Simples e entregando o básico, essa é a melhor definição para "Reino Gelado - Terra dos Espelhos", que é a quarta parte da franquia russa que vem entregando magia, aventura e bons elos divertidos. Claro que o filme não é nada surpreendente, mas trabalha bem tudo que já vimos das outras vezes, com um resultado não muito empolgante, mas com bons elos brincando com ciência versus magia de uma maneira bem agitada e bobinha, o que acaba agradando os menores, e quase faz dormir os maiores.
A nova trama nos conta que o rei Harald encontra uma maneira de acabar com a magia do mundo para dar uma lição na Rainha da Neve, expulsando todos que possuem poderes mágicos para a Terra dos Espelhos. Quando a família de Gerda cai na armadilha do rei, a garota fará de tudo para salvá-los, inclusive contar com a ajuda da própria Rainha da Neve.
Aqui temos a volta de Aleksey Tsitsilin que dirigiu os dois últimos filmes, junto de Robert Lence que estreia na direção depois de passar por várias animações internacionais no departamento de arte, e essa junção deu um bom tom para o design da franquia, mas ainda mantiveram uma forma calma demais na trama, o que acaba não empolgando como poderia, criando situações que funcionam pela habilidade dos personagens, mas que não envolve como deveria, de forma que o resultado deles é algo mais próxima de Tsitsilin que conheceu bem cada um, faz a volta de outros, e assim seu filme se entrega pela formatação aventureira, mas faltando dinâmicas que realmente empolgasse a todos.
Sobre os personagens e as dublagens, diria que vemos aqui uma Gerda mais forte, que busca mais ajudar a todos como já fez nos outros filmes, e aqui diria que foi a melhor dublagem de Larissa Manoela, pois trabalhou com envolvimento e empolgação em suas atitudes, fazendo com que o filme ficasse bem na personagem. Claro que o estilo russo de animações não trabalhou tanto com texturas, mas ainda assim vemos alguns bons personagens sendo criativos para com o filme, e resultando em complementos, como é o caso aqui de Rony, que foi dublado por Igor Jansen. O personagem bobinho que tínhamos nos primeiros filmes Orm, apareceu pouco em cena, mas ainda assim a voz de João Côrtes funciona para o papel. Ou seja, é um filme de descoberta dos personagens, aonde não vemos muita desenvoltura geral, mas ainda assim o resultado sai bom para os pequenos.
Visualmente o longa entrega boas cenas de vôo de balões, temos lugares bem criados, e um resultado de cores bem trabalhados, mas tudo ocorre de uma forma não muito bem dinâmica como poderia, parecendo que foi montado em partes, e dessa forma o resultado acaba não chamando tanta atenção, ficando levemente fluido, colorido e com falta de intensidade, o que não empolga. Acredito que quem for conferir o longa também em 3D verá boas cenas em movimento, pois filmes aéreos costumam funcionar nesse quesito, mas como aqui na cidade vieram horários ruins na tecnologia, optei por não ver dessa forma, e acho que não perdi muita coisa.
Enfim, é um filme simples, colorido e que é extremamente infantil, de forma que os pais que forem levar os filhos para conferir precisarão de muita paciência para não dormir na sala, mas ao menos tem momentos bonitinhos de ver, e assim o tempo passa rápido. Sendo assim, recomendo ele somente para quem já viu os demais da franquia, que vai rever personagens e ver uma nova aventura, mas que não vá esperando nada demais. Bem é isso pessoal, fico por aqui agora, mas ainda irei ver mais um hoje, então abraços e até logo mais.
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