Sempre é uma grande satisfação ver algo que tinha tudo para dar errado virar um grande acerto visual e de história no cinema ao ponto de virar uma franquia que pode cativar tanto os pequenos que nunca conheceram o personagem, quanto os mais velhos que jogaram muito o game no passado, e isso era algo que não estava nem um pouco nos planos de quem viu o primeiro trailer de "Sonic - O Filme", pois vimos uma bomba imensa que já vinha pronta para reclamações, mas ouviram os fãs, e agora com o lançamento do longa podemos dizer com toda certeza, que o ouriço azul veio com tudo para divertir, e certamente ainda aprontará muito nas telonas dos cinemas. Dito isso, posso falar o quão divertido foi ver o personagem carismático correndo, fazendo seus slows divertidos, brigando com seu arqui-inimigo perfeitamente caracterizado por um excelente ator que não mediu esforços para incorporar tudo, e ainda de brinde colocar boas sacadas com os humanos na trama, ou seja, trabalharam muito bem em todos os quesitos para que o filme agradasse a todos, e certamente preparasse o caminho para muitos outros filmes, pois esse funcionou demais.
O longa segue as aventuras de Sonic enquanto ele tenta se adaptar à sua nova vida na Terra com seu recém-descoberto melhor amigo humano Tom Wachowski, enquanto unem forças para tentar impedir que o vilão Dr. Robotnik capture o ouriço azul e use seus poderes para dominar o mundo.
É engraçado que o diretor Jeff Fowler deu a cara para bater quando apresentou o primeiro trailer completamente problemático e tranquilizou os fãs que iria se empenhar com a equipe para que os efeitos visuais ficassem bem melhores e satisfizessem quem sempre jogou os jogos do azulzinho, mas ninguém botou muita fé, a maioria já tinha queimado todas as fichas imaginando que o longa iria ser a decepção do ano, mas ninguém olhou na filmografia dele para ver que antes de se entregar aqui em seu primeiro longa, ele foi responsável por um tremendo filme visual, "Onde Vivem Os Monstros", que trabalhou muito com personagens em fantasias estranhas, mas que no resultado completo funcionava, ou seja, ele sabia que sua equipe daria conta do recado, e deu. Dito isso, temos de pontuar que ele soube pegar um roteiro insano e criar muito carisma, boas cenas de ação, e principalmente contar muito com os atores para que eles acreditassem no projeto, afinal interpretar para o nada, sem a base é muito complicado, e aqui eles conheciam o personagem, mas não o viam fazer todas as loucuras cênicas ao lado deles, e o resultado final ficou muito perfeito de ver, de modo que acabamos entrando no clima que o diretor desejou, e saímos da sessão após as duas cenas durante os créditos querendo ver muito mais, o que deve demorar, mas estaremos lá prontos para o próximo filme.
Sobre as atuações, posso dizer sem dúvida que o filme tem a responsabilidade bem dividida entre os três protagonistas, de modo que acabamos gostando de ver todos na tela com suas respectivas habilidades bem dosadas para empolgar e chamar a atenção, e claro que temos de começar falando de Jim Carrey que praticamente coloca em seu Robotnik uma mistura de todos os seus outros personagens, e adiciona ainda trejeitos próprios para empolgar com muita dinâmica e persistência, fazendo com que a ação fluísse, com que sua vilania funcionasse, e principalmente que cada ato seu fosse memorável ao ponto de querermos ver mais e mais, além claro do visual perfeito para as cenas iniciais, e incríveis na cena dos créditos que ficou ainda mais parecido com o do jogo, ou seja, perfeito como sempre. James Marsden soube se dar muito bem com o personagem animado, de modo que seu Tom pode até parecer bobo, mas encontra dinâmica e funciona bastante na produção, e mesmo que seja um elo sem poderes para brigar contra o vilão, ou até mesmo ajudar o protagonista, ele acaba se doando, fazendo atos emotivos bem encaixados, e agrada bastante no resultado final. Ben Schwartz conseguiu entregar um tom de voz incrível na dublagem do Sonic, dando velocidade na fala, criando trejeitos bem interessantes de entonação, e divertindo bem nas sacadas, de modo que a voz empolga o público e funciona junto da animação computadorizada, o que acaba sendo um grande acerto na montagem final. Quanto aos demais, diria que foram pouco usados, e raspam até de atrapalhar quando aparecem mais do que o necessário, então é melhor nem comentar o que cada um fez.
Visualmente o longa é impecável e maravilhoso de ver, sendo daqueles filmes que não conseguimos tirar os olhos da tela vendo o personagem correr de um lado para o outro, brincando com cenas lentas para mostrar suas desenvolturas, cheios de objetos e detalhes bem colocados para dar as situações, e claro com o vilão um gênio da tecnologia cheio de armas, caminhões, robôs que vão mudando de composição e muito mais que o figurino ainda permitiu ver, além claro de ambientes bem preparados, uma computação gráfica bem interessante de ver (sim tem alguns defeitos técnicos que poderiam ser minimizados, mas nada que atrapalhe muito!), e principalmente o longa teve uma fotografia bem dominada de sombras e cores, ao ponto de sabermos ver o lado mais tenso, bem puxado para o vermelho com o vilão, e o azul dominando com os protagonistas, brilhando tudo ao redor e fazendo bons envolvimentos em destaque. Um ponto engraçado é que não quiseram lançar o longa em 3D, algo que facilmente em outras épocas seria quase que obrigatório, mas o filme tem bastante perspectiva de camadas, e várias cenas que funcionariam com a tecnologia, mas não foi feito, então felizmente todos verão o longa mais barato.
Enfim, é um filme muito gostoso de ver, aonde todos que forem na sessão irão rir muito e se divertir com cada cena maluca que fizeram, que até tem alguns defeitos, mas que passam despercebidos pela velocidade da produção, e com isso a hora passa voando também ao ponto do resultado final acabar empolgando tanto os menorzinhos quanto os mais velhos. E assim sendo com toda certeza recomendo o filme e estarei esperando demais a continuação pelo que foi mostrado no final. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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