Até que enfim lançaram uma comédia razoável na Netflix, claro que longe ainda de ser daquelas que você rola no chão de tanto rir, mas ao menos "Um Amor, Mil Casamentos" entrega algo divertido, cheio de desenvolturas absurdas, que talvez até seria melhor se seguisse a primeira fase da trama, pois resolver o que ocorreu seria bem interessante de ver, mas como a proposta era ver um outro vértice, até que fizeram bem o formato mais meloso das comédias românticas, e o resultado até que entrega algo que quem gosta do estilo irá ficar feliz de ver. Ou seja, está bem longe de ser uma comédia perfeita, mas ao menos resulta em um filme que passa um tempo, e quem gosta do estilo irá curtir, porém certamente poderiam ter ido bem mais longe com mais desenvolturas cômicas da primeira parte.
O longa mostra que diferentes versões de um mesmo dia que se repetem para Jack. Ele terá de lidar com diversas confusões com uma ex-namorada, seu melhor amigo, um convidado com um segredo e um romance em potencial na festa de casamento de sua irmã.
Em sua estreia na direção depois de vários roteiros para outros diretores, Dean Craig fez uma direção firme até que de boas viradas, conseguindo construir os personagens sem precisar de muitas histórias de passado, e ao montar várias esquetes possíveis com cada um, ele foi entregando dinâmicas engraçadas, e situações malucas, de modo que o filme flui, e mesmo que soasse absurdo por tudo o que tem na tela, o resultado agrada. Claro que o longa é uma refilmagem de um longa francês de 2012, então as situações não foram tão criativas assim, mas é notável a tentativa de manter o humor francês na trama, e dessa forma o estilo de comédia absurda não fica tão forçado, pois se fosse um longa 100% americano com certeza teríamos algo insano na tela. Ou seja, o trabalho do diretor e roteirista foi funcional e honesto dentro do que se propôs, e embora eu preferisse bem mais a primeira sacada resolvida, a segunda mais melosa ficou boa também.
Quanto das atuações, conseguiram colocar um elenco que não tem praticamente nada de engraçado para fazer comédia, o que é algo bem bizarro, pois talvez alguns comediantes no meio dariam um tom bem melhor para o filma, mas ainda assim as situações fizeram bem para os personagens, de modo que é muito bacana ver cada um deles dormindo com o remédio nas diversas possibilidades que passam, e claro que Sam Clafin soube usar bem os momentos de mais diálogo para desenvolver seu personagem Jack, ao ponto de claro se verter a umas bizarrices no meio junto do personagem de Joey Fry com seu Bryan, que certamente viram que seria o ar mais cômico da trama, e deram todas as loucuras possíveis pra ele fazer, ou seja, formaram uma boa dupla. No lado mais maluco da trama, colocaram Jack Farthing como o drogado Marc pronto para destruir o casamento, e Aisling Bea como a falante demais Rebecca, que entrega alguns diálogos bem desnecessários, mas ao menos combinou com a personagem, e juntamente no quesito textos absurdamente bizarros, acompanhado de um kilt veio Tim Key com seu Sidney, ou seja, mais tosco não poderia ficar. Quanto das belas atrizes, o longa veio bem recheado, e todas fizeram papeis apenas de aparição, desde Freida Pinto com sua Amanda cheia de atitude, passando pela noiva maluca Hailey vivida por Eleanor Tomlinson, até chegar na paixão não declarada do protagonista Dina vivida muito bem por Olivia Munn, ou seja, um elenco chamativo que poderia até ter dado mais frutos, mas não desaponta ao menos.
No conceito visual basicamente a equipe de arte arrumou uma mansão gigantesca belíssima em Roma para gravar tudo, vestiu todos devidamente para um casamento (alguns com roupas meio estranhas, mas tudo bem), colocou algumas interações visuais como destruição de bolo, drogas, bebidas e coisas casuais, e o filme andou sozinho, ou seja, não podemos dizer que a equipe trabalhou muito que seria uma mentira, mas ao menos ficou bem bonito o visual por onde arrumaram.
Enfim, é um filme mediano que diverte e serve de passatempo principalmente para quem gosta de longas mais levinhos e bobos, e dessa forma não podemos dizer que o resultado foi de todo ruim. Sendo assim, recomendo ele só para quem realmente ri de situações bobinhas, pois do contrário a chance de achar o longa bem chato é alta. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até lá.
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