Se você quer um tremendo filme de ação em Hollywood, o nome certo a procurar é Michael Bay, pois ele irá lhe solicitar um orçamento monstruoso, mas vai entregar algo imponente de primeira linha, com cenas de perder o fôlego e vibrar com tudo o que acaba acontecendo, e que se colocado um bom roteiro em cima então, o resultado fica daqueles que vamos lembrar muito e ainda torcer para várias continuações. Ou seja, só pela forma que iniciei o texto você já consegue imaginar o quanto gostei de "Esquadrão 6" que estreou nessa semana na Netflix, e só fico triste de não ter visto essa obra dinâmica e explosiva do diretor numa telona imensa de Imax, pois valeria demais com o tanto de efeitos, o tanto de cenas que facilmente convertidas para 3D impressionariam, e tudo mais que a trama nos permite imaginar, de tal maneira que o filme possui conteúdo, possui excelentes sacadas envolvendo frases de outros filmes e séries, brincando muito com as possibilidades, e entregando algo que muitos poderiam nem imaginar de ver numa nova trama de Bay, afinal ultimamente ele só vinha com ganhos fáceis, sem perspectivas, e aqui foi seu retorno aos grandes filmes com tudo bem complementa. Sendo assim, se você tem acesso à plataforma e curti uma boa ação, vá direto conferir o longa, que é certeza de muita curtição desde o primeiro até o último minuto.
O longa nos propõe conhecer um novo tipo de herói de ação, aonde seis agentes não rastreáveis, totalmente fora da rede enterraram o passado para poder mudar o futuro.
A sinopse em si é bem básica, mas entrega muito além disso, trabalhando muito bem os protagonistas, desenvolvendo rapidamente seus passados em mini-filmes, mas principalmente brincando com a ousadia única que o diretor Michael Bay sabe fazer, de modo que nos vemos conectados à tudo e a todos por diversos elos, sabendo trabalhar os diversos momentos da trama com atitude, com muitas explosões, mas principalmente sem perder a grandiosa essência da trama, ou seja, fazendo com que o filme fluísse dentro da história e ainda tivesse o grande ganho de ação, sendo um grande acerto por parte dos roteiristas Paul Wernick e Rhett Reese que fizeram os ótimos "Deadpool" e "Zumbilândia", e que aqui entregaram para Bay uma pérola incrivelmente brilhante para ele apenas polir e amarrar num colar maravilhoso, que entregasse tudo o que o público do estilo gosta, e principalmente sem que ele falhasse como já fez em outras vezes acertando aqui como nunca fez, ou melhor, como já fez num longínquo passado. Ou seja, é daqueles filmes para vibrar a cada enquadramento bem escolhido, em cada salto dos protagonistas, e até mesmo nas cenas mais bobas se divertir com a proposta entregue, e claro, vou torcer demais para termos uma ou várias continuações, afinal sabemos que o trabalho inicial foi bem feito, mas dá para desenvolver muito mais.
