Vi o trailer do longa italiano "E Agora? A Mamãe Saiu de Férias!" umas quatro vezes nas sessões de arte, e tinha certeza absoluta de que sendo tão bizarro dificilmente apareceria pelo interior, mas infelizmente veio, e como confiro tudo que aparece, eis que fui pôr a prova de que não apenas o trailer era ruim, mas sim o longa inteiro. E agora posso afirmar, é daquelas bombas que você passa o filme inteiro sem dar uma risada sequer, daqueles que a sala inteira assiste muda, daqueles que você sai da sessão se perguntando o motivo de ter perdido o seu tempo com aquilo, ou seja, pode até ser que com os sotaques italianos algum momento do longa soe engraçado, mas a dublagem fez questão de criar trejeitos e vozes tão ruins na dublagem, que o pai parece um adolescente de 30 anos que tem filhos e que quando perde os dentes da frente ainda ganha um assovio ridículo, ou seja, o longa apela para o ridículo em diversos momentos para tentar fazer rir, e não consegue sequer tirar um sorriso da nossa cara, de modo que vemos o filme sem se emocionar com o ar familiar, sem rir das bobeiras, ou muito menos entender qual era a proposta do diretor, que não conseguiu absolutamente nada. Sendo assim, fica a dica, fuja de qualquer forma de conferir essa bomba, pois é gastar tempo e só.
A trama nos conta que Giulia é uma mãe que abandonou a carreira para se dedicar aos seus três filhos. Carlo é marido de Giulia mas, diferente dela, não tem tempo para a família e passa mais tempo no trabalho do que em casa. Tudo muda quando Giulia, cansada da monotonia de sua vida, decide sair de férias por dez dias, deixando Carlo sozinho com as crianças.
Diria que o diretor e roteirista Alessandro Genovesi tentou fazer uma comédia familiar engraçada, mostrando as desventuras de um pai que nunca ficou com os filhos ao assumir o papel das mães que se desdobram em mil, para mostrar toda a dinâmica e força que as mulheres têm se comparados ao fazer das tarefas caseiras, e se perdeu completamente colocando uma disputa de emprego, situações de puxa-saquismo fracas, envolvimentos com personagens secundários, e tudo mais, de modo que seu filme virou uma bagunça completa quase novelesca, aonde ninguém ri, ninguém se emociona, e que a mensagem soa jogada demais para que o público se envolva, mesmo que todos saibam que uma mãe se desdobra muito mais que um pai na criação dos filhos.
Quanto do elenco, vou preferir não falar sobre as atuações em si, pelo simples motivo que falei no começo, que a dublagem simplesmente destruiu a maioria dos personagens, dando vozes que não dá para acreditar que a pessoa falaria aquilo daquela forma, então vou apenas dizer um pouco sobre os personagens em si, que também se mostraram bem fracos, e como a pequena Bia diz ao final, essa é uma família de loucos, então vemos um Carlo disputando sua vaga de anos na empresa com um novato chamado Alessandro (que de novo não tem nada, parecendo ser até mais velho que o protagonista!), vemos irmãos brigando casualmente como é o caso de Camila e Tito, esse cheio de joguinhos e bizarrices costumeiras da idade, e a mais velha entrando na puberdade em plena distância da mãe, vemos um chefe meio bizarro de atitudes, e uma jovem desempregada fazendo de tudo para se manter. Ou seja, é quase uma novela em poucos minutos.
Visualmente o longa também não apresenta nada demais, uma casa com seus devidos cômodos bem organizados com brinquedos, paredes sendo desenhadas por uma criança, outra o tempo todo jogando com óculos de realidade virtual, outra enfurnada num quarto, mas todos sempre comendo em uma pequena mesa para ter um "momento familiar", uma empresa estranha aonde temos reuniões gerenciais quase todo dia em um auditório de plateia bem estranho aonde ninguém praticamente fala nada, uma festa bizarra de dia da família da empresa com disputas rápidas sem sentido, e nada chamativo, ou seja, a equipe de arte até tentou trabalhar, mas nada do que fez foi usado com coerência, e assim o resultado soou até depressivo.
Enfim, é daqueles filmes que você pode até pensar em entrar pelo pôster bacaninha, por parecer um longa legal de ver com a família toda (a maioria na sala era dessa turma de 3 a 4 pessoas com crianças!), mas que digo mais uma vez, fuja sem pensar duas vezes, pois é algo muito ruim de gastar 94 minutos da sua vida com algo que não vai levar a nada, e sendo assim não recomendo ele de forma alguma. Eu fico por aqui hoje, já encerrando os longas do cinema, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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