Pois bem, não voltamos tanto, mas como muitos sabem entrei bem tardiamente para o mundo da Netflix, e assim sendo alguns títulos não conferi quando foram lançados, e depois de pegar algumas bombas nesses últimos dias, felizmente o algoritmo da plataforma me indicou um que estava já na lista desde quando entrei, e que acabei pulando por razões aleatórias, mas hoje posso dizer, que filme top foi esse "Extinção"! Confesso que no começo fiquei um pouco incomodado com a trama, parecendo algo bobo, com olhares estranhos do protagonista, achei meio maluco os alienígenas se parecerem tanto conosco, mas a hora que temos o ponto de virada explicativo, e tudo faz sentido, o arrepio vem com tudo, e a trama parece que explode na nossa frente, ao ponto de não conseguirmos mais desgrudar o olho da TV até o final com a excelente música subindo nos créditos. Ou seja, é daqueles filmes que de cara você não dá nada para ele, que certamente vai reclamar de diversas situações, mas que depois vai estar torcendo muito por uma continuação, mesmo sabendo que não será igual a intensidade da virada, e sendo assim, o brilhantismo mesmo com tantos furos técnicos é tão perfeito que com certeza é o tipo de filme que numa sala de cinema pegaria todos de surpresa ao ponto da emoção ser maior ainda.
A sinopse nos conta que sonhando recorrentemente com a perda da sua família, Peter vê seus pesadelos se tornando realidade quando o planeta é invadido por uma força brutal e destrutiva. Ele luta pela vida e para proteger sua família, descobrindo dentro de si uma força desconhecida capaz de manter todos que amam a salvo.
Acredito que a maior parte das críticas negativas que a produção teve na época foi pôr o diretor Ben Young não ter encarado sua produção como algo gigante que é, pois o filme tem uma essência que certamente muitos esperavam outra coisa, ou até que ele não entregasse de cara na reviravolta a trama, que ficasse mais cheia de nuances especulativas do que um filme comercial realmente, e claro que isso para os críticos em geral seria a glória, mas ao optar por algo mais simples e direto (claro no momento certo), ele acabou não chamando tanto a atenção desse pessoal, mas fazendo com que muitos amassem seu filme, ou seja, ele soube ser criativo em cima do roteiro, desenvolver bem seus personagens sem precisar enfeitar nada, e apenas com algumas frases no final acabou explicando tudo perfeitamente de uma maneira incrível e chocante. Ou seja, é daqueles filmes que surpreendem por justamente não estarmos esperando nada mais dele, e isso é ser um diretor de efeito.
Sobre as atuações, posso dizer que estou até feliz em ver que Michael Peña ainda tem salvação, pois é um ator que aceita qualquer coisa, e geralmente cai em cada bomba que só vendo, e aqui seu Peter é estranho, mas tem uma força, uma garra, cheio de trejeitos diretos ao ponto, que até assusta ver ele batendo nos invasores, mas que depois acabamos entendendo, e assim o resultado tanto do personagem, quanto do ator em si são merecedores de respeito, pois agradou bastante. Lizzy Caplan tem um estilo meio estranho, parecendo que está sempre inexpressiva, e não é apenas aqui nesse filme, mas em diversos outros, de modo que aqui em sua Alice isso até tem uma serventia, principalmente nas cenas de flashbacks, e o resultado acaba soando bem bom, pois de início pareceu algo até errado demais, mas funcional. As garotinhas Amelia Crouch e Erica Tremblay foram bem interessantes, cheias de desenvoltura, e chamaram atenção claro pelos excessos de choro, por fazer as famosas burrices em filmes de desastres como ir buscar um ursinho, sumir no meio de uma festa, e tudo mais, de modo que ficamos bravos com suas atitudes, e elas se encaixam bem nisso, mas ao final ficou bem intrigante de ver seus atos, tanto nos flashbacks quanto na cena final, ou seja, fizeram bem suas Hannah e Lucy. Quanto aos demais, tivemos poucos atos para que Mike Colter se desenvolvesse com seu David, mas certamente seria interessante vê-lo em uma continuação caso ocorresse, pois aí sim seria importantíssimo seus atos, e Israel Broussard também teve alguns atos interessantes com seu Miles, de forma que talvez num prequel cairia bem seu papel, pois saberíamos mais sobre o que ocorreu do outro lado também.
A equipe de arte brincou bastante com o visual da produção, entregando cenas com muitos efeitos (alguns estranhos, mas que não atrapalharam em nada), muitas explosões, e até alguns exageros bizarros de ver num primeiro momento, mas que no segundo ato acabamos entendendo um pouco tudo, ou seja, é um filme que tem entrega, tem detalhes, e principalmente tem de ser visto na íntegra, pois quem parar no começo achando a trama estranha acabará tendo uma opinião bem conturbada de tudo o que ocorre no fim. Aliás falando do fim, poderiam ter caprichado um pouco mais na cena final com o trem, pois mesmo sendo algo bem utópico, ficou bonito demais e com movimentos estranhos do trilho quase como um lego, ou seja, ficou estranho de ver.
Enfim, é um filme bem interessante, que tem um primeiro ato estranhíssimo, mas que garanto que o fechamento é daqueles de se pensar demais, e o resultado vale muito a conferida. Aliás sei que muitos até já viram ele, então vamos torcer para quem sabe sair uma continuação, pois a música final "Don't Wake Me Up" deu o tom perfeito para pensarmos em todo o resumo do filme, e imaginar o futuro, pois quem disse que não é possível ocorrer isso. Então é isso pessoal, fica aqui minha recomendação, e volto em breve com mais textos, então abraços e até mais.
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