Para um bom filme de ação funcionar sempre é preciso um bom elenco preparado para tudo, e aqui as escolhas foram na medida certa em todos os papeis, de forma a vermos não como o protagonista quer, mas a formação de uma família incrível, pronta para bater nos verdadeiros vilões do mundo, tendo apenas um grandioso poder: habilidades e perspicácia, além de não querer ver o mal ganhar em cima do bem. E para isso começamos falando de Ryan Reynolds perfeito no papel de um bilionário criador de diversas tecnologias, que com muita astúcia cria o grupo, e brinca com seus diversos brinquedinhos tecnológicos para matar muita gente do mal, e claro coordenar todos os demais malucos que entram nessa junto dele, que aqui passa a se chamar Um, e olha que vemos outra boa atuação dele no mesmo nível de sarcasmo e boas dinâmicas que teve com Deadpool, ou seja, perfeito. Mélanie Laurent entregou sua Dois com muita sensualidade e olhares com nuances perfeitas, de modo que pode não ser o lado mais impactante na hora dos tiroteios, mas consegue puxar os olhares todos para si em cada uma de suas cenas. Manuel Garcia-Rulfo trouxe para o seu Três toda a dinâmica de um assassino profissional, trabalhando bem o lado da surpresa, e claro o lado mais humorístico do longa pelas sacadas malucas que faz com todos da equipe, ou seja, um grande destaque. Agora quem surpreendeu pelas caras excelentes que fez foi Ben Hardy (afinal tenho certeza que valeria destacar mais os seus dois dublês Drew Taylor e Benj Cave pelas loucuras de parkour - que foram filmadas realmente, usando cabos ao invés de computação, então imagine a loucura), afinal o jovem ator soube dominar bem as diversas cenas e impressionar com segurança o que se passava na loucura que os dublês faziam, de modo a ser um complemento perfeito de cena. Adria Arjona faz bem sua Cinco, trabalhando dinâmicas, mas sem chamar muita atenção, o que é uma pena, pois a atriz tem estilo, então talvez pudessem ter colocado ela em mais atos de ação. Outro que chamou muita atenção quase no estilo do filme "Baby Driver" foi Dave Franco com seu Seis, de forma que as cenas iniciais com ele dirigindo, mandando ver nos ótimos diálogos no carro, e fazendo tudo funcionar num começo frenético foi algo incrível e muito bacana de ver, valendo bastante suas atitudes e chamando a responsa, mesmo que por pouco tempo. Corey Hawkins trabalhou seu Sete com muita imponência, e chamando totalmente a responsabilidade para si na maioria das cenas, inclusive suas cenas antes de integrar a equipe são de uma expressão que mostra atitude e impacto, colocando o ator pronto para tudo, ou seja, forte também. E para fechar é claro que temos de falar dos dois líderes Alimov, o malvado e o bonzinho, interpretados com muita imponência por Lior Raz e Payman Maadi, de forma todas as cenas deles se tornaram marcantes, e vale reparar muito em tudo o que fazem.
Filmes com a assinatura de Michael Bay não ficam baratos, e esse fato se dá sempre pela grande quantidade de elementos visuais que são destruídos em cena, e aqui temos muitos carros, construções, pedaços de ferro voando, esculturas sendo destruídas, e muitos tiros, pedaços humanos, sangue pra todo lado, e claro, locações incríveis de modo que o visual da trama acaba sendo entregue com minúcias tão perfeitas que não tem como não assistir olhando para todos os lados da produção, viajando nas belezas cênicas que se encaixam com tanta facilidade na trama, e claro se envolver muito nos detalhes, afinal a trama tem de tudo o que se pensar nesse quesito, e certamente fez a equipe trabalhar bastante para montar cada um dos detalhes exigidos na produção. Quem colocar o longa para reproduzir, logo de cara verá um aviso de imagens com efeitos fortes que podem causar desconforto, e inicialmente a fotografia cheia de detalhes e cores, com tudo piscando e muita aceleração com certeza pode causar algo, mas é de uma força as cores escolhidas, a dinâmica dos cortes, e tudo que conseguiram fazer tanto no processo de filmagem, quanto na montagem computacional dos efeitos, que vale muito olhar para tudo.
Todo bom filme de ação que se preze tem de ter uma trilha sonora na mesma altura, e aqui a dinâmica foi tão bem contada com canções rápidas que não tem como não se envolver, e colocar para ouvir diversas vezes a playlist depois de conferir o longa, então é claro que deixo aqui o link para todos curtirem, e também a trilha orquestrada que dá fundo aos diversos momentos.
Enfim, um filmaço de primeira linha que consegue empolgar muito, entregar uma dinâmica perfeita, que quem for fã do estilo de ação certamente irá gostar do começo ao fim. Claro que o gênero sempre entrega muitos furos e falhas, mas aqui tudo é minimizado ao máximo, não soando nem forçado demais, muito menos com exageros que chamassem a atenção para si, ou seja, é daqueles filmes memoráveis que certamente veremos muitos elogios e ao mesmo tempo muitas reclamações na internet, mas que esse Coelho que vos digita adorou demais, e recomenda com certeza. Então fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos. Fiquem com meus abraços e até logo mais.
PS: Só não dei nota máxima por alguns furos fortes que certamente nunca aconteceriam, e por dar o ar aberto demais para uma possível continuação que não sabemos se terá algum dia, mas tirando esses detalhes, vale completamente um 10.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...