Costumo colocar na minha lista de filmes para ver da Netflix, algumas bizarrices também quando são lançadas, pois sei que além de longas para refletir e emocionar, também precisamos rir ou se inconformar com algumas loucuras, e ao colocar "Te Pego Na Saída" tinha a plena convicção de que veria uma zona de nível máximo, mas que talvez iria rir de algumas situações, e foi exatamente isso que aconteceu, pois não chega a ser um filme ruim, tendo até momentos bem legais de ver, mas é daqueles filmes que você confere já sabendo o que vai ver, e se reclamar disso tem de apanhar. Dito isso, a trama tem seus pontos satisfatórios, pois brinca também com o sucateamento das escolas públicas por lá (pelo jeito isso é algo universal), trabalha com a coragem depois do surto, e mesmo mostrando cenas exageradas diverte dentro do que se propôs a fazer, ou seja, é um filme bizarro, rápido, e com bons atores, sendo daqueles que você facilmente pararia para ver numa sessão despretensiosa em casa, e sendo assim, quem gosta do estilo irá rir.
A trama nos mostra que tudo parecia estar em paz na relação do corpo docente de uma escola dos Estados Unidos. Entretanto, quando um professor arma para que um outro seja demitido da instituição, ele é desafiado para uma briga que vai chamar a atenção de todo mundo, no maior estilo "te pego lá fora".
O diretor Richie Keen é bem conhecido no meio televisivo de séries e especiais, e aqui ele até criou uma trama montada e bem direcionada, porém a sensação que temos é que o longa é um recorte realmente de algo maior, e embora tenha um começo/maio/fim determinado, o resultado é meio solto. Não digo que isso seja um erro, mas talvez a apresentação de tudo ocorra rápido demais, e o resultado também, ou seja, até vemos a loucura do último dia de aulas da escola com muitos trotes loucos, e claro os professores entrando nessa loucura também, e o diretor vai entregando as coisas como demissões em massa, e trabalhando as situações para que o filme tivesse ao menos um cerne, mas como costumo dizer, se a bagunça está armada, deixe que fique ainda mais bagunçado, pois arrumar é piorar, e ele faz exatamente isso, pois quando achamos que algo maluco já foi mostrado, na sequência ele piora com algo mais doido ainda, e o filme vira uma bola de neve que até achamos que irá perder o controle completo, porém diferente do que muitos filmes desse estilo acabam fazendo, aqui ele conseguiu dominar o fechamento, e o resultado até se salva, ou seja, mostrou ser um diretor bem imponente, e quem sabe faça mais sucesso após o filme.
Sobre as atuações posso dizer sem pensar que todos os atores se divertiram bastante com suas cenas ou piraram de vez ao tentar entender o roteiro, pois chega a ser bizarro as coisas que alguns fazem, e principalmente se entregam, de forma que se não entraram no clima ao final já deviam estar ligando para seus agentes para matar eles. Dito isso, Charlie Day deu uma pegada bem séria, porém maluca para seu Andy Campbell, de forma que acabamos nos conectando às suas ideias, e quando ele surta de vez, o resultado muda completamente, caindo bem para seu lado cômico de uma forma funcional, exagerada na medida, mas sem se tornar apelativa, e isso é bem bacana de ver. Da mesma forma, o lado bad boy de Ice Cube trouxe uma personalidade forte para seu Strickland, botando imponência e medo nos alunos e nos professores, e ele acaba até brincando bem no estilo, agradando para chamar atenção com atos mais fortes e interessantes. Quanto aos demais atores, a maioria fez papeis pequenos soltos dentre os demais professores ou familiares do protagonista, e todos se encaixaram com algo desde as professoras malucas, uma por sexo e drogas vivida por Jillian Bell, outra por facas com Christina Hendricks, até um diretor surtado vivido por Dean Harris, entre outros, mas nada que surpreendesse sem ser as falas ácidas de alguns, ou das loucuras cênicas de outros.
Olha, já vi direções de arte insanas, mas aqui a equipe se superou, com uma bagunça generalizada de nível monstruoso com os trotes do último dia de aula com coisas sendo arremessadas/quebradas, cavalo correndo no pátio da escola, tintas explodindo, papel higiênico voando, pessoas esquiando com colchões nas escadas, entre muitas outras coisas, além claro de uma renca de figurantes monstruosa, que certamente pegaram todos os alunos da escola e mandaram zonear em nível máximo, ou seja, o que você pensar que poderia estar acontecendo numa zona você vai ver aqui, inclusive atos sexuais leves, ou seja, contrataram provavelmente o pior aluno da escola, aquele mais arteiro, e falaram: "faz o que quiser!", e pronto o resultado você verá na tela.
Enfim, é um filme divertido de ver, que entrega o que propõe de cara: uma tremenda bagunça, com a pegada clássica da briga de fim de aula, só que com professores ao invés de alunos, e que quem gosta de filme cheios de bobagens irá rir bastante, mas como costumo dizer, não dá para esperar nada de um filme desse estilo sem ser coisas malucas, e assim sendo, se você gosta dele confira, passe um bom tempo, mas se não faz seu estilo fuja, que não irão te convencer a gostar com o que é mostrado. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos.
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