Se você quer deixar esse Coelho que vos digita irritado, indique um filme 100% subjetivo, cheio de ideias jogadas para o ar, e insira bons atores, pois aí caio igual um patinho para conferir e ver no que dá, e claro, fico com mais raiva ainda. Dito isso, se você quiser perder quase duas horas de sua vida vendo um filme abstrato, maluco, com nuances completamente sem sentido, numa viagem que só o roteirista drogado com as drogas do filme, e o diretor conseguiram entender o que desejavam mostrar, veja "Amores Canibais" da Netflix, pois é daqueles longas que você beira a dormir, mas tenta segurar, pois se já não está entendendo nada do que está ocorrendo acordado, imagina se perder alguma parte então, mas nem assim. Claro que o filme tem algumas cenas violentas interessantes no melhor estilo "Jogos Mortais", tem excelentes atores mal aproveitados, e brinca muito com a ideia de sair do conforto, mas também não ficar debaixo da ponte, e se você entender isso até não vai ficar tão desapontado, mas confesso que certamente na plataforma tem muitos outros filmes melhores para perder tempo do que ver essa bagunça non-sense que entregaram aqui.
O longa segue Arlen depois que foi deixada em um terreno baldio no Texas, isolado da civilização. Enquanto tenta navegar na paisagem implacável, Arlen é capturada por um grupo selvagem de canibais liderados pelo misterioso Miami Man. Com sua vida em risco, ela segue para ao lado Sonho, e enquanto ela se ajusta à vida no 'lote estragado', descobre que ser bom ou ruim depende principalmente de quem está ao seu lado.
Não conhecia nenhum trabalho da diretora e roteirista Ana Lily Amirpour, e se depender da primeira impressão que conseguiu passar com esse filme, nem sei se vou querer ver outro longa dela (apesar que se até a plataforma já está sabendo me enganar com indicações, qualquer um consegue!), pois seu filme até pode ter uma ideia interessante pela sinopse, a forma visual entregue pelo trailer é um show de estética, mas praticamente os 2 minutos de trailer são somente os 2 minutos de coisas interessantes da produção, de forma que até grandes atores foram tão mal utilizados na trama que acabamos desanimando com tudo que é passado, ou seja, é daqueles filmes de quase duas horas que se você for daqueles que para o filme a cada momento cansativo, vai passar um mês para conseguir acabar ele, que é praticamente a duração que o longa se passa na nossa mente, pois são tantas abstrações, são tantas ideologias vagas, que nosso cérebro fica pensando: "aonde será que isso vai dar", e quando realmente parece que algo vai andar, a trama se sujeita a cenas curtas fracas (uma tonelada de mulheres com rifles, contra uma sem uma perna e sem um braço com um revólver - quem você acha que vai ganhar se começar a atirar?). Ou seja, um desperdício completo de tudo.
Chega a ser triste falar das atuações, pois temos um elenco de grandes nomes que acredito que nem souberam direito o que estavam fazendo no filme, a não ser recebendo seus grandes cachês, pois Jason Momoa faz seu Miami Man com olhares misturando malvadeza com sedução, incorporando força e claro seu estilo tradicional que já vimos em outros filmes, mas parece não estar muito preocupado com nada, entregando simplicidade até mesmo nos atos mais fortes, ou seja, fraco de ver. Suki Waterhouse entregou ares bem distópicos para sua Arlen, com momentos de desespero, outros de muita garra, alguns exagerados, mas chega a ser risível sua cena de resgate/sequestro, pois enfrentando as mulheres ultra-armadas de um ator conhecido por ser o rei das lutas com armas não tem como acreditar. Dito isso, vamos claro para nosso querido John Wick, ou melhor Keanu Reeves com seu Sonho, que parece estar sonhando em sua eterna Matrix no filme junto de seu harém, aonde até vemos alguns atos seus mais dinâmicos como a chamada em cima do carro de som, mas só sua entrada triunfal, meia dúzia de dizeres, e pronto, já acabou, para depois ter mais meia dúzia junto da protagonista numa jogada chata, e nada mais, ou seja, decepcionante. Agora se você quer um ator gigante mal aproveitado, saiba que Jim Carrey está no filme (sim!!!), e precisei parar os créditos para ver quem era, e olha ele como o eremita que fica vagando pelo deserto, que ajuda ambos os protagonistas nos seus momentos mais fortes, e sequer conseguimos enxergar ele no personagem, pois não fala nada, não tem atitudes, mas ao menos tem atos bonitos, que não serviram para nada, mas ao menos foi um personagem razoável, que poderia ser qualquer ator menor. Ou seja, não dá para acreditar que todos aceitaram se submeter a um filme tão fraco e ruim, que talvez a melhor atuação, seja a garotinha emburrada vivida por Jayda Flink, mas como disse, se usarmos os nomes dos personagens e locais e criar perspectivas, até dá para ser coerente e entender um pouco, mas não tem como ficar feliz com nada.
O visual desértico, com locais destruídos, como a ponte, aonde as pessoas catam coisas no lixão para sobreviver, comem os que são jogados ali, e sobrevivem com uma loucura para malhar seus corpos ao sol quase que numa prisão louca se contrapõe aos loucos e drogados no confortável mundo do sonho, aonde qualquer música/rave vira alegria com os alucinógenos, para depois viver o momento ali, enquanto o grande dono de tudo vive num palacete recheado de comidas, mulheres grávidas armadas, piscinas quentes e quartos limpinhos, ou seja, uma contraposição bem maluca e interessante de ver o trabalho da equipe de arte, e no miolo a terra de ninguém, aonde se matam, e sobrevivem ao sol escaldante, ou seja, quase filosófico tudo que tentaram nos mostrar.
Outro ponto bacana da produção foi a escolha musical, ou seja, algo que até tentaram usar para dar um ritmo para a produção, porém infelizmente mesmo com boas canções o resultado acaba não empolgando em momento algum, mas vale deixar o link para a conferida, pois não é culpa da trilha sonora que o filme tenha ficado chato demais.
Enfim, é daqueles filmes que você irá pensar muito para tentar conectar toda a abstração entregue, que até enxergará uma pequena luz no fim do túnel, mas o túnel é interminável, então fica difícil conseguir chegar nesse final, e com tantas maluquices, tantas cenas estranhas desperdiçando o talento dos artistas, minha recomendação é que você nem em sonho clique para ver a trama, pois são quase duas horas daquelas que você não vê a hora de acabar, e sendo assim, melhor procurar outro filme na plataforma. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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