Futuro", e mesmo com os últimos filmes virando uma bagunça tão irreal, bagunçando o espaço-tempo, lotando de furos e tudo mais, muitos ainda param algumas horinhas para conferir quando está passando na TV a série, pois bem, após o segundo filme James Cameron deixou a franquia cair em outras mãos e deu no que deu, e agora muitos anos depois que a trama voltou para o seu colo, eis que temos "Destino Sombrio" que mantem basicamente a mesma essência dos originais, muita ação desenfreada (a perseguição do início na rodovia é de tirar a respiração do eixo!), muitos tiros, e agora praticamente a novidade da moda: girl power, aonde praticamente o elenco de base se mantém nas três garotas, tendo Schwarzenegger como um secundário de luxo, e isso felizmente foi muito bom para a franquia, pois renova de uma forma gostosa de ver, que prende a atenção, diverte com bons momentos, e principalmente faz com que estivéssemos vendo um exemplar correto da saga, brincando bem com o espaço-tempo, encontrando boas atitudes fortes, e até deixando pontas para mais uma continuação, que quem sabe nos mostre realmente as máquinas vindo com tudo, e elas chutando muitas bundas robóticas, ou seja, veremos o que o destino tem para nos mostrar!
O longa nos mostra que 27 anos após os eventos de "O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final", um novo e modificado Exterminador de metal líquido é enviado do futuro para exterminar Dani Ramos, uma híbrida de ciborgue com humana e seus amigos. Sarah Connor vai a seu auxílio, assim como o Exterminador original, em uma luta pelo futuro.
Com a história de volta para Cameron, e com ele sem tempo para dirigir (já que tem mais uma tonelada de Avatares para entregar!), a trama certamente necessitaria cair nas mãos de um diretor com uma pegada criativa boa, que soubesse manter a essência original e ainda arriscasse umas loucuras, e claro que foram atrás do maluco que fez um tremendo filme explosivo cheio de boas sacadas, no caso Tim Miller, que em sua estreia fez nada menos que "Deadpool", ou seja, trabalhar com muitos tiros era fichinha para ele, e o jovem diretor soube muito bem como dominar o espaço que lhe foi dado, encontrando personalidade nas protagonistas, colocando muita ação desenfreada, e principalmente mantendo a linha que Cameron tanto desejava para que a produção voltasse ao seu estilo original, e dessa forma o filme teve um caminho a ser seguido, sendo bem formatado, e agradando bastante. Tim também soube não exagerar em efeitos, claro tirando os derretimentos dos robôs, mas que a trama tivesse um visual mais realístico, e com isso as cenas de ação foram filmadas com muito envolvimento, e claro muitos dublês, resultando em uma trama que chega a dar falta de ar, e isso é muito gostoso de ver, pois geralmente quando vemos algo muito falso acabamos cansando, e não é o caso aqui, que mesmo indo na última sessão da noite curtimos sem piscar, e a trama tem 128 minutos, ou seja, um filmão empolgante do começo ao fim, principalmente por todos estarem determinados no que desejavam fazer, e assim sendo as atrizes detonaram.
Já que comecei a falar das protagonistas, posso dizer sem dúvida que Mackenzie Davis simplesmente detonou como Clare, lutando pra valer contra o Exterminador, fazendo olhares aflitos, e principalmente sabendo passar mal com seu "defeito", de modo que parecia realmente estar ruim e isso são poucos atores que se entregam dessa forma, incorporando a personagem na melhor medida possível, que certamente gostaríamos de ver ela lutando em uma continuação. Linda Hamilton é uma se tornou uma daquelas mulheres imponentes que nem sequer imaginávamos que ficaria com sua Sarah Connor, pois lá em 91 era uma mulher bem forte de personalidade, mas nem passava perto da coroa que ficou, de forma que aqui ela não pensa duas vezes em atirar, e construiu trejeitos duros sem piedade alguma para a dor, e que chama toda atenção possível para seus atos, ou seja, perfeita. Natalia Reyes foi bem determinada para com sua Dani, mas não me convence dela se tornar uma tremenda líder como a moça do futuro diz que ela virou, pois é muito mirradinha, e mesmo que na continuação mostre um treinamento mais imponente e durezas em sua vida, ainda não vou acreditar nela como uma potência, mas ao menos não decepciona no que faz com seus trejeitos e atitudes, então ao menos a escolha foi boa. Certamente Gabriel Luna não recebeu por frases ditas, senão voltou pra casa bem pobre, mas lutou, pulou, fez caras feias, e principalmente deu atitude para seu REV-9, funcionando bem demais no estilo escolhido para o personagem. E claro, falando no grande Arnold Schwarzenegger, sua aparição foi imponente como bem esperávamos, lutou bem, mas principalmente souberam usar de sua idade para ter um papel mais coerente, não querendo que ele fosse o super jovem atirador, funcionando bem principalmente nos olhares e envolvendo muito nos atos, ou seja, foi um coadjuvante de super luxo para a trama, e agradou.
A questão artística do filme é algo bem interessante por funcionar quase como nos antigos, com muita perseguição e destruição de carros, com os androides se desmembrando do corpo, e os efeitos de derretimento são muito bacanas de ver, de modo que o filme flui bem, e com armas potentes, e locações mais críveis o resultado embora saibamos que muita coisa é falsa, fica bem legal de ver, e claro que a cena mais impactante é a briga dentro do avião que certamente foi muito divertido a filmagem com os atores brincando muito com cordas, pois a cena é surreal e muito bem feita. Ainda falando sobre os efeitos do filme, diria que souberam misturar muito bem as filmagens com a computação, pois volto a frisar, não é notável essa transição, aparentando que tudo foi gravado com muito realismo (e sabemos que não é!), e dessa forma mostraram que a equipe de arte teve um tremendo trabalho para criar os ambientes reais bem próximos das cenas computacionais, e isso é algo raríssimo de ver hoje. E com tons escuros, muito laranja, vermelho e claro preto e cinza, a densidade cênica do filme ficou muito bacana de ver, e por esse motivo já respondo o questionamento que havia feito no programa da rádio de estranhar o longa não ser lançado em 3D, já que é algo do Cameron (o rei do 3D!), afinal essas cores não dão a profundidade necessária, e assim sendo, fizeram bem em deixar o longa no formato padrão.
Enfim é um filme bem gostoso, divertido e muito bem feito, que claro ainda passa longe das originalidades dos dois primeiros filmes, mas aqui certamente o resultado é interessante, o teor das cenas é forte e bem trabalhado, e certamente tanto quem for fã da franquia, quanto quem apenas gostar de um bom longa de ação, acabará saindo feliz com o resultado dentro da sala, e sendo assim recomendo o filme para todos. Bem é isso pessoal, encerro por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
2 comentários:
Fala Fernando! Tudo tranquilo amigo? Uma pena não ser em 3D mesmo. Afinal, os últimos filmes lançados em 3D estão deixando muito a desejar como rei leão, velozes e furiosos, em que o 3D não serviu praticamente para nada. Vamos ver se melhora daqui pra frente né?! Abraços!!!
Fala grande Mauro... tá sumido hein!! Cara, eu acho que só o Cameron pode salvar o 3D novamente com seus 50 Avatares, e aí talvez criar um novo boom aonde os diretores vão querer mostrar serviço mesmo, pois se ali ele falhar, pode ter certeza que a morte da tecnologia vai ser decretada, já que nem TVs com a tecnologia tão lançando com medo disso!! Vamos ver.. abraços!!
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