Já vi muitos filmes estranhos, mas hoje com toda sinceridade nem sei o que falar direito do longa "Entre Realidades" que estreou na última semana na Netflix, pois bizarro é uma palavra que não cabe na loucura que tentaram passar misturando abduções alienígenas, trocas de corpos, transferências temporais, e tudo mais, que poderiam se passar somente como algo da mente bagunçada da garota, mas que preferiram mostrar (ao menos com o final escolhido), que era exatamente isso o que queriam mostrar, e assim sendo, só posso dizer que foi algo completamente fora da casinha, sendo daqueles filmes que não temos nem como recomendar, pois é muita loucura para qualquer mente comum ver, mas talvez se alguém estiver bem maluco consiga pegar algo a mais, o que não foi o meu caso. Sendo assim, a melhor dica que eu posso dar é que se a plataforma lhe sugerir esse filme, pule, vá para outro que é certeza de ser melhor.
A sinopse nos conta que Sarah é uma mulher sonhadora e socialmente desajeitada. Apaixonada por artes e artesanato, cavalos e crimes sobrenaturais, ela percebe que seus sonhos estão cada vez mais lúcidos e se materializando em sua vida real.
Chega a ser engraçado descobrir que a protagonista também é roteirista dessa loucura toda, e que junto de Jeff Baena provavelmente tomaram um belo porre para escrever o roteiro do filme completo que seria dirigido por ele depois, pois não tem outra explicação, já que já diversos outros filmes envolvendo abduções, mistérios sobrenaturais e tudo mais, mas aqui quiseram brincar com tanta coisa que a pseudo-realidade acabou saindo de eixo completamente, ao ponto de que vamos vendo o filme e passamos a não acreditar em mais nada, além de ficarmos nos perguntando para que rumo será que o longa irá, se conseguirão fechar de uma maneira ao menos coerente, mas não, o filme consegue acabar de uma forma ainda mais bizarra do que o miolo estranho, e sendo assim, não tem defesa que seja feita na história, na direção, ou até mesmo nas interpretações, pois não tem como alguém acreditar nos personagens que lhes foram entregues para atuar decentemente. Sendo assim, se já não conhecia a filmografia do diretor, vou continuar sem ver os demais, pois convenhamos que não dá vontade de nada após ver um troço desses.
O mais engraçado nas atuações é que Alison Brie, por ser a roteirista do longa também, tenta nos convencer das ideologias de sua Sarah, entregando olhares estranhos, fazendo situações esquisitas, e a todo momento falando o que vem na sua imaginação, ou seja, ela fez bem o seu papel, mas ainda assim não conseguimos acreditar nela. Quanto aos demais, ficamos meio que perdidos de quem é quem no meio da loucura toda, mas sua colega de quarto Nikki vivida por Debby Ryan chega a ser até chata demais com o que faz, mas passa a ideia ao menos, já o amigo/namorado vivido por John Reynolds acaba sendo bonitinho nos atos, mas nada demais para mudar o filme.
Visualmente o longa é ainda mais estranho, com lugares inteiros brancos, a protagonista estando num lugar logo em seguida estando em outro, brincando com o fato temporal sem mudar quase nada da hora, mostrando muitos elementos conspirativos, trabalhando ambientes com cores energéticas, e tudo mais, mas sem dúvida o treco mais bizarro e estranho foi mostrar os possíveis aliens com dedos compridos se mexendo como sombras, ou seja, uma loucura completa que ainda trabalhou canções e trilhas de doer os ouvidos.
Enfim, se você leu meu texto inteiro, pelo menos descobriu como fugir do filme, pois não tem como recomendar nada, e mesmo tendo alguns elos interessantes para quem gosta de falar de aliens, de abduções, de lapsos temporais, certamente existem outros filmes bem melhores, então a dica é: se a Netflix te indicar essa bomba, elimine de cara. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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